O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Biblioteca Terra Livre promove "I Seminário Anarquismo e Sindicalismo", na USP



Amir El Hakim de Paula, Bolsista CAPES, Doutorando pela Faculdade de Geografia da Universidade de São Paulo e Mestre em Geografia da Universidade de São Paulo. Professor de Ensino Básico. Participante   do Grupo de Estudos Movimento Operário Autônomo.

Felipe Corrêa Pedro, editor, pós graduado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e pesquisador do anarquismo e dos movimentos populares. Mestrando na Universidade de São Paulo. Militante da Organização Anarquista Socialismo Libertário, da Organização Popular Ayberê e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, pela regional de São Paulo. Participante do Grupo de Estudos Movimento Operário Autônomo.

Rodrigo Rosa da Silva, Doutorando em Educação pela Universidade São Paulo. Mestre em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Membro da Biblioteca Terra Livre e participante do Grupo de Estudos Movimento Operário Autônomo.

PROGRAMAÇÃO DE JUNHO DO TEATRO STÚDIO 184


" O   LAÇO  COR  DE ROSA "
Infantil
A estória  de  Nina , seu  avô  Heitor e sua  cachorrinha  Mila , que  é na verdade  a menina  Matilde ,  uma  princesa ,  que   fora  enfeitiçada  pela  Bruxa  Rosbífia .
Sábados  e Domingos  ás   14  hs .
Adaptado  do  livro  " O  Laço  Cor  de  Rosa "  de   Carlos Heitor  Cony .
Direção :  Dulce  Muniz

" ROSA   VERMELHA - Concerto  Mínimo  para  a  Vida , Obra e Morte  de  Rosa Luxemburgo . O  Socialismo  ou  a  Barbárie ."
A  vida , obra  e  morte  de  Rosa  Luxemburgo , revolucionária  polonesa , heroína do  socialismo  internacional .
Sábados e Domingos  ás 20  hs
Texto :  Dulce  Muniz 
Direção  :  Roberto  Ascar  e  Dulce  Muniz

Cena do espetáculo "Rosa Vermelha"
 " DASSANTA "
Texto   premiado com  o  primeiro  lugar  no concurso  " Feminina  Dramaturgia " ,  de  2.006 / 2.007 , que traz  a  estória  da  bela  moça  chamada  Dassanta , perseguida pelo  amor  e pela  morte .
Texto  :  Solange  Dias
Direção  :  Dulce  Muniz 
Terças  e  Quartas  ás  20:30  hs

" RUBROS "
Segundo   lugar  no  concurso  " Feminina Dramaturgia " , de  2.006/2007 .
Duas  mulheres  expõem  seus   segredos  e  angústias .
Texto  :  Adelia   Nicolete  
Direção  :  Dulce  Muniz 
Quintas e Sextas  ás  20:30  hs


Todos   espetáculos  são  gratuitos  conforme  Programa  Municipal  de  Fomento  ao  Teatro  para  a  cidade  de  São  Paulo .


O   NÚCLEO  DO   184: 
Anderson  Negreiro
Chris  Garcel
Cibele  Martin
Cibele  Troiano
Dulce  Muniz
Fernanda  Arantes
Flávia  Arantes
Francisco  Alves
Gabriela  Vasconcelos
Katiusca  Pinheiro
Leandro  Lago
Luis  Neves
Lucas  Vasconcelos
Marcelo  Camilo
Paulo  César
Renata  Arruda
Roberto  Ascar 
Rubem  Espinoza
Silvia  Leblon
Silvio  Tadeu 

TEATRO   STÚDIO  184 
Praça  Franklin   Roosevelt , 184  -  Consolação
Fone  : (11) 3259-6940



OFICINAS GRATUITAS: CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE


sábado, 28 de maio de 2011

Show: Eduardo Gudin e Fátima Guedes

Dez anos depois do lançamento do CD Luzes da Mesma Luz, com canções de Eduardo Gudin interpretadas por Fátima Guedes, a dupla se reencontra no palco do Auditório do Memorial da América Latina dia 9 de junho, quinta-feira, às 21 horas. Este é mais um espetáculo da Programação 2011 do Projeto Adoniran que, pelo quinto ano consecutivo, integra a programação cultural da cidade de São Paulo.

Ingressos: R$ 15,00 (meia: R$ 7,50) - Duração: 1 hora – Classificação etária: Livre

Bilheteria: 14h às 19h (dia anterior) e a partir de 14h (dia do show).

Capacidade: 800 lugares. Acesso universal. Ar condicionado. Não faz reservas.

Estacionamento (Portão 15) s/ manobrista: R$ 10,00. Entrada/pedestres: Portão 13.

Realização: Fundação Memorial da América Latina - http://www.memorial.sp.gov.br/
Tel:(11) 3823-4600/3823-4758/ 3823-4768
Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO
Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181 – verbena@verbena.com.br




Marcha da Liberdade - Amanhã(28/05/2011)!


Entre a Coroa e o Vampiro



Prorrogada a Temporada da segunda parte da trilogia da Antropofágica em sua pesquisa sobre a história do Brasil: Entre a Coroa e o Vampiro – Terror e Miséria no Novo Mundo Parte II: O Império. Seguindo a primeira parte na qual nos debruçamos sobre o período colonial do Brasil, esta segunda parte da trilogia tem como material de pesquisa o Brasil Império e parte das suas relações, bem como do próprio imperialismo em si, para construir uma reflexão crítica quanto aos seus desdobramentos no contemporâneo.

Espaço Pyndorama. Sábados às 21h. Entrada gratuita.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Jornalista Salete Lemos discursa contra bancos

BELO MONTE, ANÚNCIO DE UMA GUERRA

Belo vídeo realizado pelo pessoal da Cinedelia. Fica apenas uma breve crítica ao texto que está no site que diz que a proposta do vídeo não é julgar. Não diria que é um vídeo de esclarecimento, isento. O vídeo é de posicionamento e por isso mesmo a importância dele, pois está do lado que enxerga o "progresso" da Amazônia de outra forma. O vídeo toma partido e isso é essencial, pois logo algum reacionário pode fazer um vídeo "esclarecedor" também defendendo Belo Monte. Argumentos existem para tudo. De qualquer forma gostei muito. Assistam!




mais informações em cinedelia.com
Direção: André D'Elia
Produção Excutiva: Beatriz Vilela
Direção de Fotografia: Rodrigo Levy Piza
Direção de Som: Téo Villa
Desenho gráfico: Federico Dueñas
Montagem: Mauro Moreira
Assistencia de Montegem e Pesquisa: Katherina Tsirakis

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Artista plástico faz escultura de Bolsonaro gay e ganha exposição em Nova York




O artista plástico brasileiro Fernando Carpaneda vai apresentar em Nova York no dia 25 de junho a famosa e polêmica escultura “Bolsonaro`s Sexy Party”, que mostra o deputado federal do PP do Rio de Janeiro acusado de racismo, machismo e homofobia em meio a uma orgia gay com rapazes bem dotados.

A escultura faz parte da exposição “Fernando Carpaneda: Queer. Punk”, na The Leslie Lohman Foundation, no Soho, coração de Nova York.

As obras do brasileiro vão ocupar duas salas e conta com a organização das entidades Leslie Lohman Foundation e The Kymara Gallery.





Para conhecer mais do trabalho dele é só acessar o www.fernandocarpaneda.com



terça-feira, 24 de maio de 2011

Cinemateca celebra os 70 anos de Bob Dylan



Programação inclui trabalhos do músico no cinema, além de filmes e documentários sobre sua vida e obra.

Considerado um dos artistas mais influentes de toda a história da música popular, o cantor e compositor norte-americano Bob Dylan completa 70 anos no dia 24 de maio. Para homenageá-lo, a Cinemateca Brasileira apresenta, a partir desta data, a mostra “Bob Dylan no Cinema”, que oferece um retrato de sua complexa personalidade, com alguns dos principais trabalhos do músico no cinema, filmes inspirados em suas canções e documentários sobre sua vida e obra.

Nascido em 24 de maio de 1941, na cidade de Duluth, Estados Unidos, Dylan iniciou sua carreira cantando em grupos de rock, passando pela folk music e pela poesia beat nos anos 60. Influência decisiva na carreira de bandas como os Beatles, o artista também trabalhou como ator e autor de trilhas sonoras, levando inúmeras de suas canções às telas do cinema de vários cantos do mundo.

Dentre as atrações, está o documentário “No direction home: Bob Dylan” e ”The Last Waltz: O Último concerto de rock”, ambos de Martin Scorsese, além do filme de Todd Haynes, ”Não Estou Lá”, que conta com diferentes atores interpretando Dylan em cada uma das fases de sua carreira – entre eles, a atriz Cate Blanchett, indicada ao Oscar em 2008 por sua atuação no filme.

A programação completa está disponível no site (www.cinemateca.com.br)

Bob Dylan no Cinema. Cinemateca Brasileira: Largo Senador Raul Cardoso, 207 – próximo ao Metrô Vila Mariana. Tel.: (11) 3512-6111 (ramal 215). De 24 a 29 de maio. R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia-entrada). Exibições em DVD com entrada franca.


Cineclube Cinefusão e Núcleo Cultural Guarani "Paraguay Teete" exibem "Hamaca Paraguaya"


FILME: "Hamaca Paraguaya", de Paz Encina (2006; 75 minutos), inteiramente falado em guarani, com legendas em português. 

DEBATE: -  Nancy Areco, jornalista paraguaia, da Associação de Correspondentes Estrangeiros em SP.
- Angelica Careaga Soler, paraguaia, doutora em História Social pela USP e professora de história da PUC-SP.
- Mario Villalva Filho, mestre em Integração da América Latina pela USP e professor ministrante de língua Guarani na FFLCH-USP.


O Cineclube Cinefusão, em parceria com o Núcleo Cultural Guarani "Paraguay Teete", convidam para a exibição e debate do filme paraguaio "Hamaca Paraguaya", de Paz Encina, no domingo, dia 05 de junho, a partir das 18h30.

"Hamaca Paraguaya" relembra a Guerra do Chaco, conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai, que se estendeu de 1932 a 1935, sendo que no próximo dia 12 de junho, completam-se 76 anos de seu encerramento. 

Em 1935, o casal de idosos Cândida e Ramón espera pelo filho que foi lutar na Guerra do Chaco. Faz muito calor, e eles também anseiam por chuva, que foi anunciada, mas nunca chega, assim como também o vento, que nunca sopra.

A exibição dá sequência ao ciclo do Cinefusão "Cinema e Culturas Marginais", que pretende apresentar um panorama de filmes realizados por cineastas de culturas não tão conhecidas e distantes de um senso comum, marcado pelo ocidentalismo europeu e estadunidense, que produz o cinema comercial que é divulgado massivamente. 

Assim, serão priorizadas obras que nasceram no âmago dessas culturas ou que abordem o modo de vida delas. Esperamos com o ciclo, trazer uma possibilidade de trocas e, principalmente, à luz da barbárie neoliberal, discutir sem qualquer tipo de preconceitos quais são as motivações que levam as sociedades a concepções de mundo tão distintas ou complementares. A sessão é gratuita e acontece à rua Augusta, 1239, conj 13 e 14.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cineclube Cinefusão exibe o inquietante "Um Homem Chato", do norueguês Jens Lien




No próximo domingo, dia 10 de abril, às 18h30, o Cineclube Cinefusão exibe "Um Homem Chato", do diretor norueguês Jens Lien.  

Talvez, Jens Lien seja um dos diretores mais interessantes do cinema moderno, trazendo uma obra visualmente magnífica e, ao mesmo tempo, incondicionalmente amarga, crítica. 

A exibição dá sequência ao ciclo do Cinefusão "Cinema e Culturas Marginais", que pretende apresentar um panorama de filmes realizados por cineastas de culturas não tão conhecidas e distantes de um senso comum, marcado pelo ocidentalismo europeu e estadunidense, que produz o cinema comercial que é divulgado massivamente. Assim, serão priorizadas obras que nasceram no âmago dessas culturas ou que abordem o modo de vida delas. Esperamos com o ciclo, trazer uma possibilidade de trocas e, principalmente, à luz da barbárie neoliberal, discutir sem qualquer tipo de preconceitos quais são as motivações que levam as sociedades a concepções de mundo tão distintas. A sessão é gratuita e acontece à rua Augusta, 1239, conj 13 e 14.

Abaixo, o trailer do filme:

Encontros e Reflexões no centro Cultural da Juventude


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lars Von Trier choca Cannes ao dizer em entrevista que queria ser judeu, mas acha mesmo que é um nazista


THIAGO STIVALETTI 
Colaboração para o UOL, de Cannes


Depois do sombrio “Anticristo”, o dinamarquês Lars Von Trier conseguiu mais uma vez impressionar o público do Festival de Cannes com o novo “Melancolia”. O filme recebeu fortes aplausos no fim da sessão de imprensa - e nenhuma vaia, o que é bastante incomum para Von Trier.

Na coletiva, o diretor estava mais brincalhão do que nunca. “Ainda não sei muito bem. Talvez esse filme seja uma porcaria. É, acho que tem uma grande chance de ser”, disse, fazendo gargalhar os jornalistas.

Dividido em duas partes, “Melancolia” começa na grande festa de casamento de Justine (Kirsten Dunst, a Mary Jane de “Homem-Aranha”). A festa, com muito luxo, foi organizada pela irmã controladora, Claire (Charlotte Gainsbourg, de “Anticristo”).

Ao chegar na mansão para o jantar, Justine olha o céu e vê um ponto vermelho. É o planeta Melancolia, que está se aproximando da Terra. Essa possibilidade do fim do mundo começa a mexer com a cabeça de todos na festa. O elenco ainda tem Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, Alexander Skarsgard e John Hurt.

Filme pornô
“Não é um filme sobre o fim do mundo, e sim sobre um estado de espírito. Já passei por fases melancólicas na vida. Justine acha que o casamento vai lhe tirar da melancolia, mas isso obviamente não acontece”, explicou Von Trier, para quem o filme tem uma mistura de influências de Tarkovski, Antonioni e Bergman.

"Melancolia", de Lars von Trier, participa do Festival de Cannes 2011 Divulgação
O cineasta, que já ganhou a Palma de Ouro por “Dançando no Escuro” (2000), brincou o tempo todo sobre a fama de maltratar suas atrizes no set.

“Agora, Kirsten e Charlotte vão fazer um filme pornô comigo. Vai se chamar ‘Kirsten e sua irmã’. Falei que desta vez vamos poder conversar muito sobre os personagens, mas elas não querem, pediram um filme bem hardcore. Vai ter muito sexo bacana. E vai ter três ou quatro horas”, brincou. “Kirsten, você prefere falar de Homem-Aranha agora?”

Ao contrário de Nicole Kidman, Charlotte Gainsbourg e Bjork, Kirsten Dunst não parece ter sofrido muito nas mãos de Von Trier. “Conforme o fim do mundo se aproxima, Justine vai ficando mais forte. Lars é o único cineasta que escreve filmes para as mulheres. A intimidade que ele cria no set gera vulnerabilidade e confiança ao mesmo tempo. Hoje tenho um grande amigo.”

Falando demais
Depois de ganhar a Palma de atriz com “Anticristo”, no qual sofreu bastante,  inglesa Charlotte Gainsbourg (filha de Jane Birkin e Serge Gainsbourg) topou repetir a dose com Von Trier.

“No primeiro filme eu não o conhecia muito bem, e agora o conheço um pouco melhor. Ele não responde às minhas perguntas, mas eu gosto disso, ficar um pouco no escuro ao atuar”, explicou a atriz.

Ao final, as brincadeiras de Von Trier foram um pouco longe demais e desagradaram uma parte da imprensa.

Perguntado sobre a cultura alemã nos seus filmes, ele começou de repente a polêmica: “Houve um tempo em que eu queria ser judeu, mas descobri que sou mesmo um nazista. Eu entendo o Hitler. Não é um cara que vocês considerem bonzinho, mas entendo ele... Mas deixe explicar: eu não vivi a Segunda Guerra, e não sou contra os judeus, nem mesmo a Susanne Bier (diretora de ‘Em Um Mundo Melhor’, vencedor do Oscar de filme estrangeiro). Não gosto muito de Israel... Mas enfim, como eu saio dessa frase agora?”.

Curta-metragem: "Maria Bethânia Bem de Perto", De Julio Bressane e Eduardo Escorel

Poesia de Arlley Parreira: "Uma poesia ao grande amigo e irmão"

Abaixo, um grande presente que ganhei do grande amigo, poeta, cinéfilo, filósofo Arlley Parreira, e sua estreia aqui no blog.

Por Arlley Parreira,

Walter Benjamin dizia que “a natureza engendra semelhanças” e, acredito, que os semelhantes se atraem, não os opostos. Quando entrei na universidade para fazer a segunda graduação não imaginava que no meio de estudantes de filosofia encontraria um amante de cinema, além de outras parecenças que já citei no meu blogue (http://arlleyparreira.blogspot.com/). Foi aí que percebi que tinha encontrado um grande amigo e irmão.

Então um dia em que conversávamos no mensageiro do tal facebook (livro de caras? ou dos ‘caras’? ou cara de livros? Deixa prá lá!) brincando comecei o poema abaixo e vi que o Danilo curtiu. Então, peguei a ideia embrionária naquele momento e mandei pra ele numa mensagem.

Com aquele jeito meio duro e seco disse: “Ficou f*#@!”. Foi o bastante!


Para o poeta – não que eu seja um – não há recompensa maior que essa. O reconhecimento! Não há dinheiro que pague isso.

Desses instantes que vivemos nós os amantes das artes. Aproveitemos eles o máximo possível, seguremos naquele fiozinho condutor para que ele nos leve a iluminação da arte.

Antropofágico

Para viver num mundo trágico 

Muita vez se faz de mágico

Tenta ser chato, mas é cômico

A injustiça lhe causa vômito

É artista-ator-malabarista-fotógrafo-Socialista-cineasta-equilibrista-filósofo 

Não gosta de seguir o léxico

Talvez um dia vá ao México

Olhar o mundo por outra ótica

Talvez com uma visão caleidoscópica

Talvez a olhar pássaros

Ou a fotografar cágados

sexta-feira, 13 de maio de 2011

CAPA DA VEJA EM 1888

Não sei quem é o autor, que por sinal está de parabéns, mas rola na internet essa capa da Veja de 1888.


sábado, 7 de maio de 2011

Desenho animado de Pato Donald no exército nazista

Aproveitando o calor patriota americano, com a "recém vingança"... 

Desenho banido do Popeye 1941

Clássicos da Mostra de SP têm sessões gratuitas





A partir desta semana, o Frei Caneca Unibanco Arteplex (centro) começa a exibir semanalmente, sempre aos sábados, filmes que marcaram a história da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

O primeiro título a ser exibido é "Bully" (2001), do diretor norte-americano Larry Clark, às 11h de amanhã (7), com entrada gratuita.

O longa é baseado na história real de um grupo de jovens que sofrem bullying de uma pessoa e planejam assassiná-la.

Frei Caneca Unibanco Arteplex - r. Frei Caneca, 569, 3º piso, Consolação, centro, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/3472-2365. Grátis.

Documentário Novos Baianos

Agressão policial contra artista na av. Paulista - SP- 30/04/11


sexta-feira, 6 de maio de 2011

193 anos de Marx

Com atraso de um dia, roubamos um post do site da esquerda marxista para homenagear os 193 anos do nascimento de Karl Marx, através de discurso de Friedrich Engels proferido no funeral de Marx em março de 1883:

Em 14 de março, quando faltavam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador da atualidade. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de o encontrarmos em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre.

O prejuízo para o proletariado militante da Europa e da América, para a ciência histórica, causado pela perda desse homem, é impossível de avaliar. Logo evidenciará-se a lacuna que a morte desse formidável espírito abriu.

Assim como Darwin em relação à lei do desenvolvimento dos organismos naturais, Marx descobriu a lei do desenvolvimento da História humana: o simples fato, escondido sobre crescente manto ideológico, de que os homens reclamam antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poderem praticar a política, ciência, arte, religião, etc.; que portanto a produção imediata de víveres e com isso o correspondente estágio econômico de um povo ou de uma época constitui o fundamento a parir do qual as instituições políticas, as instituições jurídicas, a arte e mesmo as noções religiosas do povo em questão se desenvolve, na ordem em que elas devem ser explicadas – e não ao contrário como nós até então fazíamos.

Isso não é tudo. Marx descobriu também a lei específica que governa o atual modo de produção capitalista e a sociedade burguesa por ele criada. Com a descoberta da mais-valia iluminaram-se subitamente esses problemas, enquanto que todas as investigações passadas, tanto dos economistas burgueses quanto dos críticos socialistas, perderam-se na obscuridade.

Duas descobertas tais deviam a uma vida bastar. Já é feliz aquele que faz somente uma delas. Mas em cada área isolada que Marx conduzia pesquisa, e estas pesquisas eram feitas em muitas áreas, nunca superficialmente, em cada área, inclusive na matemática, ele fez descobertas singulares.

Tal era o homem de ciência. Mas isso não era nem de perto a metade do homem. A ciência era para Marx um impulso histórico, uma força revolucionária. Por muito que ele podia ficar claramente contente com um novo conhecimento em alguma ciência teórica, cuja utilização prática talvez ainda não se revelasse – um tipo inteiramente diferente de contentamento ele experimentava, quando tratava-se de um conhecimento que exercia imediatamente uma mudança na indústria, e no desenvolvimento histórico em geral. Assim, por exemplo, ele acompanhava meticulosamente os avanços de pesquisa na área da eletricidade e, recentemente, ainda aquelas de Marc Deprez.

Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no Rheinische Zeitung (1842), no parisiense Vorwärts (1844), no Brüsseler Deutsche Zeitung (1847), no Neue Rheinische Zeitung (1848-9), no New York Tribune (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho na organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional dos Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, ainda que não tivesse feito mais nada.

E por isso foi Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade. E ele faleceu reverenciado, amado, pranteado por milhões de companheiros trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria, em toda parte da Europa e América, até a Califórnia – e eu me atrevo a dizer: ainda que ele tenha tido vários adversários, dificilmente teve algum inimigo pessoal.

Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!

18 de março de 1883

quarta-feira, 4 de maio de 2011

ESTREIA HOJE: UMA FERIDA ABSURDA



Numa plataforma de embarque, uma mulher espera um trem que nunca para. Dividida em três (Uma, Outra e N) ela nos revela, de forma poética, fragmentos de sua vida: a busca pelo amor, o casamento, o aborto provocado pela recusa do marido em ser pai, a fracassada carreira de cantora e um misterioso assassinato.

UMA FERIDA ABSURDA, de Sonia Daniel

As quartas-feiras às 21h, de 04 de maio a 29 de junho

Espaço dos Satyros I
Ingressos: R$ 30,00
Meia R$ 15,00 (estudantes, classe artistica)
R$ 5,00 (moradores da Praça Roosevel)
Tem estacionamento ao lado (não conveniado)
Tem acesso para deficientes físicos

FICHA TÉCNICA
Texto - SONIA DANIEL
Tradução e Direção - CÉSAR MAIER
Elenco - MONALIZA MARCHI e SULIVAM SENA
Iluminação - CIZO DE SOUZA
Fotografia e Captação de Imagens - ROGÉRIO CHE
Designer Gráfico e Visagismo - CÉSAR MAIER
Foto do Cartaz - LEO LEMOS
Trilha Sonora Original - RONALDO REBELLO ALVARENGA
Produção - CÉSAR MAIER e SULIVAM SENA
Assessoria de Imprensa: EDUARDO GOULART DE ANDRADE 

Grupo armado ameaça moradores em visita da CDHU

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/909256-grupo-armado-ameaca-moradores-em-visita-da-cdhu.shtml


Homens que acompanhavam uma ação de demolição da companhia de habitação paulista no extremo oeste da capital ameaçaram com armas moradores que tentaram resistir à intervenção.

O episódio ocorreu em 17 de março na Vila Nova Esperança, uma invasão dos anos 1970 encravada numa área de preservação ambiental.

A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) enviou técnicos ao local para derrubar parte das 500 casas da área.

Os moradores resistiram e os técnicos foram embora. Homens que os acompanhavam, no entanto, permaneceram no local e começaram a discutir com as pessoas.

No meio da confusão, esses homens sacaram armas, similares às usadas por policiais, e apontaram para os moradores. As cenas acabaram registradas em um vídeo ao qual a Folha teve acesso.

Nas imagens, é possível ver também um homem usando spray de pimenta.

A CDHU reconhece no vídeo sua equipe, que aparece junto aos homens armados, mas não confirma que todos, incluindo os homens armados, estavam a seu serviço.

HISTÓRICO

A Vila Nova Esperança está em terreno que foi alvo de uma ação civil do Ministério Público do Meio Ambiente contra a CDHU, dona da área, que havia autorizado a utilização do espaço como um entreposto de alimentos.

Em 2004, a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público e mandou desocupar o local a fim de torná-lo área de proteção ambiental --o local virou oficialmente área de conservação dois anos depois, com a publicação de um decreto do governador.

Na sentença da ação da promotoria do Meio Ambiente, o juiz pede à CDHU que remova entulho, construções e que tome providência para desocupação em caso de "nova invasão", ou seja, considera que a área já está desocupada, sem nenhuma casa.

Os moradores, então, pediram a interrupção da desocupação, já que a Justiça não sabia que havia gente ali.

A Justiça iria analisar o pedido naquele dia 17 de março, só que no período da tarde. Como os técnicos da CDHU chegaram para demolir casas pela manhã, os moradores resolveram resistir.

Os técnicos foram embora, os homens armados ficaram e iniciou-se a confusão.

Cerca de metade das 500 famílias que moram atualmente na área está apta a receber financiamento habitacional da CDHU.

Desde o episódio dos homens armados, cerca de 40 famílias foram removidas do local. A desocupação total ainda está em curso.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Festival de documentários musicais reúne mais de 70 filmes

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/festival+de+documentarios+musicais+reune+mais+de+70+filmes/n1300112755429.html

In-Edit 2011 exibe produções nacionais e estrangeiras, falando de Zé Ramalho a Rolling Stones e John Lennon, em São Paulo e no Rio

Marco Tomazzoni, iG São Paulo | 28/04/2011 15:01A+A-



Os diretores Albert e David Maysles ao lado de Mick Jagger e Charlie Watts nos bastidores de "Gimme Shelter"
A terceira edição do festival In-Edit será aberta nesta quinta-feira (28), em São Paulo, com a exibição de "Flamenco, Flamenco", último trabalho do diretor espanhol Carlos Saura. Um dos homenageados deste ano, o cineasta estaria no Brasil, mas cancelou a vinda por problemas de saúde. A obra de Saura, marcada por explorar diferentes ritmos – também serão exibidos "Tango" e "Fados" – representa bem o espírito do In-Edit, realizado em vários países, exclusivamente com documentários musicais. A programação, com mais de 70 filmes, é bem ampla e reúne principalmente produções difíceis de chegar ao circuito comercial. O evento se estende, na capital paulista, até 8 de maio e será realizado no Rio entre os dias 6 e 12.


"Flamenco, Flamenco", de Carlos Saura
As outras homenagens do In-Edit 2011 serão para o brasileiro Andrucha Waddington, que já filmou Gilberto Gil ("Fé na Festa", "Viva São João"), Maria Bethânia ("Pedrinha De Aruanda") e Paralamas do Sucesso ("Longo Caminho", "Close Up"), entre muitos outros, e para o documentarista norte-americano Albert Maysles, diretor, ao lado de seu irmão, David, não só de alguns dos filmes mais celebrados do "cinema verdade" ("Grey Gardens", "Caixeiro-Viajante"), mas também de registros históricos do auge do rock na década de 1960. É o caso, por exemplo, de dois filmes dos Rolling Stones, "Get Yer Ya-Ya's Out", filmado em 1969, e o famoso "Gimme Shelter", da mesma turnê, que flagra o assassinato de um homem no show em Altamont, na Califórnia, por motoqueiros do Hell's Angels.

Maysles, aos 84 anos, vai apresentar pessoalmente as sessões no Brasil e exibir "What’s Happening! The Beatles in USA", filme nunca comercializado sobre a primeira viagem do grupo aos Estados Unidos e que só pode ser exibido na presença do diretor. Trechos do filme foram utilizados no recente DVD "The First US Visit", mas o material na íntegra permanece praticamente inédito. "What’s Happening!" terá uma sessão única em São Paulo, em 05 de maio.

A competição brasileira selecionou seis longas, como "Filhos de João - O Admirável Mundo Novo Baiano" e "Gretchen Filme Estrada", já exibidos em outros festivais, e obras ainda inéditas, caso de "Sonora Rio Bahia", escrito e produzido por Daniela Mercury, e "Sex Beatles - Memorabília", a seminal banda carioca do início da década de 1990 que tinha Alvin L, principal compositor do Capital Inicial, na formação, e fãs célebres como Paula Toller e Renato Russo. Também se destacam, nas mostras paralelas, "Nas Paredes da Pedra Encantada", filme sobre o álbum "Paêbiru", um dos vinis mais caros (e raros) do mundo, gravado nos anos 1970 por Zé Ramalho e Lula Côrtes, morto recentemente, e "A Música Segundo Tom Jobim", filme de Nelson Pereira dos Santos ainda não finalizado, feito com apoio da família Jobim.


Dado Villa-Lobos em cena de "Sex Beatles"
O festival também faz uma retrospectiva com documentários musicais que marcaram o gênero no país, como "Cartola – Música para os Olhos", de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira, e "Doces Bárbaros", registro do show de 1976 com Caetano Veloso, Bethânia, Gal Costa e Gil, que será exibido numa cópia 35mm. Na web, quatro títulos poderão ser assistidos gratuitamente, dois deles muito recentes ("O Samba Que Mora Em Mim" e "O Milagre de Santa Luzia").

É o panorama internacional, no entanto, que guarda as pérolas mais interessantes. A seleção é variada, desde "LENNONYC", lançado no aniversário do beatle, no ano passado, sobre vida pessoal de John Lennon em Nova York após o fim da banda, a "The Last Poets", grupo de "spoken word" surgido no final da década de 1960, que, ao unir poesia, engajamento e consciência social, forneceu as bases para a criação do rap e hip pop. A explosão do movimento negro, aliás, também está bem representada por "Soul Train", programa de TV que impulsionou a música e a cultura black nos anos 1970, e "Coming Back for More", sobre Sly Stone, líder da Family Stone, banda que misturou soul e rock para se tornar um dos maiores nomes da música na época de Woodstock.

Veja também:

Mona Dorf: Lendário Albert Maysles no In-Edit
No campo do rock, destaque para "Brian Eno: Another Green World", sobre o ex-integrante do Roxy Music e produtor estrelado de David Bowie, U2 e muitas outras bandas; "Strange Powers", que segue Stephin Merritt, líder do The Magnetic Fields; "The Extraordinary Ordinary Life of José Gonzalez", a respeito do cantor folk sueco; e "William S. Burroughs", documentário sobre o autor de "Almoço Nu", pilar do movimento beatnik, que, embora fosse escritor, influenciou gente como Patti Smith, Jello Biafra, Iggy Pop e Sonic Youth.

Mas a programação, completa no site oficial, vai ainda mais longe. Confira abaixo algumas sugestões imperdíveis do In-Edit 2011:



Trailer de "Lemmy" (em inglês)
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"Lemmy"
Aguardado documentário sobre o baixista e vocalista da banda de heavy metal Motörhead. O filme reúne imagens de bastidores e entrevistas de amigos e fãs como Dave Grohl, Slash, Ozzy Osbourne, Metallica e Joan Jett, entre outros. O título completo – "Lemmy: 49% Motherf**ker, 51% Son of a Bitch" – já dá a deixa de que humor e postura rocker em doses cavalares.



Trailer de "Creation Records" (em inglês)
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"Upside Down: The Story of Creation Records"
A história do selo britânico que serviu de casa para bandas como Primal Scream, Oasis, Super Furry Animals, My Bloody Valentine, Teenage Fanclub e The Jesus and Mary Chain, que criaram toda uma cena em seus respectivos contextos. Fundada por Alan McGee, que vem ao Brasil no fim de maio, a gravadora acabou servindo de trampolim para revolucionar o rock mundial em mais de uma ocasião.



Trailer de "Harry Nilsson" (em inglês)
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"Who Is Harry Nilsson (And Why Is Everybody Talkin' About Him)?"
Considerado pela crítica um dos melhores documentários de 2010, o filme fala sobre o cantor norte-americano que teve fama, sucesso e Grammys na virada das décadas de 1960 e 1970, antes de ser esquecido. O artista favorito de John Lennon e Paul McCartney gravou músicas como "Everybody's Talkin'", "Coconut", "The One" e "Without You", hit na voz de Mariah Carey. Entrevistas com Brian Wilson, Randy Newman, Robin Williams e Yoko Ono, entre outros. Dirigido por John Scheinfeld, de "Os EUA vs John Lennon".



Johnny Mercer em Nova York, 1946
"Johnny Mercer: The Dream's on Me"
Compositor de músicas como "Come Rain Or Come Shine", "Laura", "Jeepers Creepers", "Moon River" e outros clássicos da era de ouro da música norte-americana, Johnny Mercer foi parceiro de Fred Astaire, Louis Armstrong, Nat King Cole, Billie Holiday, Frank Sinatra e Ella Fritzgerald, só para citar alguns. O filme foi produzido por Clint Eastwood, que usou só músicas de Mercer na trilha sonora de "Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal" (1997), que se passar na cidade natal do artista, Savannah.


"Quem Matou Nancy?" (trailer em inglês)
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"Who Killed Nancy?"
O filme investiga a morte da namorada de Sid Vicious, Nancy Spungen, ex-prostituta, viciada como ele, e analisa a hipótese do baixista do Sex Pistols tê-la assassinado a facadas no Chelsea Hotel, em Nova York, aceita como fato na época. Vicious morreu de overdose poucos meses depois e não enfrentou o processo, mas o diretor Alan G. Parker reconstitui os fatos e analisa todas as versões do caso, tendo acesso até a uma retrato falado do assassino.



Trailer de "Do It Again" (em inglês)
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"Do It Again"
Retrata a tentativa do jornalista Geoff Edgers de juntar mais uma vez nos palcos os integrantes do The Kinks, a "melhor e mais importante banda do mundo" em sua opinião. Edgers reúne uns trocados, coragem e viaja pelo mundo tentando convencer os irmãos Ray e Dave Davies a se reunirem. Pelo caminho, conversa com Paul Weller, Sting, Robyn Hitchcock e Zooey Deschanel.



Serviço In-Edit Brasil – 3º Festival Internacional de Documentário Musical
De 28 de abril a 8 de maio de 2011 em São Paulo; de 6 a 12 de maio no Rio de Janeiro
Programação completa disponível no site oficial

Salas em São Paulo:
Museu da Imagem e do Som (MIS)
(11) 2117-4777
Sessões gratuitas

Cine Olindo
(11) 3331-8399
Ingresso: R$ 1

Cinesesc
(11) 3087-0501
Ingresso: R$ 4

Cine Livraria Cultural 2
(11) 3285-3696
Ingresso: R$ 10

Matilha Cultural
(11) 3256-2636
Sessões gratuitas

Salas no Rio de Janeiro:
Unibanco Arteplex - Sala 3
(21) 2559-8750
Ingresso: R$ 10

Maison de France / Cinemaison
(21) 2544-2533
Sessões gratuitas


Diretor e ator José Renato Pécora morre em SP aos 85





Morreu em São Paulo na madrugada desta segunda-feira (2) o ator e diretor José Renato Pécora. Ele estava em cartaz com a peça "Doze homens e uma sentença" e, de acordo com a produção do espetáculo, sentiu-se mal quando estava prestes a embarcar em um ônibus para o Rio de Janeiro. Ele foi levado a um pronto socorro e foi vítima de infarto.

O velório acontece nesta segunda às 17h em São Paulo, no Teatro de Arena (Rua Doutor Teodoro Baima, 94, República). O enterro foi confirmado para o cemitério do Morumbi, em horário ainda não divulgado.

José Renato foi um dos idealizadores do Teatro de Arena de São Paulo, fundado em 1953. Entre outras peças, ele dirigiu "Eles não usam black-tie", considerada um dos marcos da presença do nacionalismo no teatro brasileiro. Em cartaz com "Doze homens e uma sentença", ele intregava o elenco dirigido por Eduardo Tolentino de Araújo. Foi sua primeira atuação após ficar 50 anos longe dos palcos.

"Ontem [dia 1], ele errou o texto. Ele deveria dizer 'o velho precisava de mais atenção', mas disse 'o velho precisava de mais tempo'. Ele esqueceu e a palavra que veio a ele foi tempo. Infelizmente ele não teve mais tempo", diz Beth Costa, produtora-executiva da peça.

"Estamos absolutamente consternados e chocados com a morte do nosso mestre. Todos os dias aprendia alguma coisa com ele. Ele amava fazer o espetáculo, estava onde mais gostava de estar. Ele dizia que atuar era mais confortável do que dirigir", completa Beth.

domingo, 1 de maio de 2011

Há lugar para a poesia neste mundo?



Se julgar pelo filme "Poesia", não -  assisti no reserva cultural, que apesar de ótima programação, ainda insiste em caminhar junto ao progressismo de nosso presidente popstar e sua tão amada nova classe média, com preços que podem ser  exorbitantes, se considerarmos que o que está em questão é o acesso a um objeto artístico.

Ao terminar o filme, visivelmente abalado, caminhei com dois amigos meus (edson e arlley), que também haviam assistido o filme, um deles pela segunda vez, até o metrô de onde nos despediríamos e eu seguiria só.

O assunto não era outro, o filme consumira todos os três de forma bela e correspondentemente destruidora.

Nos despedimos. Voltava só, em direção à casa de outro amigo, e parceiro de profissão, Bruno, onde ficaria aquela noite. Havia perdido o jogo do São Paulo, pela copa do Brasil, mas não conseguia pensar, naquele momento, sequer quanto havia terminado. O medo de não conseguir exprimir algo relevante sobre o filme me tomou de forma desesperadora, que tentava organizar em meu cérebro todos os momentos e fatos que poderia correlacionar.

Apesar do medo, isso não me impediu, e de fato necessitava, dobrar a esquina, uns dois quarteirões antes, entrar no extra 24 horas e comprar algo para comer e duas cervejas como forma de fazer com que digerisse melhor o que acabara de ver.

Eis que ao chegar no apartamento, após o frio de uma paulista extremamente iluminada, e na cabeça uma diarréia mental -  no melhor sentido da expressão, se que isso é possível - incontrolável, sento-me e escrevo - ainda não havia visto os lances, nem o gol do São Paulo naquela noite.

O filme corre sobre a extensão de um mundo, chamado de pós-moderno, destruído - ou para os mais cordiais, construído, continuado - pela globalização (termo que pode ser, tranquilamente, substituído por capitalismo), e, tem ainda como mote, um estupro dentro do mundo adolescente, um estímulo que não se amplia potencialmente, pois sendo um problema que atravessa classes econômicas, tempos históricos, tempos lógicos, não pode ser resolvido, tanto por sua inevitabilidade dos fatos quanto pelo sistema em que vivemos, este que nem usando de seu próprio aparato consegue resolver seus problemas.

Todo esse terreno, uma espécie de via-crúcis da pós modernidade, é percorrido por uma personagem, a avó de um dos garotos que cometera tal delito. Apresenta-se uma mulher, de extrema beleza, próxima de seus 70 anos, que trabalha como empregada de um homem já em seu leito de morte. Ela é esmagada por um mundo qual não se encaixa, desde suas vestes até sua extrema simpatia e vontade de viver, dentro de uma classe média sul-coreana, tão decadente quanto a que nosso país tanto se orgulha de ter.

É uma mulher, que, sobretudo, representa uma força contra-hegemonia sobretudo àquilo que é contrario à emancipação feminina, inclusive as barreiras do tempo. Barreiras do tempo que não só são quebradas junto às marcas da velhice, mas que por causa do alzheimer, de qual sofre, reconstroem suas lembranças, quase como que recuperando apenas aquilo que fosse de singular importância.

A personagem está no campo de uma escolha individual, que apesar de não perder seu caráter de emancipação, é o máximo que, dentro deste sistema, pode chegar. Em outras palavras, sua quieta e individual sede de vida, de humanidade, de poesia, em uma sociedade que também necessitaria ser diferente, só pode ser suprida, individualmente, se caminharmos à margem dela.

De forma geral: Não há lugar para a poesia no mundo capitalista - ou chamem de globalizado, "plural", neste momento não fará diferença.

Já no início do filme somos invadidos, ou apenas relembrados, por imagens que denotam pequenos recortes do mundo, mas que ao mesmo tempo o retratam quase como um todo, onde a poesia não está: nas mercearias, ruas, hospitais, vilarejos, pequenos apartamentos onde ressoam a música pop e os programas de auditório.

Não só a isso, mas já temos acesso a um mundo que, com o próprio sistema que nos foi atravessado, não pode resolver seus próprios problemas, pois ele mesmo já não funciona. São pequenas demonstrações do fim dos tempos em pandemia: o policial não quer abrir um investigação, sobre um caso que poderia ser interpretado como grave, extremamente grave; a escola não quer sujar sua imagem admitindo que seus alunos cometeram um crime; ou,  ainda, no caso do estupro adolescente dentro da obra, como é comum,  - vide a chacina do Realengo, no Brasil -, substitui-se as soluções de caráter humano, pela mediação e solução através do dinheiro, excluindo toda a causa para se chegar a tal, as patologias sociais - além, é claro , das soluções , como, mais uma vez sobre Realengo, uma das propostas para evitar que tais casos ocorram novamente, é um detector de metal na porta das escolas, mas e fora das escolas? -.

Não há lugar para a poesia, nas ruas, na pratleias, sequer num sarau, que mais parece a vulgarização de toda e qualquer tentativa de sobrevivência poética; definitivamente não está nas aulas de poesia; e por fim não está na relação entre os homens, como os médicos no filme, que são quase como técnicos que parecem estar defronte a um amontoado de carne e ossos, e que sua trajetória é mais uma, dispensável.

A poesia, assim como a personagem principal, está destinada a viver à margem desse mundo, onde pode, enfim, tentar existir ou construir seu fim.

E dentro desse quase movimento contrário, assim como vemos em nós mesmos, cotidianamente, há aqueles que se perdem nessa própria e particular empreitada. Em outras palavras, em nossas escolhas sejam elas de caráter individual ou coletivo, acabamos, por vez, a negar, em defesa aos nossos principios, que podem não estar claros o suficiente, a humanidade. Como o caso do homem que pede para transar com a personagem principal, como seu último desejo antes de morrer, já destruído por um doença, e seria, aos seus olhos, a única forma de se sentir homem novamente. Ao negar o pedido, a personagem, que está carregada pelo estigma do estupro de outrem, e também de sua própria integridade enquanto mulher, nega também algo que está para além das relações de opressão dos sexos, ela nega a possibilidade de vida, humanismo, de outrem - Isso mais a frente será bem resolvido, e terá dois pontos de iversão geniais, que para não entregar logo de cara, posso adiantar que são como a humanização de ambos e em seguida, motivada por uma luta maior por seu neto, se dá mais uma ponto de virada narrativa - em outras palavras veja o filme.


Sem levantar um único panfleto a obra é sublimemente clara, num silogismo simples: ''A poesia é necessária no mundo", "Este mundo não permite a poesia" "Logo, precisamos de um novo mundo". Isso estará explícito na obra, sem a necessidade de levantar um único grito de ordem, ou uma estética destinada a doutrinar.

Impressiona, também que o que o diretor sul coreano dizia, sobre a necessidade de se ver o filme no cinema, é real. Felizmente - pela vida longa da experiência "cinema" -, e infelizmente - já que os meios de produção estão cada vez mais privados, sobretudo os meios de exibição, entregues aos shoppings -, o filme é uma obra que só pode ser de fato vivenciada no cinema, não só por seu incrível cuidado técnico, mas também porque como poesia, perdida no mundo, que só é possível à marginalidade, e que também está para se perder, sumir, só é possível num ambiente em que ela possa soprar, não livre, mas minimamente corrente.

A poesia só se encontra na obra, por ela mesma, através de suas próprias imagens, do olhar.

Gostaria de fazer uma ressalva, antes que façam por mim. Trata-se de um filme oriental, e em nenhum momento, faço uma defesa unidimensional, irrestrita, desta cultura tanto politicamente, existencialmente, como no cinema, na arte. Ao contrário, o que vale a pena entender aqui, é que quase não há mais particularidades mesmo nesta cultura oriental, e de alguma forma o filme tenta, quase que desesperadamente, como um grito que mais parece um sussuro, em meio à multidão na bolsa de valores, manter, ou ainda fazer com que nasça ou renasça uma vida, um espirito do tempo, particular, diferente, reconstruir uma fronteira que de asas à descoberta de novas vontades, costumes, segredos, formas de vida. Uma luta contra tudo aquilo que se esvai com a globalização, com o capital internacional.

Cito ainda, uma frase de um filme que admiro muito "Antes que o mundo acabe", numa carta do Pai ao filho: "...Não te deixei porque não gostava de você... mas eu tinha uma escolha... como uma missão... daqui há alguns anos, todo o mundo vai estar comendo o mesmo hamburguer, falando a mesma língua, chorando pelo mesmo filme... minha missão é registrar - fotografar - isso antes que tudo desapareça".

Ambos os filmes, um de forma mais incisiva e violenta, e outro mais amena, nos mostram um mundo saturado, esquizofrênico. Um mundo que já não se crê, nem faz crer.

Um mundo sem poesia, é um mundo fadado ao esgotamento, ao fim, se é que já não acabou - E, você ainda me fala dos perigos do Hades, camarada?

Por fim, e deixando ainda mais meu desejo que todos aqueles que tiveram a paciência de chegar até aqui, assistam ao filme, termino meu parágrafo com imagem mais bela do filme: A avó, personagem, que como um corifeu, no guiará nesta travessia, tomará uma decisão em relação a sua colocação no mundo, os fatos que a permeiam e seu não-lugar - que talvez nem o filme queira deixar claro -, sob a máxima que nos rodeia e determina nossas ações a cada segundo, em outras palavras, só existem duas possibilidades nessa vida em que levamos: "enforcar-se ou mudar o mundo" (TRECHO DO ESPETÁCULO "ENTRE A COROA E O VAMPIRO. TERROR E MISÉRIA NO NOVO MUNDO, PARTE II:? O IMPÉRIO", em cartaz no espaço cultural Pyndorama).