Num lugar, na terra do sol, onde já morou Deus e o Diabo, o nosso cinema é arma. Perguntem sobre uma arte nova e respondemos com a única palavra que interessa: RUPTURA. O que chamam de cinema é feito hoje pelos seres iluminados da burguesia . Esse mundinho não nos interessa, a não ser os seus equipamentos. Tomar os meios de produção está no nosso programa. A forma de atacar é através do ato criador, e não nos interessa modelos prontos para o mercado, onde o erro não é permitido.
A ARTE DE BIENAL NOS ENJOA
A criação é subversiva ao passo que a ordem geral pré-estabelecida capa o desenvolvimento do homem e de suas formas de narrar, o empobrecendo a cada dia. Homem-não-imaginação-morte. O sujeito que diz o contrário ESTÁ DIZENDO SIM À BARBÁRIE e não mastigou a miséria atual, mas a crise está aí ou acorda ou acorda. É preciso estar alerta. Se a câmera treme é necessidade do movimento, parada é recuo estratégico, mas ainda em movimento. Estar alerta–alerta. Perder a paciência. Trabalhar cansa. Lenin diz: ‘’O método dialético exige que os fenômenos se examinem não só do ponto de vista de suas relações mútuas e de seu mútuo condicionamento, mas também do ponto de vista de seu movimento, de suas transformações e de seu desenvolvimento, do ponto de vista do seu nascimento e da sua morte”. Ponto. O CAPITALISMO DEVE ACABAR. Falar em anti-cinema não é fetiiche, é compreender o nosso tempo. Estamos à margem. É esta a nossa condição.
CHAMAMOS TODOS CINEASTAS TUPINIQUINS (ou não)
É preciso levar o assunto adiante, é nos encontrar e debater. Filmar. Por uma arte contra a barbárie. Por um CINEMACABRADAPESTE. Furar os olhos e a cabeça de quem assiste, para arrancar questionamentos, instigar o pensamento, nem que seja a fórceps. ORGANIZAR-ORGANIZAR. A nossa bandeira é a mesma, uma vez que na LUTA DE CLASSES não há catarse que salve a arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário