O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

terça-feira, 30 de julho de 2013

CARTA ABERTA DA ABD-SP AO MINISTÉRIO DA CULTURA E À SECRETARIA DO AUDIOVISUAL

CARTA ABERTA DA ABD-SP (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS DOCUMENTARISTAS – SEÇÃO SÃO PAULO) AO MINISTÉRIO DA CULTURA E À SECRETARIA DO AUDIOVISUAL SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA CINEMATECA BRASILEIRA


São Paulo, 25 de julho de 2013.

Carta aberta à Exmª Sra. Ministra da Cultura Marta Suplicy


Ao Exmº Sr. Secretário do Audiovisual Leopoldo Nunes

A memória audiovisual do país está em grande parte depositada na Cinemateca Brasileira, o maior arquivo de imagens em movimento da América Latina. Além da sua missão primordial de zelar pela preservação desse patrimônio, a instituição tem papel fundamental em todos os setores do audiovisual, da produção à difusão do cinema brasileiro. A Cinemateca foi fundada há 74 anos, e somente em 1984 foi transformada em órgão do governo federal. Na última década, a captação e gestão de recursos pela Sociedade dos Amigos da Cinemateca possibilitou o seu fortalecimento em diversos aspectos. Não era o modelo ideal, mas, independentemente dos prós e contras do arranjo institucional que viabilizou esse crescimento, progressos indiscutíveis aconteceram na Cinemateca nesse período.

Num primeiro momento, a exoneração do antigo diretor Carlos Magalhães poderia ser interpretada como um sinal do desejo do Ministério da Cultura de fortalecer e dar novos rumos à gestão da Cinemateca Brasileira. O que seguiu-se, porém, foi um verdadeiro desmonte da instituição, com a demissão de grande parte dos funcionários altamente capacitados e especializados. A transparência na gestão de recursos públicos é fundamental, mas a realização da auditoria das prestações de contas da Sociedade dos Amigos da Cinemateca pela Controladoria Geral da União não justifica a inação do governo federal diante desse desmonte. O abandono da Cinemateca tem potencial devastador para a cultura do país, e as consequências já estão sendo sentidas.

Atualmente, é quase impossível depositar ou retirar um negativo ou cópia de filme, assim como requisitar uma pesquisa no acervo, prática corrente na produção de documentários. Mostras tradicionais no calendário cultural não estão sendo produzidas, e apenas alguns dos projetos, aprovados antes do congelamento total dos recursos, ainda estão sendo realizados. Eventos cinematográficos perderam seu maior espaço de exibição e debate. Uma das duas salas de projeção está ociosa desde o início do ano. Projetos de difusão de alcance nacional como a Programadora Brasil e Cine Mais Cultura foram interrompidos. Até o final de 2013, se nenhuma providência for tomada, até mesmo as atividades de restauração estarão comprometidas, com graves consequências para nosso patrimônio audiovisual.

A Cinemateca já sofreu perdas irreparáveis, em episódios trágicos como o incêndio de 1957, que consumiu aproximadamente um terço dos filmes e a totalidade da documentação. Mais recentemente, mesmo contando com boa estrutura material e profissional, e sendo considerada um dos principais arquivos cinematográficos do mundo, a Cinemateca Brasileira não consegue trabalhar na escala e ritmo necessários para evitar a perda irremediável de filmes. A deterioração dos suportes físicos é rápida e inexorável. O modelo utilizado até 2012 permitia que grande parte das atividades de preservação se viabilizasse por meio de projetos incentivados que “salvavam” emergencialmente alguns títulos. Mostras e projetos de difusão importantes também foram realizados graças a esse modelo. Por um lado, ele propiciou um aumento notável nos recursos da Cinemateca, e uma melhora na realização de suas atividades, com contratação de pessoal e aquisição de equipamentos. Por outro lado, implicou na incerteza que agora ameaça sua existência, privada dos recursos que permitiam que funcionasse. Implicou também na injusta forma de contratação de funcionários fixos como pessoas jurídicas, portanto sem direitos trabalhistas, agora demitidos. Uma instituição de interesse público como a Cinemateca Brasileira não pode ser dependente de projetos pontuais, com todo o mérito que tenham. A participação do Secretário do Audiovisual em debate da Mostra de Cinema Ouro Preto, em junho passado, era ansiosamente aguardado. Esperava-se a apresentação de propostas do governo federal para solucionar a crise da Cinemateca Brasileira, e para a preservação audiovisual no Brasil de maneira geral, mas o encontro foi cancelado, e desde então nenhum caminho foi apontado.

Para tornar pública nossa apreensão com a gravidade da situação, demandamos ao Ministério da Cultura e à Secretaria do Audiovisual a proposição de um projeto consistente de longo prazo de reestruturação e fortalecimento da Cinemateca Brasileira, e um plano emergencial para a retomada imediata das suas atividades normais. Acreditamos que o Ministério da Cultura tem a responsabilidade histórica de conduzir esse processo, em amplo diálogo com a sociedade, e manifestamos nosso interesse em participar e contribuir da maneira que pudermos no reerguimento em bases mais sólidas da Cinemateca Brasileira.

Cordialmente,

Associação Brasileira de Documentaristas – Seção São Paulo

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Abaixo-assinado pela continuidade das atividades no espaço do Dolores

Para quem não sabe, o Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes configura-se como um grupo de trabalhadores que exerce, entre todos os percalços, o direito de expressar o mundo que lhe atravessa através da arte.

Como trabalhadores, eles se movimentam enquanto classe e assumem as consequências que esta posição política os coloca.

E agora estão com um abaixo-assinado pela continuidade e ampliação das atividades do CDC Vento Leste - Cidade Patriarca, onde realizam suas atividades desde sua formação, e que agora estão ameaçados de perder o espaço. Abaixo, o manifesto de petição por apoio nessa luta:

- Queremos que o mesmo permaneça como espaço cultural-desportivo, assim como tem funcionado há mais de dez anos. E pedimos sua ajuda nessa empreitada!

Nós, do Dolores e dos demais grupos que ocupam o espaço, somos contra as investidas para mudança de uso do local ou fracionamento de seu terreno - que já foi fracionado para a construção de um posto de saúde e de uma escola municipal.

O CDC Patriarca é o único equipamento cultural-desportivo público da região, sendo autogerido pelos grupos ocupantes, com a realização de assembleias públicas quinzenais. É um espaço de lazer e aprendizado para todas as idades e que está se tornando referência em São Paulo.

Ali acontecem peças de teatro gratuitas frequentemente, como foi o caso das quatro temporadas d'A Saga do Menino Diamante - Uma ópera periférica, com média de público de 300 pessoas vindas de toda a cidade e até de outras localidades. Além das peças, acontecem shows, aulas de capoeira, campeonatos de futebol e basquete, oficinas de teatro e música, palestras, reuniões de recuperação para dependentes químicos, aulas de dança de salão para a terceira idade, entre outras atividades.

Em breve teremos também as oficinas de Permacultura (com início para 03 de agosto, num sábado) e Serralheria, além da pista de caminhada, que já está em processo de construção.

No segundo semestre realizaremos o II Festival de Teatro Mutirão e inauguraremos um jardim de esculturas para a comunidade.

Os grupos que ocupam o espaço são:
- Grupo Esquadrão Arte Capoeira;
- Grupo Amigos Para Sempre de Dança de Salão;
- Grupo Teatral Parlendas;
- Coletivo Teatral Albertina;
- Coletivo Teatral Dolores Boca Aberta;
- Comunidade Boliviana; 
- Comunidade Paraguaia;
- Grupo de Recuperação para Dependentes Químicos;
- Banda Nhocuné Soul.

Para assinar, clique no link abaixo e acesse a página da Petição Pública, onde está hospedado nosso abaixo-assinado.


Assine e ajude a divulgar para o maior número de pessoas!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mesa Cinema e Luta de Classes

Mesa Cinema e Luta de Classes - Debate com Coletivos de Audiovisual

FESTIVAL LATINO AMERICANO DE CINEMA

DEBATEDORES:
Adirley Queiroz (integrante do CEICINE - Coletivo de Cinema em Ceilândia); 
Diogo Noventa (integrante da Companhia Estudo de Cena e Coletivo Tela Suja Filmes); 
Ana Chã (integrante da Brigada de Audiovisual da Via Campesina e do Coletivo de Cultura do MST). 

MEDIAÇÃO:
Thiago Mendonça (integrante da ABD-SP e do Coletivo Zagaia)

DATA: 12/07/2013 - sexta-feira
HORÁRIO: 19h30
LOCAL: Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo – Anexo dos Congressistas – Memorial da América Latina
ENDEREÇO: Avenida Auro S. De Moura Andrade, 664 – Portão 13 – Barra Funda (ao lado do metrô Barra Funda)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mostra no Engenho Teatral

Quem conhece o Engenho Teatral sabe: desde 2005 o mês de julho é reservado para uma mostra com espetáculos significativos, que já se tornou referência para o público, estudantes, pesquisadores, profissionais. Este ano, porém, ela quase foi cancelada por absoluta falta de recursos.

Aí veio a solidariedade. Vários coletivos teatrais se reuniram e avisaram: nós vamos fazer a mostra!

Engenho Mostra um Pouco Do Que Gosta VIII  vai acontecer, sim!

E será obra do apoio, carinho e solidariedade da Cia. Estável, Brava Cia., Trupe Lona Preta, Cia. Antropofágica, Cia. Estudo de Cena, Cia. do Feijão, Folias D’Arte e muitos outros parceiros.

PROGRAMAÇÃO
de 06 de julho a 04 de agosto de 2013
Sábados e Domingos às 19h
Grátis

A EXCEÇÃO E A REGRA (CIA ESTÁVEL)


A Exceção e a Regra, um dos textos mais montados do alemão Brecht, principal autor e formulador teatral do século 20, tem morte, julgamento e razões opostas. A disputa não se dá entre concorrentes mas entre o livre empreendedorismo exemplar e o trabalhador comum. Adivinha quem tem razão? Ou melhor, quem ganha num jogo de cartas marcadas? Quer dizer, qual é mesmo a regra? Qual é a exceção?

Dias 06 e 07 de julho, sábado e domingo, 19:00 horas
Grátis
1 hora de duração – Livre

EXPERIMENTOS CÊNICOS DA BRAVA COMPANHIA




Em duas peças curtas, a Brava Companhia, com seu humor particular, traça uma crítica aguda ao ideário neoliberal e presta uma homenagem ao autor Reinaldo Maia, que em vida militou por um teatro crítico, divertido e socialmente engajado.

QUADRATURA DO CÍRCULO
 Feita para a rua, a montagem mostra a pregação fraudulenta que cultiva a fé no dinheiro e no sucesso.

JÚLIO E ADERALDO – Um dia na vida de dois sobreviventes
Uma dupla de artistas de rua (Júlio, o cego, e Aderaldo, o guia) entra num bar e provoca uma seqüência de equívocos, pois o cego pensa estar num templo religioso.

Dias 13 e 14 de julho, sábado e domingo, 19:00 horas
Grátis
80 minutos de duração – Recomendado para maiores de 12 anos
Não se proíbe a entrada de crianças acompanhadas

O PERRENGUE DA LONA PRETA (TRUPE LONA PRETA)



Durante uma hora, os palhaços Rabiola e Chico Remela reconstroem, de forma divertida, os símbolos pretensamente eternos da ordem vigente. Nada melhor do que um palhaço para tratar de coisas “sagradas” como o “direito” à propriedade privada dos meios de produção e outros símbolos da cultura oficial.

Dias 20 e 21 de julho, sábado e domingo, 19:00 horas
Grátis
1 hora de duração – Recomendado para maiores de 12 anos
Não se proíbe a entrada de crianças acompanhadas


KABARÉ ANTROPOFÁGICO (CIA ANTROPOFÁGICA)



Um banquete cênico-musical com música, poesia e cenas do repertório acumulado pela companhia ao longo dos 10 anos de pesquisa e criação, degustando episódios da história do Brasil desde a colônia até acontecimentos contemporâneos. O carnaval aparente não esconde seu foco: desmonta a história e a visão oficial do país e aponta seu arsenal cênico contra os poderosos.

Dias 27 e 28 de julho, sábado e domingo, 19:00 horas
Grátis
1 hora de duração – Recomendado para maiores de 14 anos
Não se proíbe a entrada de crianças acompanhadas

A FARSA DA JUSTIÇA (CIA ESTUDO DE CENA)


O espetáculo narra o julgamento de um sobrevivente do massacre de Eldorado dos Carajás que se fingiu de morto para garantir a vida. Após o espetáculo, o ENGENHO encerra a mostra apresentando três cenas curtas do seu TEATRO DE BOLSO.

Dias 03 e 04 de agosto, sábado e domingo, 19:00 horas
Grátis
45 minutos de duração (+ 30 minutos com o Engenho)
Recomendado para maiores de 12 anos
Não se proíbe a entrada de crianças acompanhadas



retirado do site http://engenhoteatral.wordpress.com/

Engenho Teatral
Clube Escola Tatuapé – Estação Carrão do metrô
Rua Monte Serrat, 230 – fone: 2092-8865
Estacionamento gratuito no local
eteatral@gmail.com

COMO CHEGAR
O Engenho Teatral é um teatro móvel e no momento está montado na Radial Leste, dentro do Clube Escola Tatuapé (parque da Prefeitura que alguns moradores ainda conhecem como “Sampaio Moreira”).

PARA QUEM VAI DE METRÔ:
Pegue a linha Leste-Oeste e desça na estação Carrão. Passando as catracas, vire à esquerda, siga até o final da passarela que fica sobre a avenida e desça pela última escada à esquerda (você estará no terminal de ônibus, de onde se avista o Teatro à direita, um enorme iglu branco). Terminando a escada, siga em frente até a próxima esquina (Rua Monte Serrat) e vire à direita, contornando o muro do parque, até chegar no portão de entrada. Entre e vire de novo à direita, seguindo as placas de Teatro e Estacionamento.

PARA QUEM VAI DE CARRO
- Sentido Centro-bairro:
Pegue a Radial Leste. Passando o metrô (e Shopping) Tatuapé, mantenha a direita. Debaixo da passarela do metrô Carrão, entre à direita na bifurcação, passe bem ao lado do terminal de ônibus e vire na primeira à direita (Rua Monte Serrat), contornando o muro do parque até o portão, poucos metros à frente. Entre no parque e vire à direita no estacionamento, que fica à frente do teatro. Estacione, tranque o carro e leve as chaves com você. É tudo de graça.

- Sentido Bairro-centro:

Pegue a Radial Leste em direção ao centro. Depois da Av. Aricanduva, mantenha a esquerda. Assim que passar por baixo da passarela da estação Carrão do metrô, faça a conversão à esquerda no semáforo, pegando a Radial no sentido oposto, mas não pela pista principal e sim pela marginal que passa ao lado do terminal de ônibus. Vire na primeira à direita (Rua Monte Serrat), contornando o muro do parque até o portão, poucos metros à frente. Entre no parque e vire à direita no estacionamento, que fica à frente do teatro. Estacione, tranque o carro e leve as chaves com você. É tudo de graça.