A Cinemateca Brasileira exibe 17 longas-metragens produzidos entre 1937 e 1996, quase todos eles inéditos no Brasil. Os filmes apresentam um amplo panorama do gênero conhecido no Japão como yakuza eiga, que envolve todos aquelas obras cujas tramas abordam foras-da-lei e organizações criminosas, desde filmes de época (jidaigeki) até produções contemporâneas sobre gângsteres e marginais.
Além de apresentar um inédito panorama histórico da evolução dos yakuza eiga, a mostra “O Sangue Quente do Japão” também oferece ao espectador a oportunidade de entrar em contato com a obra de realizadores japoneses de grande importância e originalidade que permanecem praticamente desconhecidos do grande público, como Hiroshi Inagaki (1905-1980).
Outro realizador de destaque presente à mostra é Kinji Fukasaku (1930-2003), responsável por promover, em meados dos anos 1970, um renascimento dos yakuza eiga com a série de filmes Luta sem código de honra (Jingi naki tatakai), que incluiu oito títulos rodados entre 1973 e 1976.
Confira a programação da Cinemateca Brasileira na íntegra: http://www.cinemateca.com.br/
Em termos de prestígio e reconhecimento crítico, no entanto, nenhum dos cineastas contemplados nessa retrospectiva se compara a Tomu Uchida (1898-1970). Considerado o melhor cineasta do Japão ou o “mais japonês” dos cineastas por muitos críticos e realizadores.
Uchida teve uma longa e notável carreira como diretor desde o período do cinema silencioso, jamais se atendo a um único gênero. Dentre os admiradores confessos de Uchida está o cineasta brasileiro Carlos Reichenbach, que apresenta um debate sobre o mestre na abertura do evento, na Cinemateca.
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