O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

domingo, 31 de julho de 2011

Gonzaguinha - Comportamento Geral

"...Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?..."

I'm American - Comédia MTV

A classe média americana...

sábado, 30 de julho de 2011

Moradores da Alameda Nothmann recebem apoio de Trabalhadores da Cultura

Os trabalhadores da cultura que estão há cinco dias ocupando a sede da Funarte foram ao encontro de uma ocupação de sem-teto localizada na mesma rua do centro (Alameda Nothmann) e que tinha ação de despejo marcada para hoje.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O diálogo se transforma em exigência ou… de tanto tomar café perdemos a paciência!


FONTE: http://www.flickr.com/photos/bombamtc/5988560886/in/photostream


Primeira carta aberta produzida pelo Movimento dos Trabalhadores da Cultura como esclarecimento à sociedade e aos representantes do Estado sobre a ocupação da sede paulistana da FUNARTE

O Movimento dos Trabalhadores da Cultura vem sendo acusado pelo governo de antidemocrático e de se negar ao diálogo com as esferas representativas do poder público federal. Este breve histórico pretende esclarecer a sociedade sobre a falsidade destas acusações. É necessário compreender a história para compreender a luta.
Nos últimos nove anos, trabalhadores de teatro, organizados principalmente na forma de grupos, uniram-se nacionalmente para, entre outras coisas, discutir propostas de políticas públicas que se contrapusessem aos instrumentos de renúncia fiscal utilizados pelos governos.
Esses trabalhadores da cultura, na tentativa de diálogo, manifestaram sua recusa aos instrumentos de renúncia fiscal, já que eles reduzem a arte e a cultura a um negócio de marketing, desviando recursos públicos e a responsabilidade do Estado para as grandes corporações.
Os trabalhadores da cultura abriram diálogo constante com o governo, com o Ministério da Cultura e com o Poder Legislativo.
O governo anunciou a reforma da Lei Rouanet, tecnicamente a substituição do PRONAC pelo PROFIC, mais tarde conhecido como a nova lei da cultura ou PROCULTURA.
Em 27 de março de 2009, os trabalhadores da cultura ocuparam o prédio da FUNARTE para expor que a nova lei da cultura continuava sendo um instrumento de política pública com um único programa: de renúncia fiscal e (des)incentivo ao mercado. Buscando o diálogo, questionava-se: os senhores querem nos ouvir?
Ainda em 2009, formaram-se comissões mistas com representantes do governo e dos trabalhadores da cultura e, mais uma vez, apresentou-se a política de Estado defendida pela categoria organizada: criação de programas – e não um programa único – estabelecidos em leis – e não uma lei única – com orçamentos próprios, com regras claras e democráticas. Inúmeras reuniões foram feitas e o governo decidiu incluir, distorcendo, as propostas apresentadas pelos trabalhadores da cultura em sua reforma da lei de renúncia fiscal.
Em resumo, o texto apresentado pelo governo previa a criação de programas setoriais de arte estabelecidos em leis específicas. Mas o Prêmio Teatro Brasileiro, que seria apenas um exemplo disso, e que dependeria, portanto, de uma lei específica a ser encaminhada ao Congresso pelo governo, se reduz, no texto do Procultura, a uma idéia a ser regulamentada. Pelo Procultura, o regulamento pode ser via CNIC e o programa se equiparar a um edital dentro do Fundo Nacional de Cultura; ou ser um decreto de governo.
Por essas ‘pegadinhas’, acaba-se, na prática, com a idéia de um programa de Estado com orçamento próprio a ser aplicado por qualquer governo, de qualquer partido. Sem orçamento próprio e sem regras claras, tudo se reduz, novamente, à vontade e à ação do governo de plantão, sem qualquer garantia de cumprimento e continuidade.
Outro ponto importante nas negociações foi a defesa de um orçamento mínimo para o Fundo Nacional de Cultura, que não dependesse de cada governo. O máximo a que se chegou foi à equiparação da verba disponibilizada para a renúncia fiscal com a destinada ao Fundo;
Sem arredar pé quanto ao repúdio à renúncia fiscal e negando-se a qualquer tipo de diálogo sobre este tema, mas, sim, continuando o diálogo sobre a construção de uma política pública de Estado em contraposição a uma política mercantil de cultura, as conversas continuaram.
Em 2010 o movimento continuou seu debate com o governo.
A sociedade civil participou de inúmeras reuniões promovidas pelo Ministério da Cultura: as câmaras setoriais, os colegiados, etc. O governo apresentou o plano setorial que previa, entre outras coisas, a implementação do Prêmio Teatro Brasileiro.
Diálogo constante, trabalho constante para construção e efetivação das pautas do movimento. 2010 se passou, os editais prometidos pelo Ministério da Cultura (exemplo claro do que vem a ser uma ação de governo em detrimento a uma política de Estado), não foram lançados, isto é, foram transformados num Frankstein que junta setores e atividades diversas de Artes Cênicas num único balaio, um edital único e que, ainda por cima, se evaporou no ar, não existe mais, não passou de promessa ou lançamento irresponsável. Nenhuma explicação, nenhum respeito por parte do governo e seus representantes.
Em 2011 inicia-se o que foi prometido como continuidade: Dilma Roussef assume a presidência da República. Ana de Holanda assume o Ministério da Cultura.
Os grupos teatrais do País, com apoio de outras categorias artísticas, organizam em Osasco – SP, o Congresso Brasileiro de Teatro. Na tentativa de continuidade de diálogo foram recolocadas à Ministra e demais representantes do Ministério da Cultura as propostas já amplamente apresentadas e discutidas com a gestão anterior da pasta. A ministra publicamente disse que os artistas não precisam de tanto dinheiro para fazer arte e que apoiava nossa propostas.
O governo mantém as políticas públicas de incentivo ao mercado por intermédio da lei de renúncia fiscal, a lei Rouanet.
O Ministério da Cultura tem sua verba contingenciada, passando dos já insuportáveis 0,2% do orçamento da união para os inadmissíveis 0,06%.
Em julho de 2011, os trabalhadores da cultura perdem a paciência e ocupam novamente a FUNARTE exigindo o cumprimento de suas reivindicações históricas, contidas no manifesto É Hora de Perder a Paciência – disponível no site www.culturaja.com.
Que se diga, mais uma vez:
o que se defende é uma política pública de Estado, e não apenas de governo, estabelecida em leis com regras claras e democráticas, e com orçamentos próprios, o que obrigaria os governos, como Poder Executivo, a executá-las. O que se defende é uma abertura para programas e não um programa único como o incentivo fiscal. O que se defende são leis – a serem construídas no tempo – e não uma lei única como o Procultura. O Prêmio Teatro Brasileiro é um projeto de lei desta natureza e foi entregue ao governo para que ele o encaminhasse ao Congresso Nacional como UM exemplo disso, a ser seguido por outros, e não como um programa único de teatro. Mas o governo finge que não entende isso e não toma nenhuma providência para encaminhá-lo ao Legislativo;
o que se defende é um Fundo Nacional de Cultura, que não é programa mas um instrumento contábil para a ação dos governos, com orçamento e regras claras estabelecidas em leis; que seja administrado através de editais, que serão sempre refeitos e discutidos, tendo um caráter conjuntural, ao contrário dos programas acima, que têm caráter estrutural e estruturante, caráter de continuidade.
Frente à grandeza dessas propostas, o Presidente da Funarte vem oferecer Prêmio Myriam Muniz, Mambembão, liberação de recursos para pagar dívidas vencidas… E diz que isso é diálogo. Vamos falar sério?

O diálogo foi mantido durante anos, nossas pautas continuam sendo dinheiro público para a arte pública. Estão amplamente apresentadas em nosso manifesto, anteriormente divulgado, e claramente organizadas em nossas propostas de leis também apresentadas aos órgãos que compõem o governo.
Aos representantes do Estado exigimos impacientes que cumpram nossas exigências.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Mulher de Marcos Paulo diz que jornalista que criticou longa do marido "tem cara de cearense"


É, e agora? Quero ver quem ficou "revoltado" com Lars Von Trier, o que acham disso:


Do UOL, no Rio

A atriz Antonia Fontenelle, mulher de Marcos Paulo, diretor do longa “Assalto ao Banco Central”, usou o Twitter para mostrar sua irritação em relação à critica feita pelo jornalista mineiro Pablo Villaça, do portal Cinema em Cena. “Gente, quem é Pablo Vilaça? Essa pessoa se intitula critico de cinema, tem cara de cearense, percebi que ele quer 5 minutos de fama. Pablo Vilaça, nem me dei o trabalho de ver se o seu portal é do Ceará, mas se for, obrigada porque lá estamos bombando, logo se vê que você não tem credibilidade nenhuma, só falou besteira na sua critica. Você não é critico, você é desorientado. Internet é mesmo terra de ninguém”, escreveu.



Após dizer que o jornalista tinha cara de cearense, Antonia tentou consertar sua declaração. “Antes que me interpretem mal, porque o povo adora ir por esse lado, um dos personagens que amo no filme é o Caetano (Fabio Lago). Ele faz um cearense engraçadíssimo, perfeito, o cinema vai abaixo com ele”, postou.

Também através do Twitter, Pablo Villaça respondeu às críticas de Antonia, que faz uma participação no filme como Regina, namorada de Telma, personagem vivida por Giulia Gam. “Não sei o que acho mais divertido: o fato de @ladyfontenelle ignorar que o @cinemaemcena tem 14 anos e é um dos portais mais acessados do Brasil ou se é o fato de me chamar de ‘cearense’ acreditando que isso iria me ofender. @ladyfontenelle, sou mineiro, mas teria imensa HONRA em ser cearense - como são alguns de meus amigos mais queridos”, escreveu o jornalista.



Vem para Funarte você também.


(Mensagem escrita por "Coletivo Video Popular")

Caros,
Convocamos todos os trabalhadores do país para somar na luta por políticas realmente públicas para cultura pública! Cultura é direito de todos e não apenas uma causa dos trabalhadores da cultura!
Por isso fazemos um apelo à população que participe dessa luta e contribua da maneira que puder: comparecendo à ocupação da Funarte, alimentando o debate, divulgando e pressionando o governo federal.

Alameda Nothmann, Nº 1058 Campos Elíseos - São Paulo CEP 01216-001



Venha ocupar a Funarte conosco! (Movimento de Trabalhadores da Cultura)


FONTE: http://www.culturaja.com/noticias/venha-ocupar-a-funarte-conosco/


Hoje, segunda-feira, o Movimento de Trabalhadores da Cultura ocupou o prédio da Funarte em São Paulo.  A ocupação não tem prazo para terminar e está aberta a todos que quiserem participar e apoiar o movimento.

No momento, 22:30hs, temos ainda 300 artistas e simpatizantes unidos por um objetivo comum e reunidos em plenária, discutindo os próximos passos do movimento.

Num gesto de democracia hipócrita, o Ministério da Cultura abriu as portas da Funarte para os trabalhadores da cultura, permitindo que ocupem o espaço até quinta-feira, desde que a programação normal não seja afetada.  Pois bem, já foi afetada.

Aproveitamos então o tão singelo convite e estendemos o convite para todos os artistas de São Paulo:

Transfira seus ensaios e outras atividades artísticas para a Funarte. A porta está aberta a todos e o MTC garantirá que siga assim durante a semana.

Junte seu grupo e mostre ao governo que sabe o que quer!


Após ocupação, artistas decidem dormir na Funarte São Paulo e inviabilizar programação



Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo


Militantes ligados a coletivos de arte que ocuparam a sede da Funarte (Fundação Nacional de Arte), órgão do Ministério da Cultura (MinC), no centro de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (25), decidiram, em assembleia, passar a noite no local. Os trabalhadores protestam contra a política cultural do governo federal, exigem a votação das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) 236 e 150 que tramitam no Congresso e defendem o descontingenciamento do orçamento da pasta.

Segundo Luciano Carvalho, integrante do coletivo teatral Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes, que atua na periferia da zona leste de São Paulo, cerca de 700 manifestantes participaram do protesto e 500 deles pretendem passar a noite na Funarte. “Vamos ficar aqui até amanhã, pelo menos, quando faremos uma nova assembleia. Até lá, vamos impedir a realização da programação que estava prevista. Esta é a primeira de uma série de ações que vamos fazer”, afirmou.

A PEC 236 prevê a inclusão da cultura como direito social, assim como a educação, a saúde, a moradia, o trabalho, entre outros. Já a PEC 150 determina que 2% do orçamento da União seja destinado à Cultura, conforme orientação da ONU (Organização das Nações Unidas) no documento “Agenda 21 da Cultura”.
O orçamento do MinC previsto para 2011 era de R$ 2,2 bilhões (0,2% do total), mas com os cortes do governo federal caiu para R$ 800 milhões (0,06%). “Os cortes congelaram uma série de editais lançados no início do ano e paralisou o trabalho do ministério. É como se o salário dos que trabalham com arte tivesse sido cortado”, disse Carvalho.

Lei Rouanet

A categoria critica a Lei Rouanet, que prevê isenções fiscais a empresas que investirem em cultura --mecanismo semelhante ao utilizado pela Prefeitura de São Paulo para deixar de recolher R$ 420 milhões em impostos do Corinthians na construção do Itaquerão para a Copa do Mundo. Segundo a categoria, a lei privatiza o financiamento da cultura, ao permitir que as empresas, e não o Estado, decida o destino do dinheiro público da isenção fiscal.

"É esse discurso que confunde política para agricultura com dinheiro para o agronegócio; educação pública com  transferência de recursos públicos para faculdades privadas; incentivo à cultura com Imposto de Renda doado para o marketing, servindo a propaganda de grandes corporações. Por meio da renúncia fiscal --em leis como a Lei Rouanet-- os governos transferiram a administração de dinheiro público destinado à produção cultural para as mãos das empresas", afirma categoria em manifesto que circulou na web.

Como contrapartida à Lei Rouanet, os trabalhadores da arte defendem a aprovação, no Congresso, do Prêmio de Teatro Brasileiro, uma lei que prevê a criação de editais para financiamento público de projetos artísticos, nos moldes da lei municipal de Fomento ao Teatro, aprovada em 2002 na capital paulista. “São editais com regras claras, transparentes, com seleção e distribuição dos recursos públicos de forma democrática”, diz Luciano Carvalho.

O ato começou na avenida São João, que fica embaixo do elevado Costa e Silva, em frente a um casarão abandonado conhecido como "Castelinho". De lá, os manifestantes seguiram até a Funarte, que fica na alameda Nothmann. Segundo os grupos que integram a mobilização, o protesto foi organizado após uma série de plenárias. A convocação foi feita via redes sociais da web, como o Twitter, onde os apoiadores propagandearam o evento com a hashtag #CulturaJa.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o MinC afirmou que está aberto ao diálogo com a categoria e disse que está esperando que os manifestantes enviem à pasta a lista de reivindicações para se posicionar. De acordo com Luciano Carvalho, as reivindicações da categoria estão no manifesto divulgado na internet.



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Morreu Lucian Freud, o intérprete da carne humana




Neto de Sigmund Freud, foi considerado o maior pintor vivo no século XX. Os seus nus criaram polémica e alguns ódios de estimação. Era um realista que apenas pintava o que via e só fazia retratos de quem significava alguma coisa para ele. Lucian Freud morreu na quarta-feira aos 88 anos, na sua casa em Londres, mas deixou uma longa herança artística espalhada pelo mundo. 



sábado, 23 de julho de 2011

O intocável e fora da esfera da lei Ricardo Teixeira



Globo faz perguntas ao MST, mas respostas não agradam e ficam fora da matéria



O jornal O Globo publicou uma reportagem no domingo para questionar por que os brasileiros não saem às ruas para protestar contra a corrupção.

Para fazer a matéria, os repórteres Jaqueline Falcão e Marcus Vinicius Gomes entrevistaram os organizadores das manifestações de defesa dos direitos dos homossexuais e da legalização da maconha. E a Coordenação Nacional do MST.

A repórter Jaqueline Falcão enviou as perguntas por correio eletrônico, que foram respondidas pela integrante da coordenação do MST, Marina dos Santos, e enviadas na quinta-feira em torno das 18h, dentro do prazo.

A repórter até então interessada não entrou mais em contato. A reportagem saiu só no domingo. E as respostas não foram aproveitadas. Por que será?

Abaixo, leia as respostas da integrante da Coordenação Nacional do MST, Marina dos Santos, que não saíram em O Globo.

Por que o Brasil não sai às ruas contra a corrupção?

Arrisco uma tentativa de responder essa pergunta ampliando e diversificando o questionamento: por que o Brasil não sai às ruas para as questões políticas que definem os rumos do nosso país? O povo não saiu às ruas para protestar contra as privatizações – privataria – e a corrupção existente no governo FHC. Os casos foram numerosos - tanto é que substituiu-se o Procurador Geral da Republica pela figura do “Engavetador Geral da República”.

Não saiu às ruas quando o governo Lula liberou o plantio de sementes transgênicas, criou facilidades para o comércio de agrotóxicos e deu continuidade a uma política econômica que assegura lucros milionários ao sistema financeiro.

Os que querem que o povo vá as ruas para protestar contra o atual governo federal – ignorando a corrupção que viceja nos ninhos do tucanato - também querem ver o povo nas ruas, praças e campo fazendo política? Estão dispostos a chamar o povo para ir às ruas para exigir Reforma Agrária e Urbana, democratização dos meios de comunicação e a estatização do sistema financeiro?

O povo não é bobo. Não irá às ruas para atender ao chamado de alguns setores das elites porque sabe que a corrupção está entranhada na burguesia brasileira. Basta pedir a apuração e punição dos corruptores do setor privado junto ao estatal para que as vozes que se dizem combater a corrupção diminua, sensivelmente, em quantidade e intensidade.

Por que não vemos indignação contra a corrupção?

Há indignação sim. Mas essa indignação está, praticamente restrita à esfera individual, pessoal, de cada brasileiro. O poderio dos aparatos ideológicos do sistema e as políticas governamentais de cooptação, perseguição e repressão aos movimentos sociais, intensificadas nos governos neoliberais, fragilizaram os setores organizados da sociedade que tinham a capacidade de aglutinar a canalizar para as mobilizações populares as insatisfações que residem na esfera individual.

Esse cenário mudará. E povo voltará a fazer política nas ruas e, inclusive, para combater todas as práticas de corrupção, seja de que governo for. Quando isso ocorrer, alguns que querem ver o povo nas ruas agora assustados usarão seus azedos blogs para exigir que o povo seja tirado das ruas.

As multidões vão às ruas pela marcha da maconha, MST, Parada Gay...e por que não contra a corrupção?

Porque é preciso ter credibilidade junto ao povo para se fazer um chamamento popular. Ter o monopólio da mídia não é suficiente para determinar a vontade e ação do povo. Se fosse assim, os tucanos não perderiam uma eleição, o presidente Hugo Chávez não conseguiria mobilizar a multidão dos pobres em seu país e o governo Lula não terminaria seus dois mandatos com índices superiores a 80% de aprovação popular.

Os conluios de grupos partidários-políticos com a mídia, marcantes na legislação passada de estados importantes - como o de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul - mostraram-se eficazes para sufocar as denúncias de corrupção naqueles governos. Mas foram ineficazes na tentativa de que o povo não tomasse conhecimento da existência da corrupção. Logo, a credibilidade de ambos, mídia e políticos, ficou abalada.

A sensação é de impunidade?

Sim, há uma sensação de impunidade. Alguns bancos já foram condenados devolver milhões de reais porque cobraram ilegalmente taxas dos seus usuários. Isso não é uma espécie de roubo? Além da devolução do dinheiro, os responsáveis não deveriam responder criminalmente? Já pensou se a moda pegar: o assaltante é preso já na saída do banco, e tudo resolve coma devolução do dinheiro roubado...

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em recente entrevista à Revista Piauí, disse abertamente: “em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.(...) Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.”

Nada sintetiza melhor o sentimento de impunidade que sentem as elites brasileiras. Não temem e sentem um profundo desrespeito pelas instituições públicas. Teme apenas o poder de outro grupo privado com o qual mantêm estreitos vínculos, necessários para manter o controle sobre o futebol brasileiro.

São fatos como estes, dos bancos e do presidente da CBF – por coincidência, um dos bancos condenados a devolver o dinheiro dos usuários também financia a CBF - que acabam naturalizando a impunidade junto a população.

Fonte: MST.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Segunda-feira, 25 de julho, Chegou a hora de perder a paciência!



Collection Petites Planètes • volume 8 • STAR CREEK - Vincent Moon


Chico Buarque fará pocket show online nesta quarta-feira, às 15h

FONTE:http://www.omelete.com.br/musica/chico-buarque-fara-pocket-show-online-nesta-quarta-feira-15h/


Watch live streaming video from chicobastidores at livestream.com



Chico Buarque está mesmo investindo na divulgação online para seu novo disco. Nesta quarta-feira, 20 de julho, às 15h, o músico fará um pocket show que será apresentado por live streaming na Internet, pelo site Chico Bastidores.

Entre as músicas que serão apresentadas no show está "Sinhá", segunda parceria de Buarque com João Bosco, que faz parte do disco de inéditas Chico.

A apresentação marca o fim da campanha de divulgação do disco pelo site Chico Bastidores, em que aqueles que comprassem o álbum em pré-venda tiveram acesso a conteúdo exclusivo, como vídeos da gravação, documentários, galeria de fotos, além do privilégio de ouvir as músicas novas em primeira mão.

O novo álbum, primeiro em cinco anos, chega às lojas nesta quarta-feira, pelo selo Biscoito Fino.

Slavoj Žižek fala sobre cinema

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Milton Nascimento é o convidado do Sangue Latino de hoje...

Milton Nascimento é o convidado do Sangue Latino de hoje (18/07). Ele fala da dificuldade em lidar com a morte de Elis Regina. Às 20h40 na TV Cultura!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A Multidão Domesticada

Hey, São Paulo,

Terra de arranha-céu,
A garoa rasga a carne,
É a torre de babel...

(Racionais)


Nada mais vago atualmente do que a expressão cultura de massa, nas ocasiões em que normalmente a empregamos. Na verdade, a falta de clareza não distingue mais falantes de ouvintes, todos perdidos no pântano do relativismo pós-moderno – ou pós-catástrofe (Kurz), conforme veremos. No final das contas, abusando da comparação, pode-se dizer que a incoerência se tornou tão natural e universal quanto a sua matriz histórica: o reino da mercadoria. No entanto, as palavras, a despeito de sua prostituição semântica, ainda guardam um sentido preciso, e histórico, que vale a pena rastrear.

O termo cultura de massa sinaliza o período em que a chamada atividade do espírito, ounecessidades espirituais, deparou-se, numa esquina da história (1), com o mercado, caindo assim, definitivamente, nas garras do capital. Na verdade, o contrário é mais plausível: o mercado esbarrou na cultura, e, sem dúvida, foi amor à primeira vista! Desse modo, a cultura, como toda mercadoria, não escapa de seu avesso inextrincável: o valor-de-troca. Aqui, normalmente, comete-se um equívoco. O traço distintivo mais importante da mercadoria, aparentemente, é o fato de destinar-se a um imenso mercado consumidor: os “expectadores”, a “massa”. Público indiferenciado, homogeneizado à força por uma colonização ideológica e desenfreada da vida subjetiva. Tal público existe, sim, e é imprescindível semelhante processo de reificação. Mas, também aqui, o fato mais importante é a alienação básica do âmbito produtivo.

Alguém poderia dizer: “É claro, como expectadores (de) formados, o povo deixa de ser produtor independente...”. Antes de qualquer coisa, é preciso saber que o “povo” nunca foi, a não ser de maneira relativa, um produtor autônomo de bens culturais (2). O fato é que a alienação do momento produtivo é o traço mais importante por uma razão muito simples: embora a “cultura” seja consumida em massa, invadindo, através da ideologia, os menores compartimentos inconscientes da cabeça das pessoas (moldando inclusive a personalidade e ocaráter de muitos), por trás disso há especialistas, monopólio de conhecimento, controle de grandes meios de comunicação (que são meios de produção), e aquilo que talvez constitua o fato mais importante: produtores que seguem à risca as demandas do mercado.

Como se vê, a expressão “cultura de massa” não encerra facilmente o sentido total da coisa,sobretudo pelo que sugere a palavra “massa”. Há um pressuposto histórico que precisa ser desenvolvido, para evitarmos contrabandos de toda espécie – como, por exemplo, dizer que a cultura de massa é popular, pois a mídia... “Dá o que o povo pede”, segundo as palavras do “culto” (e cretino) Pedro Bial. Aliás, este último é exemplo daqueles que dirigem e controlam o processo produtivo. O estrago perpetrado por sujeitinhos desta espécie, atingindo milhões de pessoas, como diria o provérbio, “não está no gibi!”.

O exemplo “produtivo” do cinema:

O cinema, hoje, constitui um dos maiores representantes da arte enquanto mantenedora dostatus quo de uma sociedade à deriva. (Como diz Eduardo Galeano: há mais naufrágios que tripulantes nesta barca). Muitas vezes, entretanto, o cinema é analisado como uma máquina de imagens, cujo fim se resume nisso, desprivilegiando o enfoque sobre a formação desta própria “máquina” enquanto meio de produção: seu surgimento e necessidade histórica.

Em sua própria formação o cinema já era baseado na divisão de funções, grau de importância e hierarquia, deixando claro o lugar dos patrões e de seus subalternos. As massas de expectadores narcotizados, e não o filme em si mesmo, é o verdadeiro “produto final” deste processo. Claro, não se trata, necessariamente, de impor como regra a direção coletiva de um filme – o que, entretanto, não deve ser descartado enquanto alternativa de produção. Mas deveríamos indagar se a ausência de uma direção coletiva, ou melhor de um novo direcionamento de produção para além da lógica comum, não seria uma das principais condições - hierarquia e profunda divisão do trabalho - para que o cinema exista como um dos principais meios de transferência de alienação, e, conseqüentemente, base da “cultura de massas”.

Diretor no topo, e produtor por cima: filmes apoiados com dinheiro público, não por renúncia fiscal, mas “leis de incentivo”. E, em outro caso, o produtor executivo(que pode ser o próprio diretor) ou apenas o patrocinador do filme: como no caso da lei rouanet, onde o dinheiro público é desviado para o setor privado, e o “artista” fica a mercê da empresa “patrocinadora”, embora, obviamente, seja refém também de sua própria incapacidade e imobilidade enquanto trabalhador. Exemplo disso é a torpeza da globo filmes: as bostas criadas por Wolf Maya, a “marca” Jô Soares, o “símbolo” Maria Bethânea, etc. Com toda a divisão do trabalho voltada para a produção de mercadorias (principalmente seu valor de troca), cria-se um ambiente em que a palavra "criação" só pode ser a expressão de um cinismo detestável ou uma triste ingenuidade.

Um cineasta conhecido conta um caso interessante: toda sua equipe é contratada. Não há um processo de conhecimento, pois ele mesmo já não acredita na possibilidade de reunir uma equipe que vise o trabalho, - não mais como meio, mas como fim em si e para si. Num dia de filmagem, em que se preparava para fazer uma bonita cena de futebol de várzea, o pessoal da técnica, antes mesmo de reunir os atores para a partida, começaram a desligar todos os fresneis, e guardar os equipamentos, pois... as horas de trabalho já estavam por ser excedidas. Óbvio: tudo que falamos até agora se encaminha para uma crítica também da exploração do trabalho, inevitavelmente. Mas, ao mesmo tempo, trata-se de trabalhadores que se levantam contra o filme, contra o processo de criação e experimentação estética, e contra um suposto “patrão”, que, na temática do filme em questão, por exemplo, pretendia falar, subliminarmente, a "favor" dos próprios trabalhadores. 

Nesse sentido, não se opunham ao diretor por conta da hierarquia, ou por acharem que estavam sendo explorados – embora estivessem de fato -, mas simplesmente por alienação. É aí que toda a dignidade do trabalhador vai por água abaixo, tornando-se, particularmente na produção artística, uma ferramenta de extorsão, devido à deseducação ideológica e o analfabetismo político de tais trabalhadores, no universo da mercadoria.

O exemplo mostra como a divisão do trabalho - sem a desculpa do processo criativo, quando, por exemplo, um ator não sabe o roteiro por intenção estética do próprio diretor - se estende à equipe cinematográfica, afunilando-se tanto, que não é incomum, num set de filmagem, a existência de técnicos que não sabem sequer o tema do filme que é produzido.

Uma questão de classe:

Mundo real, ou realities shows domésticos da burguesia cinematográfica?

Tamanha estrutura torna-se possível, também, porque as novas produtoras, mais ativas, são formadas pelas classes mais abastadas da sociedade. A maior parte – no Brasil e mais especificamente em São Paulo – são oriundas de duas das mais “expressivas” (do ponto de vista da mercadoria, claro!) escolas de cinema de São Paulo. Fato significativo é o valor pago por cada aluno nestas instituições: valores acima de mil reais. É um sonho tornarem-se objetos de fetiche, tais como aqueles que admiram. Mercadorias humanas. Mescla-se o modo de produção cinematográfico hollywoodiano, e o trejeito anárquico do cinema francês. Porém, ambas as influências se anulam, compondo um quadro bizzarro, movimento estranho, quase esquizofrênico.

A estrutura de exploração e dominação de classe de suas próprias famílias se transfere para o cinema, assaltando e monopolizando os meios de produção, para efetivar suas perversidades patronais sobre aqueles que julgam inferiores, mas, em todo caso, “importantes para o filme”. O maior sonho de uma produtora, advinda de uma destas grandes escolas, é ter uma equipe - não para o filme, mas para que possam, efetivamente, exercer comando, dominar como patrões. Reproduzem-se relações de classe bem datadas historicamente, mas disfarçadas por trás de um verniz modernizante. Tornam-se inalcançáveis, gritam, sobrepujam massas e massas de trabalhadores, e saem ilesos... Saltando para fora de seu círculo familiar habitual – onde a figura paterna é quem manda - e do marasmo autoritário do universo doméstico em que subjugam desde o jardineiro, passando pela empregada doméstica nordestina, até o tio pobre a quem dão “assistência”. Rédea solta, como se vê, para o tráfico de influências e relações de favor.

A produção atual – e nos é permitido generalizar, já que as exceções provam a regra -, sobretudo no Brasil, transfere as estruturas de dominação de classe e alienação das massas para o próprio processo fílmico, que, por sua vez, retorna para o público numa espécie de ciclo espiritual incontornável, depositando, mais uma e infinitas vezes, toda esta mórbida aridez no inconsciente das “massas”.
O Estado corrobora a situação com seus editais, direcionados para as panelas cinematográficas – isto é: às classes mais abastadas, aos estudantes de cinema de Higienópolis, atores consagrados, filhos de banqueiros, etc. -, cinco iluminados de Pernambuco, outros seis ou sete de São Paulo, alguns do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, e fim de papo! Todos, com algum bom dinheiro público em mãos produzem aquilo que Jabor, acertando no alvo, caracterizou como:

“... essa merda que está contaminando o cinema brasileiro e dividindo-o em blockbusters filhos da última safra americana e em filmes que jamais serão vistos, com cineastas se enganando em pequenos festivais, na ilusão digital de que serão vistos para sempre na web - a nova forma de viver numa sociedade sem carne nem osso. Na maioria dos filmes americanos de hoje, os produtores nem se preocupam mais com o babaca do diretor e não deixam sobrar nem um leve resquício de arte invadir seus diagramas para faturar. O negócio é que minha geração sonhava com respostas para o mundo e não pode se contentar com mixarias, pequenos tweets, piadinhas inúteis e filminhos sem talento, só porque estão na rede e são os arautos de um novo tempo de irrelevâncias.”  (3)


O que devemos esperar? Um novo Glauber Rocha, circulando nestas classes? É este o quadro da atual produção cultural.
                    
Perdeu-se de vista o sentido – sempre frágil - da cultura brasileira. Todos enfiados e locupletados no mito da globalização. Imagens que acabaram, se desgastaram, mas perambulam mortas no interior da consciência das pessoas, e, por extensão, na tela de seus visores mágicos. Artistas que não passam de vermes dominantes, pseduo-sensiveis-pós-modernos, que querem ser iguais aos seus próprios objetos de fetiche. A prostituição não precisa ser carnal. Trata-se, antes, do espírito e da saúde mental das pessoas.

Efeitos Catastróficos:

Devemos reconhecer, agora, os efeitos concretos ou empíricos, deste estado de coisas num nível mais geral. É praticamente impossível que os indivíduos atinjam um grau de passividade maior que o atual, enquanto células idiotizadas do processo produtivo, a não ser que perdessem até mesmo a existência física. De fato, para muitos a existência física tornou-se uma fonte incalculável de sofrimentos. Além disso, poderíamos catalogar, principalmente no Brasil, a variedade de modos diferentes de paralisia, pelos quais as pessoas literalmente vegetam. Isso ocorre, por exemplo, naquilo que poderíamos chamar o “ventre ideológico” da sociedade atual: a internet. Gestante de ideologias altamente suspeitas.

Claro que o processo de anomia pode intensificar-se a ponto de romper o tecido social, diluindo os vínculos mais elementares de sociabilidade, como sugere a epígrafe do texto, ao referir-se a São Paulo como uma Torre de Babel. Na história bíblica, sabe-se que esta é atorre do desentendimento, a ausência total de comunicação devido à quantidade infinita de línguas faladas por seus habitantes. Cada indivíduo, um país!

A grande questão, conforme nos ensinou Debord, é que os despojos ideológicos não permitem mais identificar a fronteira entre o mundo real e as ficções dos realities shows, das telenovelas, ou, por que não, para não perder a oportunidade, as ficções da própria academia. Podemos ainda mobilizar outros aspectos e conhecimentos da atualidade, como, por exemplo, o urbanismo.

Os grandes centros urbanos dão mostras diárias do nível de vida das “massas”, desde as menores relações interpessoais, passando pelo acúmulo catártico de automóveis, até a especulação imobiliária cega, em que a construção de imensas favelas determina-se pelos caprichos e flutuações do mercado. Tamanha catástrofe não poderia prolongar-se sem o controle exercido pela propaganda e pelos grandes meios de comunicação. A imagem de macro-favelas exibidas diariamente nos telejornais não se diferencia em nada dos casos amorosos da protagonista da novela das oito. É preciso prevenir novamente: os agentes que atuam na perpetuação cega deste modo de produção não são fantasmas, existem, e foram parcialmente identificados.  

De fato, não é muito sensato supor que a situação atual por si só fará com que as pessoas reajam. Dos textos do alemão Robert Kurz pode-se retirar um consolo paradoxal nesse sentido. Mas, como não há consolo onde existem “paradoxos” (isto é: contradições que desencadeiam processos de crise), e como, por outro lado, consolo é sinônimo de enfraquecimento de consciência nos tempos que correm – e isto nós não queremos -, cabe lembrar, aqui, o desconsolo de Kurz. Segundo o alemão, o capitalismo dá os seus últimos suspiros; seu fim estaria mais próximo do que se imagina. Ora, como isso é possível no auge de sua auto-promoção? Ou, por outras palavras: se nada aconteceu, como pode findar-se? Justamente... mas, que o leitor tire suas próprias conclusões.


Notas:

1 – Termo sugerido pelo título do livro de Valério Arcary, “As Esquinas Perigosas da História”, em que o autor enfatiza, em linhas gerais, a variação de ritmo dos processos históricos, sob a força propulsora e irreprimível da luta de classes.

2 – “No capitalismo não existe classe que, por sua posição produtiva, esteja voltada para a criação da cultura. (...) Da mesma maneira que a independência dos homens das preocupações de sustento imediato e a livre utilização de suas próprias forças como fim em si são as condições sociais preliminares à cultura, assim, tudo o que a cultura produz pode ter valor cultural autêntico só quando tem valor para si. No momento em que assume o caráter de mercadoria e entra no sistema de relações que o transforma em mercadoria, cessa sua autonomia, e a possibilidade da cultura”. (Georg Lukács, “Nova e Velha Cultura”).

3 – “Queremos ser modernos ou eternos?”, Arnaldo Jabor, O Estado de São Paulo, 12 de Julho de 2011.



quinta-feira, 14 de julho de 2011

II Festival de Vídeo nas Escolas

Estão abertas as inscrições para o 2º Festival de Vídeo nas escolas.

As inscrições podem ser realizadas de 15 de junho a  29 de agosto de 2011, pelo site KinoOikos www.kinooikos.com . Todos os inscritos deverão estar vinculados a uma instituição de ensino básico (Fundamental, Médio, Educação de Jovens e Adultos ou Técnico) público ou privado. Todo o processo de inscrição é online, inclusive o envio do vídeo que deverá ser realizado por upload no site KinoOikos. Todas inscrições devem ser  realizadas por um professor ou um gestor da escola, criando um login e senha no site, pois estamos mapeando os projetos de educomunicação desenvolvidos nas escolas.

O evento será realizado no Cine Olido, centro de São Paulo, nos dias 14, 15 e 16 de outubro




quarta-feira, 13 de julho de 2011

TRABALHADORES DA CULTURA, É HORA DE PERDER A PACIÊNCIA!


O Movimento de trabalhadores da cultura quer tornar pública sua indignação e recusa ao tratamento que vem sendo dado à cultura deste país, aprofundando e reafirmando as posições defendidas desde 1999, no Movimento Arte Contra Bárbarie. A arte é um elemento insubstituível para um país por registrar, difundir e refletir o imaginário de seu povo. Cultura é prioridade de Estado, por fundamentar o exercício crítico do ser humano na construção de uma sociedade mais justa. 

A produção artística vive uma situação de estrangulamento que é resultado da mercantilização imposta à cultura e à sociedade brasileiras. O estado prioriza o capital e os governos municipais, estaduais e federal teimam em privatizar a cultura, a saúde e a educação. É esse discurso que confunde uma política para a agricultura com dinheiro para o agronegócio; educação com transferência de recursos públicos para faculdades privadas; incentivo à cultura com Imposto de Renda usado para o marketing, servindo a propaganda de grandes corporações. Por meio da renúncia fiscal – em leis como a Lei Rouanet - os governos transferem a administração de dinheiro público destinado à produção cultural, para as mãos das empresas. Dinheiro público utilizado para interesses privados. Esta política não amplia o acesso aos bens culturais e principalmente não garante a produção continuada de projetos culturais. 

Em 2011 a cultura sofreu mais um ataque: um corte de 2/3 de sua verba anual (de 0,2% foi para 0,06% do orçamento geral da União) em um momento de prosperidade da economia brasileira. Esta regressão implicou na suspensão de todos os editais federais de incentivo à Cultura no país, num processo claro de destruição das poucas conquistas da categoria. Enquanto isso, a renúncia fiscal da Lei Rouanet, não sofreu qualquer alteração apesar de inúmeras críticas de toda a sociedade. 

Trabalhadores da Cultura, é HORA DE PERDER A PACIÊNCIA: Exigimos dinheiro público para arte pública! Arte pública é aquela financiada por dinheiro público, oferecida gratuitamente, acessível a amplas camadas da população – arte feita para o povo. Arte pública é aquela que oferece condições para que qualquer cidadão possa escolhê-la como seu ofício e, escolhendo-a, possa viver dela – arte feita pelo povo.

Por uma arte pública tanto nós, trabalhadores da cultura, como toda a população tem seu direito ao acesso irrestrito aos bens culturais, exigimos programas – e não um programa único – estabelecidos em leis com orçamentos próprios, que estruturem uma política cultural contínua e independente – como é o caso do Prêmio Teatro Brasileiro, um modelo de lei proposto pela categoria após mais de 10 anos de discussões.

Por uma arte pública exigimos Fundos de Cultura, também estabelecidos em lei, com regras e orçamentos próprios a serem obedecidos pelos governos e executados por meio de editais públicos, reelaborados constantemente com a participação da sociedade e não apenas nos gabinetes.

Por uma arte pública, exigimos a imediata votação da PEC 236, que prevê a cultura como direito social, e também imediata votação da PEC 150, que garante que 2% do orçamento da União seja destinado à Cultura, nos padrões propostos pela ONU, para que assim tenhamos recursos que possibilitem o tratamento merecido à cultura brasileira.

Por uma arte pública, exigimos a imediata publicação dos editais de incentivo cultural que foram suspensos e o descontingenciamento imediato da já pequena verba destinada à Cultura.

Por uma arte pública, exigimos o fim da política de privatizações e sucateamentos dos equipamentos culturais, o fim das leis de renúncia fiscal, o fim da burocratização dos espaços públicos e das contínuas repressões e proibições que os trabalhadores da cultura têm diariamente sofrido em sua luta pela sobrevivência.

Por uma arte pública queremos ter representatividade dentro das comissões dos editais, ter representatividade nas decisões e deliberações sobre a cultura, que estão nas mãos dos interesses do mercado.

Por uma arte pública, hoje nos dirigimos à Senhora Presidente da República, aos Senhores Ministros da Fazenda e às Senhoras Ministras do Planejamento e Casa Civil, já que o Ministério da Cultura, devido seu baixo orçamento encontra-se moribundo e impotente.

Exigimos a criação de uma política pública e não mercantil de cultura, uma política de Estado, que não pode se restringir às ações e oscilações dos governos de plantão. O Movimento de Trabalhadores da Cultura chama toda a população a se unir a nós nesta luta.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Queremos ser modernos ou eternos?


Mais uma em cheio, do nosso querido bipolar Arnaldo Jabor.


Ando com fome de "universais". A frase é ridícula, mas ando mesmo. Não estou aguentando mais a celebração dos fragmentos, das irrelevâncias como portas da percepção para novas visões de mundo. Quero "sínteses", sim, caminhos mais claros a seguir sobre o Brasil como nos bons e velhos tempos. Ouço neste momento jovens filhos da web, os hackers da arte rindo de mim. Danem-se, tuiteiros... Por isso, lembro a frase de Drummond: "Cansei de ser moderno, quero ser eterno...". ("frase manjada", dirão meus inimigos...); tudo bem, mas eu quero o manjado, o óbvio, eu quero a volta do tempo em que alguma "síntese", mesmo ilusória, nos era oferecida. No cinema então, não aguento mais ver a gostosa adesão de tantos filmes brasileiros a fórmulas cada vez mais escrotas do cinema americano atual, feito de 3D, porrada, vampiros, comediazinhas românticas de bosta, tudo sempre com orquestras tocando plágios de Stravinski e outros (quem diria, hein? Beethoven só serve hoje para musicar os Transformers).

Falo isso porque, ontem, eu revi uma obra-prima: Written in the Wind (Palavras ao Vento) do Douglas Sirk, um filme de 1955 com Rock Hudson, Lauren Bacall e Dorothy Malone. Genial. E aí, dá para ver como os filmes "comerciais" antigos eram muito melhores que essas bostas de hoje, pelas quais o público pós-utópico baba... Palavras ao Vento foi feito com o exclusivo desejo de faturar uma grana, como Cantando na Chuva ou Sunset Boulevard e tantas obras geniais.

Hoje é essa merda que está contaminando o cinema brasileiro e dividindo-o em blockbusters filhos da última safra americana e em filmes que jamais serão vistos, com cineastas se enganando em pequenos festivais, na ilusão digital de que serão vistos para sempre na web - a nova forma de viver numa sociedade sem carne nem osso. Na maioria dos filmes americanos de hoje, os produtores nem se preocupam mais com o babaca do diretor e não deixam sobrar nem um leve resquício de arte invadir seus diagramas para faturar. O negócio é que minha geração sonhava com respostas para o mundo e não pode se contentar com mixarias, pequenos tweets, piadinhas inúteis e filminhos sem talento, só porque estão na rede e são os arautos de um novo tempo de irrelevâncias.

Alguns intelectuais, com pânico de envelhecer, estão zelosamente garimpando besteiras e "faits divers" da cultura internacional pop, na esperança secreta de que elas encerrem uma "grande narrativa", uma revelação ainda oculta, ainda se formando de fragmentos. Talvez, talvez.... mas tenho saudades, sim, da esperança de sentido.

Por isso, me lembrei do Cinema Novo e de Glauber Rocha, que hoje não é sequer entendido por "descoladinhos" que acham a ignorância uma nova forma de ver o mundo. Lembro-me da primeira vez que vi Deus e o Diabo na Terra do Sol, que fascinou até Buñuel e Visconti...

Às oito e meia da noite de 16 de marco de 1964, eu não sabia que minha vida ia mudar. Às nove horas, ia passar pela primeira vez o filme de Glauber. E estava ali no cinema Ópera, em Botafogo. A esquerda estava toda eufórica achando que o socialismo ia vencer; isso, a 15 dias de sua grande derrota, com o golpe de 64. Todos nos achávamos o "sal da terra" que venceria em breve nossa revolução imaginaria. Claro que fomos esbofeteados pela verdade de uma sociedade reacionária que virou nosso sonho em pesadelo por 21 anos.

No entanto, houve sim uma revolução vencida ali, no cinema. Na época, as manifestações culturais importantes mexiam em nossas vidas. A cultura mudava qualitativamente e não era apenas esse labirinto de informações inúteis de hoje. Deus e o Diabo ficou e deu filhos como o tropicalismo, por exemplo, e dezenas de obras nossas no cinema.

Aí, o filme começou. Um plano aéreo muito alto do sertão de Cocorobó, com musica de Villa-Lobos. Corte súbito para um superclose do olho morto de boi, roído de sol. Nossos olhos eram feridos por imagens absolutamente novas. Não era apenas um bom filme que víamos; era um país que nascia à nossa frente. Era uma realidade já lida no Os Sertões, em Graciliano, em Rosa, mas que, no olho, era a primeira vez.

Nosso vocabulário visual foi aprofundado nessa época: a lama, a fome, a favela, os presépios de miséria, a estupidez da classe média.

A realidade nos via. Ela nos incluía, nós éramos descobertos por este mundo de secura e violência que aparecia na tela. A partir daquela noite, nós éramos personagens também de um Brasil que não estava "fora" de nós. Assim como em Os Sertões, os miseráveis eram colocados pela primeira vez como sujeitos em nossa história, em Deus e o Diabo o herói era um pobre miserável e o matador não era um óbvio vilão. Bons e maus andavam num deserto metafísico, shakespeariano, em plena caatinga. Quem partira para fazer filmes neorrealistas foi atingido pelo raio de um cinema épico. As personagens se contorciam numa danação de heróis e vítimas em uma complexidade que não conhecíamos ainda. Nem sabíamos que essa ignorância seria a causa principal de nosso fracasso de 1.º de abril de 64.

O Brasil, que analisávamos com linearidade óbvia duas horas antes, tinha virado um vórtice, um redemoinho com Deus e o Diabo misturados. Glauber fez a primeira crítica importante do pensamento fracassado da velha esquerda e por isso foi massacrado mais tarde, quando imaginou, desesperado, uma reviravolta progressista de alguns militares ligados a Golbery.

Depois, veio 1964, veio 68, veio a luta suicida. Três anos depois em Terra em Transe ele ataca a burrice dessas mesmas esquerdas. Passaram muitas ilusões, mas Deus e o Diabo não era ilusão. Aquela ficção era a realidade. Sérgio Augusto na época, lembro-me, disse que precisávamos de algo que trouxesse de volta a ideia de "grandeza". Hoje, precisamos disso mesmo: de "grandeza" e de um novo filme como Deus e o Diabo na Terra do Sol. Aluguem em vídeo e vejam o que deveria ser o futuro de nosso cinema. 


CLAVADISTA

O curta de animação abaixo é brasileiro e nos dá bons sinais do desenvolvimento pelo qual a animação brasileira tem passado. A utilização da aquarela deixa os quadros bonitos e originais, e o frame a frame dos movimentos está muito bem realizado. Segue também um making of da produção.



"Febre do Rato", novo filme de Claudio Assis

O diretor Claudio Assis lança seu novo filme "Febre do Rato", em Paulínia. Dia 13 de julho, 21h00, no Theatro Municipal de Paulínia.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

"A vida é sonho"

Sem dúvida, uma das canções mais impressionantes de Chico Buarque. Não tenho certeza da confiança da fonte, mas esta canção é, possivelmente, inspirada na peça " A vida é sonho", de Calderón de La Barca.

Merece um ensaio!

domingo, 10 de julho de 2011

Eduardo Galeano e a poesia no discurso

O vídeo diz por si só. Palavras animadoras em tempos de abatimento....

 

sábado, 9 de julho de 2011

Crônica De Um Niilista Qualquer


Qualquer semelhança com a realidade é apenas uma certa propensão a destruí-la

Não se podia chamar de corriqueiro, e talvez algum ecochato diria ser a resposta da natureza contra o homem. De qualquer forma, naquela noite, o frio me rachava os lábios, lacrimejava o olhos, nunca o havia sentido de tal forma em São Paulo.

Calças jeans, meias grossas, um par de tênis velho e apertado, cachecol em volta do pescoço, mas ele ainda me penetrava.

Andava pela paulista, em direção a Vila Madalena, ponto comum e destino inevitável de classe média, média alta, que oscila entre a vontade de mudar o mundo, e o conforto do apartamento de dois ou três quartos, e um de empregada. Entrementes, a noite não parecia encaminhar a mais bela poesia de Chico Buarque, mas o mais “sujo” conto de Loyola de Brandão.

Mas naquela noite, não saí. Voltei para as casa de meu pais, onde a região oscila de forma diferente, entre a felicidade de comprar um carro, uma TV de plasma em setenta vezes, de agregar um nordestino à  família a quem dará trabalho e assim fará parte do progresso e da erradicação da miséria; e o hino de todo escravinho feliz “eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela em que eu nasci, e poder me orgulhar, e ter a consciência que o pobre tem seu lugar.

A única coisa que queria naquela noite, aparentemente, era chegar em casa, comer algo – sem fome -, olhar algo na internet, ver um filme qualquer, ler um texto de dois mil anos atrás, e dormir mal, o que costumeiramente fazia, lamentando os males do mundo. Ainda olhei para o teto durante um bom tempo – escutei alguma coisa andar pelo assoalho, pode ser um rato? -. Meu corpo morto, e o pior de tudo, a sensação de ser um estorvo, um erro, torto, ou simplesmente um babaca entre a casa dos pais e estadias nas casas de amigos.

Naturalmente, isto me assustava. E como um bom aprendiz de junkie, me “entreguei à vida”, sob um dos mais odiosos clichês: “viver intensamente”. Só que “viver intensamente”, inevitavelmente, o torna escravo de sua própria liberdade, de sua própria solidão. Que estupidez! - Não que eu me arrependa, ou não, de qualquer forma isso seria mais um clichê, e daqui pro final, tentarei parar de soltá-los.

Quanto eu, não espalhei por aí? Quanto boca, não enfiei na minha – sem se importar de onde vinha-?

Quanta boceta, não lambi, enquanto mandava a sociedade - e seja lá que porra for chamada esse emaranhado de zumbis, montante de carne e ossos ambulante – para a casa do caralho?

Sei lá, eu queria mesmo era um apartamento, ou não. Tá tudo tão frágil, cuidadoso, ruidoso, tudo meio mais ou menos, não grita nem cala.

Houve um tempo, talvez quando também acreditava que ser humano significava alguma coisa - essa porra toda: andar, falar, pensar, amar, sofrer -, em que o choro de uma criança, assim como o sorriso, me impressionava, comovia. Hoje, quando penso na possibilidade de ter uma, tenho arrepios, me desconcerto dos pés à cabeça, saio do eixo, calo, é meu maior medo.

Neste tempo, as coisas parecem se apresentar de uma forma um pouco mais dura, crua. É a garantia de sua vida, em detrimento de outra, ainda que seja você. A mim, por exemplo, seria duro demais, ainda que conseguisse “manter as duas vidas”, saber que em algum lugar no mundo poderia haver uma parte de mim, sobre a qual não teria o mínimo controle.

Não sou muito adepto a ligações lógicas. Já que se calcular a intensidade que levei a vida durante um tempo, o resultado poder ser o meu maior medo.

Talvez seja este meu medo que, junto a uma boa dose de covardia, fizesse com que recorresse a tudo que fosse possível para que impedisse que meu medo viesse à tona. Escolhi a clandestinidade. Assim, se meu medo andasse por aí, ou estivesse por ascender às coisas terrenas, não me encontraria.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mostra de Teatro no TUSP


A arte produzida na periferia de São Paulo, abrange diversas linguagens (artes plásticas e visuais, dança, literatura, música, teatro) e se impõe como espelho da realidade contemporânea. No movimento, que se expande dia a dia, o teatro tem especial relevo tanto por sua natureza coletiva quanto pela sua capacidade estimuladora e aglutinadora de outras áreas expressivas. A mostra Militância Teatral na Periferia propõe justamente a inclusão do centro neste que é um dos mais corajosos movimentos teatrais paulistanos dos últimos tempos.

Com curadoria de Sebastião Milaré, a mostra traz sete grupos, provenientes de diversos bairros da periferia de São Paulo, que ocuparão o TUSP de 7 a 31 de julho. Além de apresentações de seus espetáculos, foram organizadas mesas e debates com os participantes, assim como a exibição de documentários sobre os grupos. Os eventos e espetáculos são gratuitos e acontecem de quarta a domingo. Confira a programação completa na imagem abaixo ou no site http://tusp.blogspot.com/2011/07/mostra-militancia-teatral-na-periferia.html


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Autônomos Futebol Clube

Oxelo Skateboards


O vídeo acima, realizado pelo Studio Ores (www.studio-ores.com) e Guilhem Machenaud (www.guilhemmachenaud.com), além de muito bem feito, traz a inserção do esporte como fator de integração social. A viagem dos três skatistas do Oxelo Skateboards, por cidades como Bangalore, Delhi, Jaipur e Agra, revelam algo sobre a sociedade indiana e o esporte que talvez não pudesse ser mostrado em uma reportagem por exemplo. Belas imagens. 

19/07 – Lançamento do Livro: NEGRAS TORMENTAS, Alexandre Samis



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Lançamento de "A Medida de Todas as Coisas"


A Editora RDG convida a todos para o lançamento do livro "A Medida de Todas as Coisas" no dia 09 de agosto de 2011, das 18h à meia-noite, no Botica do Quintana (Rua André Ampere, 215 - Brooklin Novo - São Paulo/SP).

A medida de todas as coisas é uma metáfora para a figura paterna, tema central dos 22 contos desta antologia que reúne 15 autores com formações e estilos diversos.

Cedo ou tarde somos pais, principalmente de nós mesmos.
Sempre somos filhos, crianças caminhando mundo adentro.

Autores:

Adriana Calabró Orabona
Angela Senra
Berimba de Jesus
Caroline Ramos
Danita Cotrim
Daniele Gomes Tavares
Faa Morena
Giovanna Vilela
Lidia Izecson
Marlon Muraro
Matheus Hruschka
Nina Ferraz
Patrícia Cardozo
Sandro Pereira Tangirino
Ziyad Abdel Hadi

Organizadora: Nina Ferraz