O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Em seu blog, Tom Zé declara apoio à Plínio

 Em dois post seguidos, o músico Tom Zé, grande referência artística, declara que vota em Plínio Arruda Sampaio. Parece que Tom Zé é mais um que entende como arte e política estão intrinsicamente ligadas e precisam ser pensadas em conjunto, para somente assim chegarmos a uma verdadeira cultura tupiniquim livre. Vejam, abaixo, os posts, retirados do blog http://tomze.blog.uol.com.br/ que recomendamos.


DECLARANDO VOTO EM PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO

             Vi agora o comentário de Djenal à mensagem anterior. Ele tem o toque do humor leve, que melhora os assuntos. Como é o segundo comentário sobre minha declaração de voto em Plínio de Arruda Sampaio, cuja inteligência também se beneficia do humor, vou levar para o título desta nota o assunto dessa candidatura. Não fiz isso na postagem anterior e me ponho a pensar no que a profissão faz comigo. No título ficaram Scandurra, Arnaldo e os festivaleiros. Nem parecia que logo depois eu comentaria a eleição presidencial. Aqui o assunto ganha título de matéria. Até agora, e.mails e outras manifestações escritas têm sido muito dignas, ufa!
             As emoções correm e comem soltas, atualmente. Emoções de Oriente Médio dentro do Brasil, dividindo, criando antagonismos. Por isso "ufa!" terminou o parágrafo anterior.
              É muito bom ver Plínio falar, ouvir sua coragem, sua translúcida opinião de tanto destemor, suas preocupações com a gente do País, com pessoas, de modo geral. É uma qualidade importantíssima. Nem todos os políticos a têm. Neles, considerar pessoas antes de nelas pensar como eleitores é raro.  
             Uma pessoa como Plínio tem tempo de estrada que lhe permita não achar um porre uma campanha. Espero. Pois é um trabalho duro, envolve uma paciência que botaria Jó estressado. Já imaginaram quantas mãos apertar, haja banho de salmoura no fim do dia, quantas perguntas mal-intencionadas, quantos olhinhos brilhando e dizendo em neon, como um anúncio: "taí, que é que você vai me dar pelo apoio, cara?" e outros desrespeitos? Eleição é evento de massa, é assim que é conduzido o marketing eleitoral televisivo. 
              Neste mês saiu na revista Caros Amigos um texto de José Arbex sobre o governo atual - crítica contrária a ele. Embirro com as usuais críticas ao presidente e a quem ele apoia porque estão ensopadas de preconceito, são formuladas por parti pris. Têm ranços classistas. Esta crítica de Arbex estuda o assunto, as razões populares - falemos em razões quantitativas - que elegeram os presidentes recentes. Vale a pena olhar e começar a prestar atenção em contrários e apoiadores. As críticas de Plínio são também muito boas, elas propõem. 

VI SCANDURRA, ARNALDO ANTUNES E FESTIVALEIROS
 
              Domingo no Festival de Cultura Industrial, roqueiros reunidos em Santo André, estive com Edgar Scandurra, que músico, hein?! injetando velocidade na guitarra, o público pulando. Música pode ser necessidade primal. Depois veio Arnaldo, ele canta tão bem, com aqueles graves fantásticos. Gostei muito da versão que ele fez de "Bandeira Branca". Já imaginaram música de Dalva de Oliveira cantada por Arnaldo Antunes? Conseguiram imaginar, eu sei. Surpreendente aquela emoção feroz, que continua Dalva.
               Foi grande cantar para aqueles moleques tão envolvidos de corpo e garganta no show. Eles faziam coros que dobravam o número de pessoas, parecia multidão de Maracanã.
               Declarei voto em Plínio de Arruda Sampaio. É extremamente jovem, o mais de todos, aos 80 anos, e muito experiente. Suas palavras não erram o alvo, ele tem uma inteligência que lamento conhecer melhor só agora. São Paulo costuma revelar gente precisa como arqueiros, flecheiros. Plínio tem 60 anos de vida pública correta, é gente direita, como dizemos na Bahia. São muitas qualidades, é bom ter em quem votar. Falo por mim. Vocês votem em quem seu discernimento ditar, nesta hora em que a emotividade come solta, pré-eleitoral.  
                O Hino do Centenário do Corínthians está no post anterior.

 Um pouco de Tom Zé

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