Companhia do Latão e Coletivo Vídeo Popular convidam para exibição de vídeos, sexta-feira, dia 15 de abril, a partir das 19h30, no Estúdio do Latão (Rua Harmonia, 931, próximo ao metrô vila madalena).
Qual centro? (doc.15min./2010)
O vídeo debate o projeto de revitalização da região central de São Paulo através da documentação de uma ocupação num posto de gasolina.
Realização: Coletivo Nossa Tela.
FULERO CIRCO (fic.50min/2010)
Depois de tantos maus tratos, de viver entre os ratos e de achar o absurdo legal, a trupe FULERO CIRCO cruza o Brasil para apresentar as aberrações da história.
Realização: Companhia Estudo de Cena.
Abaixo, Carta Manifesto do Coletivo Vídeo Popular elaborada na IV Semana do Vídeo Popular / 18 e 19 de dezembro de 2010 .
1 - Os coletivos e indivíduos que integram o Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo são avessos ao modo de vida vigente, regido pelo capital e mediado pela exploração do homem pelo homem em busca do lucro, do poder, da hierarquia, do pragmatismo e utilitarismo de todos os sentidos e ações da vida. Portanto nossa posição é anticapitalista.
2 - Contrários a visão espetacular da arte que estabelece uma divisão entre sociedade e artista, nos afirmamos trabalhadores da cultura. O artista nada mais é do que um trabalhador que emprega sua força de trabalho em processos artísticos. Somos necessários a outros trabalhadores da sociedade, assim como estes são necessários a nós.
3 - O Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo entende como prioritário para a plena realização de suas ações estar junto a outros trabalhadores da cultura e integrantes de movimentos sociais que buscam a transformação da realidade, se opondo a visão fragmentária e gestionária dos campos da cultura, da arte e da política.
4 - Agimos e entendemos o audiovisual pela totalidade de seu processo de forma integrada: formação, produção, distribuição e exibição. A formação é a base de nossas ações, estando inserida em todas etapas. A cada processo nos formamos e assim contribuímos com a formação dos outros. Nosso objetivo é a formação como relação; buscamos o conflito.
5 - Na perspectiva da formação interna e busca da transformação social estabelecemos relações de trabalho não hierárquicas e não alienantes, dentro de processos colaborativos de criação que não reproduzam a divisão social do trabalho. Acreditamos que a representação crítica passa antes pela superação da divisão entre trabalho espiritual e trabalho material entre sua equipe de trabalho.
6 - Não é nosso objetivo estabelecer dogmas estéticos e temáticos. Reconhecemos que o fazer artístico e cultural é um ato político. Somos contrários à política da indústria cultural, que solidifica estereótipos, preconceitos e a visão mercadológica da vida. Somos contrários a “arte pela arte” que isenta seus realizadores da responsabilidade com o contexto social. Tendo isso claro, desejamos toda liberdade ao fazer artístico e cultural!
7 - Não queremos contribuir com o modo de vida vigente, queremos sua superação pela destruição. Entendemos esta luta como processual, coletiva e histórica.
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