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Talvez daqui alguns anos – ou já, agora – o mundo (é)será um grande depósito de dvds, hds externos, pendrives, todos contendo longas e curtas metragens. Pode ser, então
que nessa projeção do futuro cinematográfico, cada pessoa tenha seu(s) próprio(s) filme(s), em suas casas, sobre suas vidas
. Provavelmente serão filmes tecnicamente bem trabalhados, devido a evolução
de todo aparato para a execução e com a enorme quantidade de informações disponíveis hoje no meios de comunicação, sobretudo a internet.
A nós, amantes e trabalhadores dessa arte, restará, além do medo de um fim progressivo e doloroso, o cuidado de preservar aqueles que estarão para sempre como fontes de estudo histórico, político, filosófico ou apenas – mas de igual importância - servindo ao deleite artístico.
Para mim, “Dazed and Confused” é um desses casos. Um bando de adolescentes ao fim dos anos 70, tentando se manter em uma eterna “festa” com amigos, namoros, drogas, música e brigas. Um retrato de jovens que representam uma nação norte americana muito menos careta, conservadora e imperialista. O outro lado – o conservador, careta e imperialista -, por sua vez, é representado pelo treinador do time de futebol.
Garotas lindas em meio à competição entre elas mesmas e a perspectiva de uma vida como mães em uma classe média sem rumo. Garotos bonitos, jovens, jovens, jovens... A saída do “high school” para a “college” já não representa mais garotas, festas e drogas facilmente adquiridas, mas sim que estão crescendo e isso é, dolorosamente, incontrolável.