Hoje, no final do espetáculo "Uma Ferida Absurda", que nós aqui do coletivo acompanhamos o processo e recomendamos a todos, encontrei o Herculano, um dos atores desse belo curta, que tive acesso ainda quando estudava cinema - quando por um delírio achei que ele poderia ser ensinado, ainda mais no lugar que estudava. É de uma simplicidade virtuosa, que vai do roteiro, até o belo trabalho dos atores.
A direção é de Abel Vargas.
Triste curta sobre o que podemos esperar com esse "aquecimento da classe média" que o governo Dilma vem propondo. E Viva o consumismo!
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirHoje o Brasil realmente cresce desenfreadamente em todos os seus aspectos:
Consumo, inadimplência, desmatamento, corrupção, violência...
O mais interessante do filme é que, de fato, ele entra no que está por trás das relações entre classes sociais, quase como uma ontologia do ser social; é o desejo do explorado, não de deixar de ser explorado, mas de ter as mesmas coisas que o explorador, ainda que isso seja pura fantasia, como é no caso de Seu Nestor, que é o senso quem diz que ele é classe A e isso já o preenche; é uma determinação que vem dos outros, nesse caso o estado, mesmo sobre aquilo que não pode ser determinado, assim como todo o resto de sua vida. Não é o ser em questão que determina sua própria condição, determinam para ele se é rico, pobre, bom, ruim, útil, inútil...
ResponderExcluirCom certeza! bela análise, o próprio senso atua como mecanismo para manter o status quo e oficializar a "naturalidade" das diferenças de classes. Uns têm, outros não e essa é a lei da vida. Os que conseguem passar a ter, são merecedores porque lutaram para isso. E o orgulho de seu Nestor é o orgulho do homem de família que lutou para conseguir a geladeira e agora quer a etiqueta no peito "Cidadão Classe A". Esse curta precisa ser mais exibido!
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