O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cineclube Cinefusão apresenta o ciclo "Cinema e Culturas Marginais"

Para iniciar 2011, o Coletivo Cinefusão anuncia o retorno do Cineclube Cinefusão com o ciclo “Cinema e Culturas Marginais”. A nossa proposta para esse semestre é apresentar um panorama de filmes realizados por cineastas de culturas não tão conhecidas e distantes de um senso comum, marcado pelo ocidentalismo europeu e estadunidense, que produz o cinema comercial que é divulgado massivamente. Assim, serão priorizadas obras que nasceram no âmago dessas culturas ou que abordem o modo de vida delas. Esperamos com esse novo ciclo, trazer uma possibilidade de trocas e, principalmente, à luz da barbárie neoliberal, discutir sem qualquer tipo de preconceitos quais são as motivações que levam as sociedades a concepções de mundo tão distintas. Para a primeira sessão, pensamos que, em tempos de repressões policiais e governamentais tão cruéis, nada mais simbólico do que homenagearmos o cineasta iraniano Jafar Panahi e declararmos o nosso repúdio à prisão de tal artista. Jafar foi condenado a 6 anos de prisão e não poderá filmar ou deixar o Irã durante os próximos 20 anos, por “participação em reuniões e propaganda contra o regime islamita”. Semelhanças com o nosso regime de 64 a parte, recentemente Kassab mandou prender os artistas de rua da cidade de São Paulo, relembrando-nos que os reacionários estão por toda parte. Na primeira sessão do ano, exibiremos o belo “Ouro Carmin”, que teve uma série de cortes pela censura iraniana por revelar as contradições da capital do país. A sessão será no próximo domingo, dia 13 de janeiro, às 18h30, à rua Augusta, 1239, conj 13 e 14.

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