O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Obra de Resgate - Érico Veríssimo

Érico Veríssimo é um dos escritores mais lidos em todo Brasil, e foi também, seguramente, um dos mais preocupados com a função social da literatura. Segundo Antonio Candido, Érico teria colocado, como poucos, a literatura “a serviço do leitor”. Sua força reside na clareza e simplicidade do estilo, aliado a uma busca incansável pelo homem, submerso na escuridão sem forma da rotina e do cotidiano.

Trata-se de uma obra com alto poder humanizador, ao mesmo tempo em que retrata a agonia subjetiva das relações humanas atualmente, que, seguindo ainda Antonio Candido, representaria um dos limites do romance moderno enquanto “incomunicabilidade dos seres”. Assim, a perspectiva de humanização pela literatura é mais do que uma simples reelaboração artística dos problemas atuais, pois a arte só pode retratar bem a desagregação da vida na medida em que ela própria, em si mesma, não se deixa desagregar.

Nesse sentido, os livros de Érico retratam um mundo que, longe de ser “bonitinho”, tornou-se ainda mais desagregado. Atribui-se certa função pacificadora à arte, como se esta fosse uma espécie de anestésico que evitaria o enfrentamento direto e franco da vida real. Por isso, contra esta falsificação ideológica da verdadeira natureza da arte, devemos resgatar o sentido profundo daquilo que sugere as grandes obras, como os livros de Érico Veríssimo, já que, afinal de contas, colocam abertamente a necessidade de lutarmos pelo resgate da vida.

Não dá para esquecer, de passagem, as infinitas sugestões cinematográficas presentes em alguns romances de Érico, sobretudo na “multiplicidade de planos narrativos” dos romances ambientados no meio urbano. Fernando Sabino e David Neves dirigiram dez curtas-metragens retratando a vida e o cotidiano de dez grandes escritores brasileiros, entre os quais Érico Veríssimo.  Finalizo, então, postando o vídeo de Fernando Sabino sobre este homem que, apesar da “fama”, jamais perdeu a simplicidade e a consciência de suas responsabilidades. Repito: é sempre a obra que não nos deixa mentir.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estado Monetário de Direito?

Há dias noticiou-se na grande mídia a ação truculenta de delegados da corregedoria de São Paulo, em junho de 2009, contra uma escrivã suspeita de concussão (exigência de propina por parte de servidor). A escrivã foi algemada, atirada ao chão e despida à força para a platéia não menos covarde que se encontrava na sala, e, posteriormente, para todo o Brasil, pois os mandarins da justiça, além de tudo, filmaram a “intervenção”.

As imagens são absolutamente repulsivas (1). É indisfarçável a motivação de natureza sexual presente na conduta dos delegados. Certamente achavam-se donos dos cargos que ocupavam, e punham-se acima da lei, tanto mais que, sendo a suspeita uma mulher, poderiam, naturalmente, agir também como estupradores.

Cabe a pergunta: as relações patriarcais de poder, e a miséria da condição da mulher mudaram realmente, a despeito do otimismo de alguns com a vitória de Dilma Rousseff? Basta dizer que os quatro delegados que atuaram no caso da escrivã tiveram o aval da corregedora-geral Maria Inês Trefiglio Valente, destituída ontem de seu cargo. (2)

Interessante notar também como a mania do “denuncismo” na política nacional mostra sua verdadeira face: contra a corrupção tudo vale! Inclusive apropriar-se de cargos públicos e utilizá-los para exercer todo tipo de canalhice (contra a corrupção tudo vale, inclusive corropomper!). Trata-se claramente de um problema estrutural.

Semana passada, por exemplo, o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antonio Carlos Viana Santos, morto em 28 de janeiro por problemas cardíacos, começou a ser investigado pelo Ministério Público sob a suspeita de enriquecimento ilícito e tráfico de influências. A denúncia anônima constituía-se de onze páginas detalhadas da “evolução patrimonial” do presidente, e chegou às mãos do MP onze dias antes do presidente esticar as canelas (3). Um “jogo de armar” à maneira de Cortázar – com as devidas coincidências kafkianas.

É realmente difícil acreditar nos paliativos e panacéias de toda espécie, tais como as “reformas políticas moralizantes”, quando sabemos que a pressão é objetiva, e que os poderes econômicos constituídos são os mesmos que, historicamente, estruturam o Estado brasileiro. O abuso extrapola inclusive os níveis hierárquicos mais decisivos de poder, como uma espécie de efeito na superfície de abalos sísmicos mais profundos.

Qualquer funcionário público sabe que a norma de conduta das relações de trabalho em todos os níveis pauta-se pelo desrespeito, o assédio, a manipulação, etc.

O verdadeiro encadeamento das relações de força que determinam a política é evidente para quem puder e quiser ver.

___________

1 – Vídeo na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=ozLXEWjdE9M

2 – Folha On-line: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/880625-video-de-escriva-despida-derruba-corregedora-da-policia-civil-de-sp.shtml

3 – Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mp-investiga-bens-de-ex-presidente-do-tj-sp,679055,0.htm

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Curta(Animação): Le Maison en Petits Cubes

Ótimo curta-metragem japonês, não só pelo rigor técnico, mas pelo tema e a simpática e tocante pretensão de visionário. 

Nosso passado e futuro estão contidos no que somos, exatamente agora, e é  a partir do agora - abertos os sentidos - que nos aproximamos daquilo que nos permeia e constitui enquanto ser. 


Criança, A Alma do Negócio

Hoje tem ensaio aberto de "Terror e Miséria no Novo Mundo, Parte II" com comentários do filósofo Paulo Arantes

A Cia Antropofágica promove hoje um ensaio aberto de seu novo espetáculo "Terror e Miséria no Novo Mundo, Parte II", com a presença e comentários de Paulo Arantes e Neide Luzia de Rezende.



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cineclube Cinefusão exibe PVC-1


Para dar sequência ao ciclo "Cinema e Culturas Marginais", o Cineclube Cinefusão exibe o filme colombiano "PVC-1", de Spiros Stathoulopoulos, rodado em um único plano-sequência de 85 minutos. Além disso, pretendemos iniciar o debate sobre a situação da Colômbia e da América do Sul. PVC-1 é baseado em uma história real da luta de uma mulher inocente pela sua vida, após ser colocada uma bomba em volta do seu pescoço. Para trazer sua contribuição ao debate, contaremos com a presença do amigo Mário Conte, músico profissional e militante da Esquerda Marxista do PT.

A nossa proposta para esse semestre é apresentar um panorama de filmes realizados por cineastas de culturas não tão conhecidas e distantes de um senso comum, marcado pelo ocidentalismo europeu e estadunidense, que produz o cinema comercial que é divulgado massivamente. Assim, serão priorizadas obras que nasceram no âmago dessas culturas ou que abordem o modo de vida delas. Esperamos com esse novo ciclo, trazer uma possibilidade de trocas e, principalmente, à luz da barbárie neoliberal, discutir sem qualquer tipo de preconceitos quais são as motivações que levam as sociedades a concepções de mundo tão distintas. A sessão será no próximo domingo, dia 27 de fevereiro, às 18h30, à rua Augusta, 1239, conj 13 e 14. A exibição é gratuita.

A nova e polêmica lei de direitos autorais



Caetano Veloso de um lado, Gilberto Gil do outro.



"Ecad é mesmo um mal?", questiona Caetano Veloso
"A discussão precisa subir de patamar", diz Gilberto Gil

Parceiros na criação do movimento tropicalista, em 1967, os dois acabaram se tornando, nas últimas semanas, símbolos da polarização de opiniões dos artistas da MPB na discussão em torno da lei de direito autoral.

Em 20 de janeiro, a ministra Ana de Hollanda retirou o selo Creative Commons do site do MinC, colocado na gestão de Gil (2003-2008).

As licenças Creative Commons tornam mais flexível o uso de obras artísticas (como liberação prévia para uso em blogs ou remixes), em contraposição ao "copyright" (no qual o artista precisa autorizar caso a caso).

De um lado do ringue, Gil entende que as flexibilidades das licenças CC estão mais de acordo com a era digital, com o mundo pós-internet.

Do outro lado, Caetano, apoiado pela maior parte dos compositores que entraram na discussão --Roberto Carlos, Joyce, Jorge Mautner e outros-- se posicionou contra as CC, dizendo que "ninguém toca em um centavo dos meus direitos autorais".

Em seguida, Gil criticou os opositores às CC de não levarem o diálogo para "uma dimensão esclarecedora".

Procurado pela Folha no começo da semana passada, Caetano disse, por e-mail, que vestia a carapuça tecida pelo velho companheiro.

"Visto. Mas não me causa incômodo", disse. "Eu não teria tocado no tema se a discussão, que o ministério Gil trouxe para dentro da política oficial, não me parecesse atraente e inevitável."






STATUS QUO


"Pois está na hora de ele tirar a carapuça", rebateu Gil, na quarta-feira passada, depois de fazer um show para internet. "De encarapuçados não precisamos. Todos têm que estar com suas feições claras, nítidas, à mostra, dizendo o que acham."

E seguiu. "Foi sempre assim: os que defendem o novo têm que ter argumentos mais nítidos. Os que reagem, porque estão defendidos pelo status quo, não precisam disso, precisam apenas reagir."

A reportagem retomou o assunto com Caetano, no dia seguinte. O músico chamou a paixão de Gil pelos avanços tecnológicos de "um pouco fascinada demais, tendendo para deslumbrada".

"Gil escreveu [a canção] 'Pela Internet', mas, diferentemente de mim, não é uma pessoa de internet. Não é muito familiarizado, não anda muito nem no e-mail. Ele gosta mais é da ideia."


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Surplus - Filme completo

Cineclube Lunetim Mágico exibe curtas independentes



Tédio - 6'52''. Paulo Oliveira 
O cinema não é só ação, também é Tédio.

As pessoas dormem as imagens nunca - 8'30''.
Paulo Oliveira - As imagens ficam para sempre.

Laços e nós - 4'24''. Daniel Torres
Brincando com as palavras contamos histórias dos nossos ascendentes que podem surpreender o clichê.

Quanto vale? - 5'47''. Daniel Torres
Uma ótica que põe abaixo o julgamento dos reais valores éticos da sociedade estática.

O passivo do ativo - 12'00''.
Daniel Torres e Roberto Christo
Quando não há uma linha limítrofe entre o passivo e ativo, mas sim uma espiral de dominação.

Peixe no Rio é gente - 8'53''
Duas pessoas, um diálogo nonsense e toda uma filosofia semiótica.

X-man - 12'42'' - Haroldo Joseh
Porque o falso moralismo gosta de "problematizar" o que é simples? Sexo, humor, conflitos e a pureza de um adolescente em suas descobertas.

Insight - 11'50'' Paulo Oliveira  
A arte não busca regras e sim quebrá-las, o cinema não poderia ser diferente.

Eleccion - 18'00'' Daniel Torres
Eleccíon, em espanhol, é escolha. A diversidade de opções pode nos tornar cegos diante das nossas próprias escolhas.

Valsa - 14'45'' Paulo Oliveira
O amor e a vida são confusos, situações extremas criam barreiras e confusões mentais irreversíveis.

Criado por Pagu, 53º Festival Santista de Teatro está com inscrições abertas


FONTE ORIGINAL:

Até o próximo dia 27, companhias teatrais de todo o Brasil (profissionais ou amadoras) podem se inscrever para o 53º Festival Santista de Teatro, o FESTA, nas categorias Adulto, Infantil e de Rua. Esta edição do festival será realizada entre os dias 15 e 23 de abril, em diversos espaços culturais de Santos, no litoral de São Paulo.

Com caráter nacional, o FESTA já tem inscritos grupos de todas as regiões do Brasil. A intenção é que o festival continue sendo um espaço para a integração das artes cênicas no País. Considerado o festival de teatro mais antigo em atividade, o FESTA foi criado em 1958, por Patrícia Galvão, a Pagu, e é o mais antigo em atividade no Brasil. O festival e a musa do Modernismo ajudaram a transformar a cidade de Santos em um polo irradiador de talentos, como os irmãos Cláudio e Sérgio Mamberti, Greghi Filho, Jandira Martins, Tanah Corrêa, Ney Latorraca, Bete Mendes, Carlos Soffredini, entre outros.

Neste ano, o festival traz algumas mudanças em seu regulamento. Para envolver ainda mais os grupos teatrais do Brasil, as inscrições são feitas diretamente pelo site oficial: www.festivalsantista.com.br. Outra novidade é que as companhias teatrais estipulam o seu próprio cachê para participarem do FESTA, valorizando sua produção.

Respeitável Público

O tema desta edição, “Respeitável Público”, foi escolhido justamente para enfatizar a interação popular com as produções teatrais que serão selecionadas. “Queremos que o público santista e da região venha ao FESTA, que sinta o festival como seu, identificando-se com o que queremos acrescentar à cidade”, diz o coordenador geral do FESTA 53, Leandro Taveira.

Taveira adianta que os ingressos serão vendidos a preços populares nas categorias Adulto e Infantil. Já a categoria Teatro de Rua será aberta a todos, e suas apresentações ocorrerão também em outros municípios da Baixada Santista. Mostras paralelas, exposições, mesas-redondas e oficinas gratuitas também farão parte da programação, entre outras ações para envolver o público.

O FESTA 53 é organizado pelo Movimento Teatral da Baixada Santista, e tem como parceiros o Programa de Ação Cultural (ProAC) - Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de Santos.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Hurricane - Bob Dylan

Algumas versões da genial canção de Bob Dylan "Hurricane" , que é, inclusive, trilha sonora de um dos filmes que mais gosto e não me canso de ver: "Dazed and Confused"(Jovens loucos e Rebeldes). Além disso se interessar, há uma pequena resenha aqui no blog(http://t.co/QAhk6A9) sobre esse ótimo filme.



Trailer do filme:


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Estado, O Frankenstein da Criatura, Polícia



Quisera eu escrever esta modesta resenha por conta de uma revolta da criatura: Polícia, contra seu criador: Estado; e que de fato representasse uma mudança efetiva em nosso chamado sistema.

Entretanto, a história é outra, e, infelizmente, menos próxima do romance clássico e, pioneiro da literatura ocidental de horror: "Frankenstein".


Nesta quinta, 17/02/2010, aconteceu a "6ª grande manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus". O cenário era promissor, já que o movimento de saltos qualitativos substanciais na luta, como a participação do movimento na audiência pública, no sábado(13), com presença do secretário de transporte.

Ainda sim, e mantendo sua reputação, a polícia reprimiu mais uma vez o movimento, com bombas de efeito moral, spray de pimenta, balas de borracha, etc... Mas o que surpreendeu, - já que virou praxe a "bossalidade" de nossos defensores contra nós mesmos -  dessa vez, foi que  a repressão atingiu direta e literalmente os vereadores do PT  Antonio Donato e José Américo, que acompanhavam a manifestação, além da imprensa, como foi o caso de um dos fotógrafos da Folha:

Não estou entrando na questão partidária, mas de certa forma, os vereadores, independente de sua propostas ideológicas, numa concepção comum, e num sistema onde há o estado, são representantes dele, assim como, indiretamente, a imprensa - "grande imprensa". Quando algo criado pelos objetos citados - Imprensa e Estado -, se volta contra seu criador, a quem deve proteger a todo custo, isso no mínimo afeta o movimento pacifico e linear de nosso sistema, provocando uma ruptura em nosso cotidiano. 

Claro, isso seria 'interessante' se não fosse por conta de um engano durante a insaciável empreitada desses defensores da ordem. Provavelmente, tomado pela adrenalina de espancamento dos manifestantes acabaram por, sem medir consequências, acertando os vereadores e imprensa - apesar que mesmo depois de se identificarem, ainda foram agredidos por um dos policiais.


Isso só não é uma inversão da consciência de explorado, como, pelo contrário, é a efetivação da criatura polícia, como lacaio do criador Estado, não só contra aqueles que lutam para que ele se acabe, mas também afim de eliminar também com aqueles que representam o micropoder dentro da própria instituição.  

Indicado ao Oscar é acusado de grafitar 'outdoor' em Hollywood


Excelente!



DE SÃO PAULO

O grafiteiro Banksy sempre esteve cercado de mistérios. Não seria diferente faltando pouco para a cerimônia do 83º Oscar, no próximo dia 27, no qual ele concorre com o documentário "Exit Through the Gift Shop".

Nesta semana, surgiram vários grafites em diferentes áreas de Los Angeles, nos Estados Unidos, que parecem ser obra de Banksy. Alguns dos trabalhos realmente estão catalogados no site do artista.

Um deles, um grande cartaz em Hollywood inspirado em Mickey Mouse, foi retirado nesta quarta-feira. De acordo com um representante da empresa responsável pela instalação, a emissora CBS pediu a remoção do cartaz sem consultá-los.

Há rumores ainda de que os trabalhos de Banksy estariam ligados a uma campanha pelo seu filme na corrida do Oscar, embora seja improvável para quem conhece o trabalho do grafiteiro.

Banksy é o pseudônimo de um popular artista de rua do Reino Unido. Ele ganhou notoriedade por espalhar mensagens de grafites por muros de edifícios. Muitos dos seus trabalhos trazem forte mensagem política.

Nova Manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público.

Desde as 12h30 de hoje, seis manifestantes estão acorrentados nas catracas do saguão da prefeitura de São Paulo. Eles protestam contra o aumento da tarifa do ônibus que subiu de R$2,70 para R$3,00 em Janeiro deste ano, após um decreto do prefeito Gilberto Kassab.

Todos são integrantes do Comitê de Luta contra o Aumento, que une diversos movimentos como Passe Livre, grêmios estudantis, sindicatos e outros.

Em entrevista ao portal UOL, Mayara Vivan (21), uma das acorrentadas,  declarou: "Não vamos arredar o pé enquanto não houver negociação"

Acesse o Blog do comitê:

Veja a entrevista no Site UOL:

CINEFUSÃO INDICA:


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SP Leste em Movimento - 1º Festival de Cinema da Zona Leste

O Festival ocorre de 11 a 20 de fevereiro, no CEU Quinta do Sol, Ermelino / Penha

programação completa no site

Vale frisar que apesar de sua imensidão - sendo ela territorial, histórica, populacional, social e cultural - dentro da maior metrópole de um país de dimensões continentais, como é o caso do Brasil. Assim mesmo a Zona Leste paulistana, em pleno século XXI, ainda não tinha um grande festival de cinema em seu calendário cultural.

A Zona Leste paulistana é uma tradicional região proletária da cidade. Nela, historicamente, os migrantes e imigrantes se instalam para iniciar a construção de uma nova vida. É assim na Mooca de tradição italiana, na nordestina São Miguel, na população afro-descendente que se espalha pela Penha, Itaquera, Vila Matilde, Vila Ré... e continuam chegando... Nos dias atuais os bolivianos e a mão de obra clandestina em tecelagens do Brás.

As novas populações que chegam a São Paulo vêm carregadas de libido transformadora. Chegam motivadas pela necessidade de transformar a própria vida. E, assim, intervém também no espaço urbano. São bairros “auto-construídos”, frutos de organização social na luta pelo direito à moradia. Luta que teve seu apogeu nos anos 80 e impulsionou movimento de abrangência nacional em abaixo assinado que correu o país e aprovou lei em Brasília. Luta imortalizada também nas letras do sambista Adoniran Barbosa, que tantas poesias fez lamentando os despejos e a falta de moradia. “Agimos localmente, mas pensamos globalmente”, define o Padre Ticão, importante liderança do movimento pelo direito à moradia.

É assim a zona leste, região de população ativa, que constrói bairros, transforma o cinza dos muros em grafite colorido, compõe músicas e se desloca incansavelmente em busca do sustento de cada dia. Afinal, entre outras coisas, a zona Leste é a região da cidade que apresenta o maior fluxo de população sazonal. Ou seja: é composta por bairros dormitórios e a maioria de sua população ativa se desloca a outras regiões da cidade para trabalhar. No cotidiano dos bairros, as iniciativas comunitárias. E assim, proliferam os campeonatos de futebol de várzea, as rodas de samba, encontros culturais, a convivência e criação popular nas Escolas de Samba e ações de educação popular em iniciativas auto-sustentadas de oficinas de música, arte, reciclagem.

A história, a imagem e identidade desta região da capital paulista vêm à tona neste novo festival de cinema. SP Leste em Movimento é o retrato desse rico cotidiano, repleto de elementos para reflexão. Zona Leste, região urbana que concentra características de todo um pais de dimensões continentais. São filmes históricos que narram os fatos da região em diferentes formas, estilos e épocas. Há Lugar, de Julio Wainer, acompanha a luta da igreja junto às populações carentes nos anos 80 pelo direito à moradia. Conquista - baques, batuques e retratos é concebido e realizado pelos alunos da videoficina ¿Onde Está America Latina? no SESC Itaquera e retrata o dia-a-dia no peculiar bairro encravado entre o Iguatemi e São Mateus, e todas as ruas têm nome de músicas. De A em Abre Alas a Z em Zazueira. Há também o clássico Seu Nenê, de Carlos Cortez, sobre o, infelizmente agora saudoso, fundador da Escola de Samba Nenê da Vila Matilde e grande incentivador da cultura do samba em São Paulo - Seu Nenê, alias, receberá homenagem especial no festival. Através do Edital História dos Bairros da prefeitura de São Paulo, outras importantes realizações, Guianeses, Ermelino Matarazzo, Itaquera, entre outros bairros têm suas histórias contadas pelos principais diretores do documentário paulista.

De forma conjunta à leitura da própria história, o Panorama Leste Sem Fronteiras traz o “olhar para fora” da região. Nessa primeira edição do festival a curadoria traz ao público obras consagradas de curta-metragem e documentários que retratam a diversidade e a pluralidade cultural brasileira. A curadoria preparou ainda mostras temáticas de Samba, Hip Hop, História, America Latina, Suspense, Curta o Curta, Infantil e Infanto-Juvenil. No total, mais de 100 filmes serão exibidos em 10 dias de evento. São filmes de destaque, muitos deles premiados em festivais pelo Brasil afora e até internacionalmente, e que não tem ou não tiveram difusão comercial. Outra característica do festival é ampliar o olhar do espectador quanto às possibilidades da linguagem cinematográfica. Assim, no SP Leste em Movimento, os tradicionais longas metragens de ficção cedem seu espaço cativo nas salas de cinema para os curtas-metragens, as animações, a Não-Ficção, o vídeo performático, a poesia concreta e audiovisual e os documentários musicais e sociais.

texto: Pedro Dantas
Curador do SP LESTE EM MOVIMENTO



Debate: Revolução dos Povos Árabes


Ocupação expõe processo criativo de Haroldo de Campos

poema de Haroldo de Campos musicado por Caetano Veloso

A  partir de 17 de fevereiro, a nona edição do projeto Ocupação homenageia o poeta, ensaísta e tradutor Haroldo de Campos. Com uma exposição, debates e instalações inspiradas na obra do escritor, o evento apresenta momentos de seu processo criativo e de seu percurso intelectual e artístico.

A mostra acontece em dois espaços, na sede do Itaú Cultural e na Casa das Rosas, em São Paulo. Será lançado também um site especial, com parte do material exposto e atrativos exclusivos. No portal atual, você pode conhecer as exposições anteriores.

A Ocupação Haroldo de Campos é uma parceria entre o Itaú Cultural, a Casa das Rosas e o Governo do Estado de São Paulo.

Ocupação Haroldo de Campos
quinta 17 de fevereiro a domingo 10 de abril
terça a sexta 9h às 20h
sábado domingo feriado 11h às 20h
Debates - sempre às 17h, na Casa das Rosas

Confira a programação completa no site

entrada franca
Casa das Rosas | Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura | Avenida Paulista 37 - Paraíso - São Paulo SP | informações: 11 3285 6986 3288 9447 | contato.cr@poiesis.org.br | twitter.com/casadasrosas
Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 - Paraíso - São Paulo SP [próximo à estação Brigadeiro do metrô] informações: 11 2168 1777 | atendimento@itaucultural.org.br | twitter.com/itaucultural | http://www.youtube.com/itaucultural

Karroça Antropofágica pelas ruas de São Paulo: Intervenção teatral

O Uso social do espaço público para realização de atividades artístico-culturais em diálogo com a população da Cidade de São Paulo.



Como parte do projeto “Liberdade em Pi(y)ndorama – Parte 2”, contemplado pela 16º edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, a Cia. Antropofágica continuará nos meses de Fevereiro e Março a grande marcha com a Karroça, com um trajeto que irá da Zona Leste à Zona Oeste de São Paulo.

A Karroça é um veículo de intervenção cênico-musical da Cia. Antropofágica que surgiu a partir de pesquisas sobre a vida dos trabalhadores tropeiros durante o período do Brasil Império, e realiza com a tropa Antropofágica, formada por atores e músicos, intervenções pelas ruas da Cidade. 

A nova etapa da marcha percorrerá um total de 23 quilômetros, saindo do bairro de Cangaíba até o bairro da Barra Funda, e será realizada em etapas com o apoio de grupos parceiros. Na primeira etapa, sairá da sede do grupo Buraco D’Oráculo até o CDC Patriarca, sede do grupo Dolores Boca Aberta. Na segunda etapa, do CDC Patriarca marcha até o Clube Escola Tatuapé, onde está a sede do grupo Engenho Teatral. Por último, sairá do Clube Escola Tatuapé até o Arsenal da Esperança onde encontra a Cia. Estável e segue até o Espaço Pyndorama, sede da Cia. Antropofágica.

Cerca de 30 pessoas, entre atores e músicos da Cia Antropofágica de teatro percorrem a cidade dançando, cantando, atuando, com e para o povo, tendo como temas da intervenção a relação social do Brasil império e seus resquícios na modernidade; Jesuíno Brilhante, O Robin Hood da caatinga; "Mãe Coragem" de Brecht; "Morte e Vida Severina" de João de Cabral de Mello Neto; e muito mais.

Existem dois momentos no processo de marcha. O primeiro quando a tropa-coro realiza um teatro em movimento cruzando ruas e avenidas da Cidade. O segundo quando param em praças e espaços abertos onde acontecem apresentações de 10 a 20 minutos, algumas vezes seguidas de uma refeição, onde convidamos todos a beber e comer. Nossa comida é baseada em pratos como arroz carreteiro, carne seca e feijão tropeiro. 

Na etapa Leste-Oeste a organização e execução serão feitas conjuntamente com coletivos parceiros, que são: Buraco D’oraculo; Dolores Boca Aberta; Engenho Teatral; Cia. Estável; Brava Companhia 

Participe da marcha

Cada saída da Karroça dura em media de 3 a 5 horas e caminhamos de 5 a 10 quilômetros. O tempo de duração depende do tamanho do percurso, do numero de paradas e apresentações nas praças e principalmente, do contato e da troca com as pessoas presentes nas ruas. 

A Karroça também pode ser acompanhada a partir de qualquer ponto, ou ainda, para quem preferir, assistir apenas apresentações paradas, em determinados lugares. Para isso usamos um telefone e o twitter que informam o local que estamos naquele exato momento.

Não existe limite de participantes-público. As informações podem ser obtidas previamente pelo telefone do Espaço Pyndorama ou pelo site. 

Telefone do Pyndorama: 11 3871-0373
Telefone da Karroça: 11 9414-9164
Twitter da Karroça: twitter.com/pyndorama 
   
Trajeto
19/02 às 9h – Buraco D’Oráculo – Dolores Boca Aberta
Saída: Rua Antônia Teresa de Paula Matias, 175 – Cangaíba
Chegada: Rua Dr. Frederico Brotero, 60 – Patriarca

Ficha Técnica
Direção: Thiago Reis Vasconcelos
Direção Musical: Lucas Vasconcelos
Músicos: Bruno Miotto, Bruno Mota, Frederico César, Lucas Vasconcelos, Mario Conte
Elenco: Alessandra Queiroz, Amanda Freire, Andrews Sanches, Clayton Lima, Daniela Leite, Danilo Santos, Fabi Ribeiro, Flávia Ulhôa, Gilberto Alves, Haroldo Stein, Litta Mogoff, Martha Guijarro, Raphael Gracioli, Renata Adrianna, Renê Costanny, Ruth Melchior, Suelen Moreira, Thiago Calixto e Valter Paulini.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

3º Festival do Júri Popular acontece em 21 cidades brasileiras

A terceira edição do Festival do Júri Popular 2011, o mais abrangente do país, irá ocorrer em 21 cidades brasileiras. Ao fim de cada sessão, serão recolhidas cédulas de votação onde o público terá expressado sua opinião nas seguintes categorias: Direção, Roteiro, Fotografia, Montagem, Ator, Atriz, Direção de arte, Trilha sonora.


São Paulo/SP
Cine Olido – Galeria Olido – 236 lugares
Av. São João, 473 - Centro – (11) 3331-8399 / (11) 3397-0171
14/02 (segunda) – 15h - Hors-Concours
14/02 (segunda) – 17h - Competitiva 1
14/02 (segunda) – 19h30 - Competitiva 6
15/02 (terça) – 15h - Competitiva 6
15/02 (terça) – 17h - Competitiva 2
15/02 (terça) – 19h30 - Competitiva 5
16/02 (quarta) – 15h - Competitiva 5
16/02 (quarta) – 17h - Competitiva 3
16/02 (quarta) – 19h30 - Competitiva 4
17/02 (quinta) – 15h - Competitiva 4
17/02 (quinta) – 17h - Hors-Concours
17/02 (quinta) – 19h30 - Competitiva 3
18/02 (sexta) – 15h - Competitiva 3
18/02 (sexta) – 17h - Competitiva 1
18/02 (sexta) – 19h30 - Competitiva 2
19/02 (sábado) – 15h - Competitiva 2
19/02 (sábado) – 17h - Competitiva 4
19/02 (sábado) – 19h30 - Competitiva 1
20/02 (domingo) – 15h - Competitiva 5
20/02 (domingo) – 17h - Competitiva 6
20/02 (domingo) – 19h30 - Hors-Concours

A programação completa pode ser encontrada no site: www.festivaldojuripopular.com.br

Competitiva 1 (14 anos) – 93'
“Angeli 24h”, de Beth Formaggini, 24’, RJ, doc
“A dama do Peixoto”, de Douglas Soares e Allan Ribeiro, 12’, RJ, doc
“Amigos bizarros do Ricardinho”, de Augusto Canani, 20’, RS, fic
“Só mais um filme de amor”, de Aurélio Aragão, 19’, RJ, doc
“Contagem”, de Gabriel Martins e Maurilio Martins, 18’, MG, fic

Competitiva 2 (14 anos) – 88'
“Ela veio me ver”, de Essi Rafael, 16’, MS, fic
“Geral”, de Anna Azevedo, 15’, RJ, doc
“Izamara”, de Diogo Hayashi, 9’, SP, anim
“O som do tempo”, de Petrus Carury, 10’, CE, exp
“147”, de Marcelo Tannure, 4’, MG, anim
“Tempestade”, de Cesar Cabral, 10’, SP, anim
“A noite por testemunha”, de Bruno Torres, 24’, DF, fic

Competitiva 3 (14 anos) – 91'
“Garoto de aluguel”, de Tarcísio Lara Puiati, 22’, RJ, fic
“Como é bonito o elefante”, de Lucas Barbi e Juruna Mallon, 8’, RJ, fic
“Fantasmas”, de André Novais Oliveira, 11’, MG, fic
“Haruo Ohara”, de Rodrigo Grota, 16’, PR, fic
“Peixe pequeno”, de Vincent Carelli e Altair Paixão, 4’, PE, doc
“A inventariante”, de Patrícia Francisco, 7’, SP, exp
“Recife frio”, de Kleber Mendonça Filho, 23’, PE, fic

Competitiva 4 (12 anos) – 90'
“Eu não quero voltar sozinho”, de Daniel Ribeiro, 17’, SP, fic
“Transcomunicação”, de Arthur Tuoto, 3’, SP, exp
“Fábula das três avós”, de Daniel Turini, 17’, SP, fic
“Nalu”, de Stefano Capuzzi Lapietra, 6’, SP, fic
“Formigas”, de Caroline Fioratti, 18’, SP, fic
“Mídia obsoleta”, André Sicuro, 1’, RJ, exp
“Intervalo”, de Alexandre Rafael Garcia, 9’, PR, fic
“Raz”, de André Lavaquial, 19’, RJ, fic

Competitiva 5 (14 anos) – 93'
“Ratão”, de Santiago Dellape, 20’, DF, fic
“Instantâneos”, de Andrea Capella, 15’, RJ, doc
“O solitário ataque de Vorgon”, de Caio D'Andrea, 6’, SP, fic
“Bailão”, de Marcelo Caetano, 17’, SP, doc
“Caos”, de Fábio Baldo, 15’, SP, fic
“As aventuras de Paulo Bruscky”, de Gabriel Mascaro, 20’, PE, doc

Competitiva 6 (10 anos) – 93'
“O plantador de quiabos”, do Coletivo Santa Madeira, 15’, SP, fic
“7 voltas”, de Rogerio Nunes, 19’, SP, doc
“O diário da Terra”, de Diogo Viegas, 1’, RJ, anim
“Ensolarado”, de Ricardo Targino, 14’, RJ, fic
“Orquestra do som cego”, de Lucas Gervilla, 13’, SP, doc
“Balanços e milkshakes”, de Erick Ricco e Fernando Mendes, 10’, MG, anim
“Carreto”, de Marília Hughes e Cláudio Marques, 12’, BA, fic
“Verão”, de Thiago Pedroso e Hiro Ishikawa, 9’, SP, fic

Hors-Concours (12 anos) – 66'
“Eletrodoméstica”, de Kleber Mendonça Filho, 20’, PE, fic
“Vida Maria”, de Márcio Ramos, 8’, CE, anim
“Onde andará Petrúcio Felker?”, de Allan Sieber, 12’, RJ, anim
“A invenção da infância”, de Liliana Sulzbach, 26’, RS, doc


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Family guy - Bryan escreve um best seller

Sempre achei o Family Guy uma das melhores coisas já concebidas dentro da "moderna contracultura americana". 

Esse episódio, em especial, dialoga diretamente com nossas impossibilidades enquanto trabalhadores, não só na cultura, na arte, mas naquilo que nos debruçamos a ser, fazer, e acabamos por ter de seguir os ditames do mercado.

Agora esqueçam a seriedade dos meus comentários(rs)e divirtam-se!


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cineclube Cinefusão exibe filme raro do cineasta egípcio Youssef Chahine


Um gênio esquecido - Amácio Mazzaropi


Canção "Fogo no Rancho", composta por Elpidio dos Santos e Anacleto Rosas Jr. para o filme "Jeca Tatu"

Ato contra o aumento da tarifa do ônibus NO TEATRO MUNICIPAL, HOJE! QUINTA!


FONTE: MOVIMENTO PASSE LIVRE

A passagem de ônibus em São Paulo atingiu neste começo de janeiro o absurdo patamar de R$ 3,00 - a mais cara do Brasil. Não há como ficar calado frente a um aumento muito superior à inflação, que ocorre apenas um ano depois do último e em benefício exclusivo dos empresários do setor.


Ao longo do último mês, ocorreram quatro grandes atos de rua em protesto a esse aumento. No primeiro, a polícia reprimiu os mil manifestantes que caminhavam pacificamente. Não nos calamos: nas semanas seguintes, sucessivos atos reuniram em média cerca de 4 mil pessoas. No último, pouco mais de mil manifestantes partiram do Masp e, quando a passeata chegou na Prefeitura, estava três vezes maior.

Ou seja, movimento não parou de crescer. E agora que voltam as aulas, podemos levar ainda mais estudantes para as ruas. Atue contra o aumento em seu colégio!

VAMOS BARRAR ESSE AUMENTO!! AMANHÃ VAI SER MAIOR!

Em Florianópolis, a população mobilizada e organizada nas ruas conseguiu reverter dois aumentos nas tarifas de ônibus. O mesmo 
aconteceu em Vitória. Agora vamos repetir o feito em São Paulo!

Concentração em frente ao Teatro Municipal (prox. ao metrô Anhangabaú e ao Term. Bandeira), às 17h.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Palestra: 'Tropa de elite - uma revolução no cinema brasileiro'

Noitão Belas Artes - "Ligações Perigosas"

Na próxima sexta, dia 11, às 23h50, o Cine Belas Artes apresenta o Noitão "Ligações Perigosas", com duas pré-estreias e uma reprise, além do filme surpresa.

Os inéditos serão O Retrato de Dorian Gray, de Oliver Parker, e Em Um Mundo Melhor, de Susanne Bier. Negócios à Parte, de 1997, com direção de Claude Chabrol, será a reprise. As “ligações perigosas” entre os personagens de cada história inspiraram o tema desse Noitão.

O espectador só poderá assistir a três filmes e serão feitas combinações diferentes, uma para cada sala, sempre incluindo pelo menos um dos filmes inéditos. A escolha do programa precisa ser decidida no ato da compra do ingresso. Nos intervalos entre as sessões os espectadores participam de sorteios de brindes, e no encerramento é oferecido um café da manhã.

O RETRATO DE DORIAN GRAY (Dorian Gray)
Reino Unido, 2009, cor, 112 min., 14 anos.
Direção: Oliver Parker
Elenco: Colin Firth, Ben Barnes e Caroline Goodall.
Londres. Dorian Gray é um belo e ingênuo jovem, levado à alta sociedade local por Henry Wotton, que lhe apresenta os prazeres hedonistas da cidade. Nesse meio o rapaz conhece um artista que resolve pintar um retrato seu. Ao ver o quadro, Dorian faz a promessa de que daria tudo, até mesmo sua alma, para permanecer sempre com o visual nele estampado. Adaptação do clássico romance de Oscar Wilde, já levado às telas diversas vezes.


EM UM MUNDO MELHOR (In a Better World)
Suécia/Dinamarca, 2010, cor, 113 min., 14 anos.
Direção: Susanne Bier
Elenco: Mikael Persbrandt, William Jøhnk Nielsen e Markus Rygaard.
Um médico trabalha em um campo de refugiados em um lugar qualquer da África. Na Dinamarca, seu país natal, estão sua ex-mulher e seus dois filhos, sendo que um deles é vítima constante de bullying violento na escola. Paralelamente, acompanhamos a história de um garoto que emigra para a Dinamarca, ao lado de seu pai após a morte recente da mãe. Logo dois mundos distintos que irão se cruzar e novas preocupações virão à tona. Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, e candidato ao Oscar, na mesma categoria.


NEGÓCIOS À PARTE (Rien ne va Plus)
França, 1997, cor, 105 min, 14 anos.
Direção: Claude Chabrol
Elenco: Isabelle Huppert, Michel Serrault e François Cluzet.
Viajando pela França, Victor e Betty fazem um casal insólito e surreal de dois pequenos ladrões. Até que um dia se vêem envolvidos no tráfico internacional de dinheiro sujo.

NOITÃO “LIGAÇÕES PERIGOSAS”, NO BELAS ARTES
Sexta-feira, 11 de fevereiro, a partir das 23h50.
Ingressos: R$ 20,00 (estudantes e idosos pagam meia-entrada), à venda a partir das 16h da quarta-feira.
Cine Belas Artes
Rua da Consolação, 2423
Tel.: 3258-4092
Os ingressos podem ser adquiridos pela internet também: www.ingresso.com.br

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Michael Moore denuncia distribuidora de "Fahrenheit 11 de Setembro"


LOS ANGELES, EUA - O cineasta Michael Moore denunciou os donos do estúdio The Weinstein Company por apropriação indevida de vários milhões de dólares gerados pelo documentário "Fahrenheit 11 de Setembro", segundo informou nesta terça-feira o "Los Angeles Times".
O conhecido diretor americano vencedor de um Oscar por "Tiros em Columbine" (2002) acusou os irmãos Harvey e Robert Weinstein de falsificarem as contas do lucro do filme e ficaram com pelo menos US$ 2,7 milhões que supostamente eram de direito dele.
O caso foi apresentado na Corte Superior de Los Angeles contra dos Weinstein e de uma entidade chamada Fellowship Adventure Group criada especificamente por eles em sociedade com Lionsgate e IFC Films para a distribuição de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Os Weinstein pagaram tudo o que deviam. O senhor Moore recebeu uma enorme quantidade de dinheiro pelo filme. Deveria envergonhar-se", assegurou o advogado dos denunciados, Bert Fields.
Moore ingressou cerca de US$ 20 milhões até o momento pela realização do documentário no qual questionava a política de George W. Bush e o ocorrido em torno dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova York.
Larry Stein, que representa os interesses de Moore, assegurou que a denúncia chegou depois que um auditor independente estudasse as contas de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Esta é a primeira vez que Michael Moore denunciou alguém em seus 20 anos de carreira como diretor. Isso deveria ser um indicativo de que é algo sério. A quantia de US$ 2,7 milhões é o que descobrimos até agora. Não me surpreenderia que a quantidade fosse muito maior", disse Stein.