LOS ANGELES, EUA - O cineasta Michael Moore denunciou os donos do estúdio The Weinstein Company por apropriação indevida de vários milhões de dólares gerados pelo documentário "Fahrenheit 11 de Setembro", segundo informou nesta terça-feira o "Los Angeles Times".
O conhecido diretor americano vencedor de um Oscar por "Tiros em Columbine" (2002) acusou os irmãos Harvey e Robert Weinstein de falsificarem as contas do lucro do filme e ficaram com pelo menos US$ 2,7 milhões que supostamente eram de direito dele.
O caso foi apresentado na Corte Superior de Los Angeles contra dos Weinstein e de uma entidade chamada Fellowship Adventure Group criada especificamente por eles em sociedade com Lionsgate e IFC Films para a distribuição de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Os Weinstein pagaram tudo o que deviam. O senhor Moore recebeu uma enorme quantidade de dinheiro pelo filme. Deveria envergonhar-se", assegurou o advogado dos denunciados, Bert Fields.
Moore ingressou cerca de US$ 20 milhões até o momento pela realização do documentário no qual questionava a política de George W. Bush e o ocorrido em torno dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova York.
Larry Stein, que representa os interesses de Moore, assegurou que a denúncia chegou depois que um auditor independente estudasse as contas de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Esta é a primeira vez que Michael Moore denunciou alguém em seus 20 anos de carreira como diretor. Isso deveria ser um indicativo de que é algo sério. A quantia de US$ 2,7 milhões é o que descobrimos até agora. Não me surpreenderia que a quantidade fosse muito maior", disse Stein.
de acordo com o colega Mauricio Svartman, "no livro 'Down and Dirty Pictures', do Peter Biskind, tem dezenas de casos de grandes diretores que foram sacaneados pelos irmãos Weinstein. Michael Moore sabia aonde estava entrando".
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