O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Não vi e Não gostei: "O Guia do toco"

Mais uma bela contribuição para literatura nacional. Sim, estou sendo irônico.

Duas jornalistas recém lançaram pela Ed. Best Seller, um livro chamado "O Guia do Toco" que servirá para "amparar" amantes recém-chutados.

Aqui vai um trecho de como essa "idéia genial" foi concebida:

"A ideia original aconteceu de maneira espontânea, fruto de uma reunião feminina. “Tivemos o insight de escrever o livro há um ano, quando estávamos solteiras e na pista. A gente sempre ouvia muitas histórias de pessoas que levavam e davam foras(trabalho de campo, importante), assim como nós. Logo percebemos que não éramos as únicas que vivenciavam isso e decidimos compartilhar(uau)”, diverte-se Fabi( uma das autoras do livro)".

Machado de Assis deve estar se contorcendo por uma segunda morte. Tenho certeza que ele daria tudo por um AVC, caso se deparasse com isso.


Além disso, as  autoras do livro ainda soltaram "umas dicas" para aqueles que "não podem esperar" para "ler" esse "livro".

Vou citar só as "mais interessantes":

"Antecipe-se
Quer prever um fora? É fácil.  “O parceiro começa a dar sinais de que não está mais tão a fim de você. Se ele começa a sumir, sair mais com os amigos do que com você, não te beija mais como antes e nunca mais a procura na cama, atenção: pode estar começando o processo do toco. Nessas horas, basta ter feeling e dar o troco antes: diga que está um pouco confusa e que o namoro não é mais como antes. Com certeza ele irá se surpreender”, diz Leticia. "


Caralho! Desculpa gente, mas é muito pra mim, não aguento mais. Vou deixar o gás aberto enquanto durmo e morrer tranquilo.

Quem quiser, -pelo amor de  Entidade-Superior-Que-Por-Ventura-Houver-No-Universo,não faça isso-, a matéria na integra e fonte da notícia: http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/12/11/como-ficar-bem-depois-de-um-fora.jhtm





21 comentários:

  1. ñ sei pq ainda to pobre, talvez pq me orgulho da minha dignidade....

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  2. Sobre o livro para quem levou um fora: é mais uma prova da banalização dos sentimentos. Lamentável. Nâo aguento maisver só livros de auto-ajuda nas listas de livros mais vendidos. Os autores de ficção não encontram mais leitores?
    Há excelentes livros por aí. Citaria apenas três:Órfãos do Eldorado" e "Cinzas do Norte" de Mílton Hatoun; e "O Albatrz Azul" de João Ubaldo.
    Acho mais fácil sair da tristeza de uma perda lendo esses livros, do que lendo essas bobagens de auto-ajuda. Abraços
    Risomar

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  3. Pleno acordo Risomar.

    Obrigado pelas ótimas referências, sobretudo a de João Ubaldo, grande!

    Abs

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  4. Realmente é triste ver que os livros de auto-ajuda invadem as pratelerias e figuram entre os mais vendidos.

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  5. Olá, sou uma das autoras do livro criticado acima e sou a favor de críticas. Mas, pelo que li acima, vocês não leram o livro, se basearam apenas numa matéria e saíram discursado de uma forma prepotente. O que escrevi é parte de nossa vida, contada através de uma leitura engraçada, rápida e que se encaixa nos livros para vender sim. Não tem nada a ver com Machado de Assis que, aliás, também fez parte da minha vida. O que acho ridículo é essa crítica sem fundamento, em que os pseudo-artistas começam a meter o pau em tudo, nos livros de auto-ajuda, passando pelo entretenimento. Todo o tipo de literatura tem o seu devido espaço, e nenhuma pode ser considerada menor, principalmente quando estamos falando de comédia. Aliás, o gênero citado foi criticado desde os tempos de Aristófanes, que fazia rir em sua Grécia como dramaturgo e era considerado menor. A arte é isso, é saber falar para o público e com propriedade. Não fazer uma arte que mais parece com a masturbação de um artista egóico que só faz algo para satisfazer a si próprio.

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  6. quem leu o livro, certamente se divertiu com ele, pois é cheio de graça e muito mais uma brincadeira do jogo do amor do que um manual de auto-ajuda. O lado hilário da vida deve existir sim, como já dizia Nietzsche, "a inteligência de um homem se mede pelo seu senso de humor". Temos críticos em toda parte, principalmente autores frustrados que não conseguem ir adiante em seu intento de agradar ao público. Certamente a obra de arte serve para emocionar e esse livro emociona bastante, pois a emoção não é feita somente de lágrimas de tristeza.

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  7. Não ler e não gostar é fácil. Quem leu, gostou ;-)

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  8. Se divertir é algo importante para o ser humano, que passa o mês na corda bamba, com esse mísero salário, tendo que enfretar filas enormes em hospitais para seren atendidos por profissionais não capacitados e morrerem. Acho importante ler tudo! Todos esses autores descritos pelo blogueiro ja fizeram parte da minha leitura, inclusive Tolstói, Dostoiévski, Ibsen(teatro) se é que vcs conhecem, de Cervantes a Rubens fonseca e passando sim, pelo livro ridicularizado pelo blogueiro, que me proporcionou muitas risadas sozinho e entre os bate papos com os amigos, pois vi os mesmos passando pelas situações descritas no livro. Acabem com essa de serem do contra e vão ser felizes, e quem sabe escrever um livro e sair do seu quarto e encarar a vida, realidade, mané!

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  9. Criticar é muito facil. Tanto quanto ser da oposição. Quem não gosta de ler livros de auto-ajuda, não os compre. Mas se milhares de pessoas estão comprando, é porque alguma ajuda eles oferecem. Eu lí o Guia do Toco e admirei-me com o humor e algunas achados dessas jornalistas. Trata-se de um Guia Humoristico que não termina quando o livro acaba, mas continua acontecendo no nosso dia a dia. Enfrentar a vida com bom humor é um desafio que as autoras deixam nas entrelinhas.

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  10. Exclui meus comentários para corrigir alguns erros de relativos a compreensão e estou postando novamente.

    Boa noite galera,

    Obrigado pelas visitas e pelo carinho.

    Bom vamos por partes:

    Sobre a seção no blog: essa é uma seção criada por mim, qual esse blog que presa pela pluralidade aceitou ter.

    A seção criada tem relação com uma declaração de Oswald de Andrade, quando perguntado se havia lido um livro de Mario de Andrade e ele afirmou “Não li e não gostei” - bom, mas isso acaba por ser redundante, já que muitos do anônimos recomendaram autores clássicos e textos, imagino que já sabiam desse fato.

    Uma coisa a se deixar clara: A seção foi criada e no primeiro artigo está explicado o intuito dela. Dessa forma como qualquer criação, onde estão atrelados forma e conteúdo, cabe a mim manter essa criatura com o mesmo valor estético inicial. Sendo assim, todas as críticas referentes à “não ler” o livro, infelizmente ficarão no ar, pois, estando na forma da coisa não irei deturpar a obra, purificando todo seu significado e construção, em detrimento a forma e seu aspecto estético. Logo a minha resposta quanto as criticas do “não ler é fácil” se mantém com o título da matéria e esse parágrafo.

    A partir daqui podemos discutir, em pé de igualdade.

    Não foi uma pergunta, em um dos comentários feitos, mas respondo, sobre conhecer Dostoiévski, Tolstoi, Ibsen, Cervantes, Rubens Fonseca. Bom, sim conheço, e de certa forma bem até. (?)

    Sobre a necessidade de “rir” e que a emoção não é só feita de lágrimas. Além do “vá viver feliz”.

    Adoro rir, e a felicidade, como muitos filósofos medievais diziam – já que estamos usando tantas referências aqui -, é aquilo que o homem busca, por excelência. Comigo, não é diferente. Agora, o que você acredita ser um “bom humor”, inteligente, leve e que deixam as pessoas mais felizes, é diferente daquilo que eu acredito, correto?

    Sobre a felicidade: O mundo, hoje, ou ainda podemos reduzir ao país que vivemos, pode ser visto sobre algumas óticas diferentes: você pode acreditar que estamos no mundo e nossos destinos estão postos por algo divino, e que a nós cabe viver, nossas vidas “privadas” da melhor forma possível. O outro viés é que o homem é responsável pelos seus atos, todos estamos no mundo e o que acontece a nossa volta, com nossos semelhantes, o meio ambiente e etc. é responsabilidade nossa. Assim como o sistema econômico, social que vivemos– vocês sabem bem qual é – é que media nossas relações,sentimentos, por acaso até nossas obras de arte e seu formato, além de quanto, para quem e quem pode desenvolvê-las. Logo, como na obra em questão é um exemplo claro de prolongamento desse sistema. Eu pergunto, é de toda essa trivialidade descrita no post, e nos comentários que se constrói a felicidade, ou estamos falando de alegria?

    Dizer que há espaço para tudo, como assim?

    Imagino que as pessoas que acreditam que, principalmente no período atual, há espaço para todas as vertentes literárias, e vou mais além, culturais, recomendo que entenda o processo de distribuição de bens culturais e como os mesmos são desenvolvidos.

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  11. E não entendo uma coisa, qual a revolta – que inclusive, me soa incoerente, já que as mesmas pessoas que me recomendam “viver feliz e deixar de criticar” me chamam de mané, além de, indiretamente, ignorante, logo tornam-se tão manés quanto eu – com uma seção de um humor em um veículo independente, que simplesmente vai contra a indústria do entretenimento – entenda o que quero dizer com indústria de entretenimento, não se trata de que a arte também não desempenhe essa função -, sendo que as mesmas pessoas que aqui criticam ela foram criadas em um ambiente onde o que as educou, assim como eu, foi o mínimo de contato com a experiência – falo de empiria, experimentar, ter contato sensível com a coisa - , ou seja jornais de TV , por exemplo, onde levam a noticia até você pronta, e você tira suas conclusões, sem nunca ter tido contato sensível com o objeto de que vos falam. E isso declaradamente assumido, é assim com os movimentos sociais, é assim com tudo que vai contra a estética pasteurizada do capitalismo, são levadas as nós como tortos, mal feitores, assim como no caso recente da guerra no rio de janeiro, em que muitos vibravam com os acontecimentos que viam através da TV.

    Outra coisa, gostaria que toda a energia usada aqui, fosse também usada para bater de frente com os verdadeiros burocratas, que fazem um processo de seleção muito mais denegrecível – como parecem achar o desse artigo que nada tem em relação a isso – de quais bens culturais vão chegar ao povo. O processo de seleção por editais públicos e por meio da isenção fiscal é muito mais cruel do que lhes parece isso meus amigos. Não entendo, por aqui ninguém citou isso, ou nem falou nada sobre o ministério público, ou os gerentes de marketing de grandes empresas, de um método onde, le a resenha de livros, peças, cinema e o que se interessa é qual a “gostosa” que vai estar, ou a de quem será contada a história, ou ainda as pessoas não lerão isso.

    Como as três biografias de um cantor de 15 anos de idade, ou a de um filho de cantor. E como se justifica isso? Por que há público para esses livros?

    Peço perdão e que voltem a questão das óticas sobre as quais temos a depositar sobre o mundo. Ser público de livros como esses não é mais, necessariamente um escolha, mas quase como uma imposição. Assim como a felicidade da qual falam, em nossa sociedade moderna – ou pós moderna – é igual a consumir. Se para mim a trivialidade de livros como esses é digna de crítica, as farei, e com o conteúdo e forma que quiser. Não pertenço, ou não quero pertencer à lógica do “cordialismo imbecil” que vivemos em nossa sociedade, já são muitos os pactos diabólicos quais temos de nos submeter para sobreviver.


    À autora

    Como se referiu “vocês” ressalto que fui em quem criou a seção e do post.

    Bom, se você considera o que concebeu uma obra de arte, fique tranquila, pois a beleza dela superará qualquer tipo de crítica que acha ridícula e o que ficará é a beleza em si.

    E sobre vender, como afirmou ser um dos nichos em que a obra se enquadra, a indústria cultural em palavras mais claras, recomendo que ao postar coloque o nome já que isso pode potencializar as vendas.

    Sobre o “vi que vocês não leram” minha resposta a isso está logo no primeiro parágrafo. É importante, que quando nos dizemos contempladores de uma obra de arte, como tantos disseram, mesmo aquilo que mais nos desagrada seja visto em sua totalidade, em si, e não mais apenas aquilo que, motivado por nossas convicções e ideologias nos guia. E sobretudo é necessário também quebrar com o que dizia anteriormente o “cordialismo imbecil” que liberam obras como as que citei e barram reedições ou adaptações como a de “poema sujo” alegando pouca relevância cultural.

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  12. Sobre as referências, acredito que independente do que qualquer ser humano cria, usar referências de movimentos passados como tentativa de argumentar o que saiu só de você e não do outro, é na minha opinião falho.

    Sobre rir, fazer comédia,etc. Já respondi, adoro, mas a comédia não pressupõe trivialidade tanto nos seus encadeamentos motores do riso, quanto da vida afetiva, ou seja lá qual for o viés.

    O mundo visto de uma ótica um pouco menos apaixonada, continua sendo bizarro, engraçado e de uma base estrutural extremamente cruel. E algumas obras corroboram para o status quo da sociedade, e outras não, estão ligadas sim ao mundo e sua relação com seus objetos, sejam elas de qual gênero for.

    Quero voltar a um ponto importante, em momento algum me dirijo autora do livro, a quem, pode, daqui há algum tempo, apresentar um trabalho genial, para além do status quo e da sociedade pasteurizada e serei o primeiro a aplaudir de pé e recomendar que todos leiam. Mas enquanto isso não acontece, devemos entender a conjuntura que vivemos e principalmente o nicho cultural que estamos inseridos e de uma vez por todos escolher a sociedade que queremos, se é uma sociedade culturalmente morta resumida com objetos destinados a venda massificada, com estética pensada única e exclusivamente para isso e que o motor de desenvolvimento de tudo isso é uma crítica e politicas de incentivo publico – privada ditadas pelo que chamo de “cordialismo imbecil” onde todos falam bem de todos, tudo é aceito, tudo é lido, compreendido e “temos de respeitar a opinião dos outros”. Não, eu me nego a corroborar com isso. Não serei mais um. Serei alegre, polêmico, chato, burro, legal, seja lá o que for, vou rir, chorar, e acima de tudo agir sobre aquilo que está, isso irá agradar ou não.

    Temos, de uma vez por todas, entender que nossos atos e produções colocadas no mundo estão em relação direta com o efeitos.

    Se para você, alguns pseudo-artistas fazem obras para eles mesmos, eu te falo diferente: artistas estão constantemente em movimento e buscam sempre o novo, muitas vezes ele não vem, outras vezes é a nossa ignorância que não nos faz ver quantos passos a diante estão esses homens - e espero que você seja alguns desses casos -, e dizer que fazer arte “ é dialogar com o público com propriedade”, como uma pessoa inteligente que aparenta ser, imagino que deva saber o quanto superficial é o que me diz, tantos milênios para entender tal proposição e você me responde em alguns minutos? Como então dizer que prepotentes são aqueles que criticam sua obra, seja lá como for.

    Contudo, deve-se entender como vê seu próprio público, se com massa ou como um coletivo de indivíduos, onde dizer que “... pseudo-artistas egoicos que fazem as coisas para si mesmos” é tão trivial como uma lista de afazeres cotidianos para manter sua vida bem, é como se para as pessoas gostarem e entenderem sua obra, ela deva ser extremamente didática, direta, simples como forma de habituá-los a se manter em sua vidas regradas, condicionados a entender seus sentidos sob a camada mais superficial que se possa imaginar. Ao achar que está levando felicidade simplificando a forma com um conteúdo trivial e corriqueiro, acaba apenas por colaborar com uma falsa sensação de cognição que não se diferencia do controle de grandes veículos de comunicação, estado e afins – esses, por sua vez causas dos efeitos dos quais citaram em um dos comentários sobre fila em bancos, transito hospitais; essa questão, inclusive, me deixou com uma dúvida, se obras como essa servem para momentos de relaxamento pós dias estressantes como deram de exemplo, qual necessidade de se lançar mais um livro sobre guias de comportamento social, pelos viés da afetividade? Já que existem tantos, e o principal incômodo da vida cotidiana são propriamente a organização-desorganizada de uma sociedade pautada por regras, tópicos?

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  13. De qualquer forma, assim como explicou seu ponto de vista sobre sua criação, eu explico o meu, e assim como parece ser sua postura, não suprimo a criação para me enquadrar na lógica do cordialismo, pelo contrário me ponho totalmente disposto a entender a arte enquanto um crescimento gradual. Um próximo projeto seu, por exemplo, se fosse um jurado de algum edital, não seria pautado por algo que não tenha me agradado em sua obra anterior, mas sim o momento em que se encontra ela e o como aquilo responde em experiência, a vivência que teve até chegar ali.

    Porém como disse não posso suprimir minha criação para corroborar com algo qual não concordo, seja lá quais nomes usar, formas e estando disposto a escutar críticas, e interpretações boas ou ruins, prego pela pluralidade e o espaço entre as entrelinhas, para que o leitor esteja apto a criar suas próprias opiniões e é isso que aconteceu nesse debate, e nem sempre agrada.

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  14. Gostari apenas de retificar: esse comentário E "sobre vender, como afirmou ser um dos nichos em que a obra se enquadra, a indústria cultural em palavras mais claras, recomendo que ao postar coloque o nome já que isso pode potencializar as vendas." -era para ter um tom de brincadeira, e não agressivo, espero que tenha corrigido a tempo, ao menos na intenção.

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  15. Dou razão ao Danilo Santos, estamos navegando as águas do pós-modernismo onde as grandes narrativas ficaram no passado; acaso uma literatura filosófica marxista está disponível em nossa língua pátria como os livros de auto-ajuda ou "ditados" por espíritos? Como a população brasileira, em sua maioria, não possui condições monetárias para comprar livros, a mesquinhez mediana da burguesia prepondera.

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  16. Danilo,
    Super-respeito o debate e a diversidade de opiniões. Em nenhum momento pretendemos ser unanimidade. Mas confesso que acho curioso que o tema do livro desperte reações tão apaixonadas. Discordo que falar sobre tocos seja uma trivialidade. É um tema universal e que mexe com o que temos de mais valioso, a nossa auto-estima.
    Não sei quantos anos vc tem, mas eu tenho 34. Aos 18, era hippie. Hj entendo que a forma mais eficiente de lutar por um sistema menos hipócrita é estando dentro dele. E de uma certa forma, o livro tem essa pretensão rebelde de ir contra o status quo ao propor que um fora não seja levado tão a sério, que seja encarado de uma forma mais leve e divertida, menos rancorosa e inflamada como me pareceu ser o tom do seu post inicial.
    Mas... sem ressentimentos, adoro discussões e acho sempre valioso ouvir pontos de vista diferentes do meu.
    beijos,
    Fabi

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  17. Chegando de forma tardia na discussão (que fique registrado para a posteridade), faço um comentário breve, sincero e com votos de que não seja interpretado de forma agressiva, muito embora vá tocar em um ponto um tanto controverso.
    Sou favorável à liberdade da arte (e de pensamento), e acho que tal qual o belo, ela não pode ser restrita aos padrões estabelecidos seja pelas academias, seja pautada pela realidade (como a pintura como representação fidedigna do objeto, a exemplo).
    Acho hipócrita todavia a defesa de um "best seller" (ironicamente, publicado por uma editora com o mesmo nome) como arte. Não que, na linha de raciocínio do meu parágrafo anterior, não seja arte. Pode ser. Mas há que se diferenciar a 'arte' dos produtos supridores de necessidades criadas por uma sociedade alienada e que não concernem com necessidades reais do ser humano. A arte, a meu ver, deve ser despretensiosa, bela em sua espontaneidade, tocante ao despertar a consciência de seu público. Arte criada para vender não é arte. É produto.

    Essa defesa ferrenha de que o livro em questão é arte só mostra a degeneração desse conceito -- o que não é culpa das autoras. Se a obra fosse considerada por elas arte de fato, elas não estariam tão empenhadas em frisar tal argumento. Bastaria o juízo do público para esclarecer tal questão.

    Abraço (de um pseudo-filósofo-não-artista);

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  18. É muito bom ler um comentário de mais alguém que repudia com todas as forças qualquer associação da arte com a inescrupulosa ânsia por lucro. um abraço TBD

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