ENTREVISTA DO POETA E AMIGO VINÍCIUS DE MORAES - 1953
Vinícius
- Como chegou você à posição política?
Portinari
- Não pretendo entender de política. Minhas convicções, que são fundas, cheguei a elas por força da minha infância pobre, de minha vida de trabalho e luta, e porque sou um artista. Tenho pena dos que sofrem, e gostaria de ajudar a remediar a injustiça social existente. Qualquer artista consciente sente o mesmo...(Retirado de http://www.casadeportinari.com.br/)
Assim como no texto citado, não tenho a intenção de, nesse momento, levantar grandes discussões sobre o papel do artista no que diz respeito à política. Contudo, o que ainda me faz acreditar ser um trabalhador de arte/cultura é o fato de que, de alguma forma, essa opção estética, que não tem obrigação de estar vinculada à nada, me indica um eterno crescimento, transformação do eu, do coletivo.
Pode parecer um altruísmo de fachada. E também não sou exatamente um historiador para dizer, exatamente, por quanto tempo vivemos em certos modelos de sociedade diferentes mas não necessariamente transpostos, vencidos. Mas um bom exemplo é o do plebiscito em questão, muda-se o modelo do "senhor", um novo "capitão do mato", mas não a condição. Não digo que já tenha uma opinião formada sobre o fato, até pela cabeça confusa que tenho. Mas vale a pena pensar.
Acho que a resposta do Portinari se ajusta perfeitamente ao pensamento que terei, ao sair de casa para votar a favor da restrição à propriedade da terra.
ResponderExcluirO latinfúndio tem sido motivo de exploração, escravidão e fome no mundo. Está na hora de botarmos um freio(por menor que seja)na propriedade(sic) de terras que deveriam ser de todos aqueles que a utilizam para retirar dela o fruto de seu trabalho e de sua sobrevivência.Chega de cercas, chega de donos, a terra deve ser de todos...
ResponderExcluirFaço minhas suas palavras Turquinho...
ResponderExcluirBoa Turquinho..
ResponderExcluirComecemos estabelecendo um limite, mesmo que longe do ideal.
abraços