CCBB apresenta o cinema de memórias fragmentadas de Hou Hsiao-Hsien

Pela primeira vez no Brasil, será exibida uma retrospectiva completa, com projeções em película do cineasta Hou Hsiao-Hsien, realizador taiwanês consagrado e premiado em diversos festivais ao redor do mundo e que se estabeleceu como figura chave do novo cinema de Taiwan nas três últimas décadas.

A mostra Hou Hsiao-Hsien e o cinema de memórias fragmentadas, realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, exibirá todos os 18 filmes do diretor, sendo que nenhum deles foi lançado comercialmente no Brasil. Em São Paulo, a mostra acontece de 09 a 26 de dezembro de 2010.

Além da mostra, 200 catálogos serão distribuídos gratuitamente. A compilação conta com 18 textos inéditos de críticos de cinema como Cássio Starling, Fernando Veríssimo, e Carlos Helí de Almeida, além de ensaios das décadas de 80 e 90 de Olivier Assayas, Jonathan Rosembaum, Antoine de Baecque e Ruy Gardnier.

Sobre Hou Hsiao-Hsien

Nascido na China em 1947, Hou Hsiao-Hsien mudou-se para o sul de Taiwan em 1948, onde passou toda sua infância. Em 1969, depois de completar o serviço militar, decidiu estudar cinema na Academia Nacional de Artes de Taiwan, graduando-se em 1972. Foi assistente de direção de cineastas veteranos como Li Hsing e Lai Cheng-Ying. Posteriormente, formou parceria com o fotógrafo Chen Kun-Hou e passou a dirigir os próprios filmes.

Sua estréia como diretor aconteceu em 1980, com Menina bonita. Com seu terceiro filme, A grama verde de casa (1982), foi indicado ao Golden Horse Award, considerado o Oscar taiwanês. Desde então, o cineasta tem contribuído para a formação de uma nova consciência acerca do cinema em Taiwan.

Hou obteve reconhecimento internacional com Os Garotos de Fengkuei (1983) e Um verão na casa do vovô (1984), ambos vencedores do Festival dos 3 Continentes, em Nantes, França. Seu filme autobiográfico, Tempo de viver e tempo de morrer (1985), levou o prêmio internacional da crítica no Festival de Berlim de 1985 e foi indicado melhor filme no Festival de Roterdam. Hou continuou a fazer filmes aclamados pela crítica, como Poeira ao vento (1986) e A filha do Nilo (1987) e foi gradualmente reconhecido como um dos cineastas mais inovadores do mundo.

Em 1989, Cidade das Tristezas ganhou o cobiçado Leão de Ouro, no Festival de Veneza. Em 1993, a obra-prima O mestre das marionetes ganhou o prêmio do júri em Cannes. Seus filmes seguintes, Bons homens, boas mulheres (1995), Adeus ao sul (1996), Flores de Xangai (1998), Millenium Mambo (2001), Café Lumière (2004), Três tempos (2005) e A viagem do balão vermelho (2007), foram aclamados por críticos e circularam por festivais como os de Cannes e Veneza. 

PROGRAMAÇÃO

Quinta, 9 dez
19h30 Sessão de abertura

Sexta, 10 dez
15h30 Menina bonita
17h30 Vento gracioso
19h30 A grama verde de casa

Sábado, 11 dez
15h30 O homem sanduíche
17h30 Um verão na casa do vovô
19h30 Menina bonita

Domingo, 12 dez
15h30 Vento gracioso
17h30 A grama verde de casa
19h30 O homem sanduíche

Terça, 14 dez
17h30 Os garotos de Fengkuei
19h30 Um verão na casa do vovô

Quarta, 15 dez
17h30 Poeira ao vento
19h30 Tempo de viver e tempo de morrer

Quinta, 16 dez
15h30 A filha do Nilo
17h30 Bons homens, boas mulheres
19h30 Cidade das tristezas

Sexta, 17 dez
15h Tempo de viver e tempo de morrer
17h30 Poeira ao vento
19h30 O mestre das marionetes

Sábado, 18 dez
15h30 Bons homens, boas mulheres
17h30 A filha do Nilo
19h30 Cidade das tristezas

Domingo, 19 dez
15h30 O mestre das marionetes
17h30 Millenium Mambo
19h30 Adeus ao sul

Terça, 21 dez
17h30 Café Lumière
19h30 Flores de Xangai

Quarta, 22 dez
17h30 A viagem do balão vermelho
19h30 Três tempos

Quinta, 23 dez
15h30 Millenium Mambo
17h30 Café Lumière
19h30 Adeus ao sul

Domingo, 26 dez
15h Flores de Xangai
17h30 A viagem do balão vermelho
19h30 Três tempos

mais informações:  www.mostrahhh.com.br