O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Anônimo diz: "Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade"

Para todos que não estão familiarizados com a discussão, este texto é, na verdade, uma resposta aos comentários e "críticas" a uma certa "leitura" que algumas pessoas criaram do post onde há um vídeo de Rodrigo Lombardi (http://cinefusao.blogspot.com/2011/09/entrou-negro-caolho-e-saiu-loiro-e-de.html#comment-form).

Hilário e triste ao mesmo tempo tais comentários. A razão por postar aqui, é que há formatações do texto que no espaço de comentários acabam se perdendo. 

Antes de começar a leitura, peço desculpas antecipadas por eventuais erros, mas de fato, como era mais uma resposta a comentários, a coisa foi mais corrida mesmo, espero que não atrapalhe a apreensão. 

I


Rs... Bom, anônimo(s) e "revoltosos super-agressivos" havia escrito isso para apenas um anônimo, que como verão, colei todo o seu discurso afim de desconstruí-lo, mas tamanha a semelhança e pouca inventividade de um para outro que peço: sintam-se a vontade de lê-lo como para todos. 


Eu não preciso falar muito, já que tudo o que você foi questionado, você não conseguiu responder.

Para quem quiser entender mais o texto aqui analisado, é um que começa com "Danilo... posso ser sincero? você é um burroooo" - que se encontra no post sobre a frase de Rodrigo Lombardi no Faustão. É de um anônimo, normal. E quanto aos outros textos são o mesmo conteúdo, só que com alguns xingamentos diferentes, enfim...


Há um problema inicial, como você sabe, imagino, poiso como você se expressa denunciam, em sua própria fala, uma suposta superioridade intelectual que acaba de colocando numa sinuca de bico. Esse problema inicial se caracteriza por opções que são determinadas pelo ambiente onde vivemos e que de qualquer forma o constróem enquanto ser - tudo bem até aí? -, o que faz com que, por alienação ou posição ideológica, você torna sua prática contrária a uma outra, em outras palavras o chão é riscado e "você luta" de um lado. 


Como por exemplo, se para você é normal, aceitável, etc. que um número de homens - universalmente pensando - sejam oprimidos para que alguns outros vivam "excessivamente bem"  - veja bem, que estamos falando economicamente, já que todas as relações que temos, neste sistema, são determinadas economicamente, imagino que você, pela inteligência que assume, saiba disso também, certo? 

O que quero dizer é simples: antes de qualquer discussão, se sua única posição é irredutível, e é um posicionamento de classe, como o exemplo acima, argumentar como se o que está contrário ao que você "acredita", é errado ou "burro", é no mínimo ingênuo, já que se você escolhe necessariamente a priori um posicionamento irredutível, como por exemplo o da superioridade a qualquer custo - de forma bastante irracional ao expor, diga-se de passagem -, é pouco possível que você consiga manter uma lógica em seu pensamento "crítico". Ou seja, como você verá contradições, em algo que você escolhe antes mesmo de entendê-lo? Digo isso, pois como pode ver o seu pensamento, e forma agressiva de escrever, se conseguem expressar algo, é unicamente isso: ser aquilo que está criticando.  

Em outras palavras, você precisa primeiro entender o que rege isto que está sendo discutido aqui, que é muito mais amplo do que "se foi ou não ato de racismo de rodrigo lombardi", muito pelo contrário. E entender de fato o funcionamento deste "sistema" deverá definir de fato, qual o seu movimento dentro dele, se para você ficar melhor dessa forma: é como se nesse mundo em que vivemos houvessem dois tipos de ser humano, um que é alienado - em alguns casos, que estende a alienação como forma de dominação - e reproduz  toda a bárbarie em que foi ambientado, e  o outro que percebe as contradições da tal barbárie e luta contra elas, mesmo aquelas que parecem mais enraizadas interiormente - não vamos excluir as subcategorias de ambas as categorias, ok? E muito do que você expõe aqui seria bastante esclarecido, ao menos para você, já que para nós sua linguagem só consegue transmitir uma violência gratuita, e consequentemente irracional.


II
"Você é um burrooooooooooo!!!" 


Essa é muito boa, pois você já começa sua fala se colocando totalmente igual ao objeto de qual o post trata, que não é "rodrigo lombardi", mas, como vc gosta, metáfora/atos sociais que constróem o sistema, sendo aqui criticada o ideal de "superioridade", em seu sentido mais ligado à opressão, hegemônia; de certos padrões de beleza,, que não está unica e simplesmente falando de racismo, mas, sobretudo, do que falamos: de uma ditadura que é imposta pelo próprio capital. Então, esse próprio capital determina inclusive forma de se relacionar, como essa, e nessa sua primeira frase exemplificar isso de maneira categorica. OU seja, você é burro/eu sou inteligente, você é pior/eu sou melhor. No entanto, em toda essa "PERCA" de tempo, como você apontou, você, dispõe de uma vontade "sincera" vir debater. 

III
"Primeiro que o cara disse totalmente o contrário do que você está tentando pregar."

Pregar? Vamos lá, novamente, se Rodrigo Lombardi fosse o único problema do mundo, ao contrário do que é a crítica real proposta aqui, sobretudo hegêmonia, em todos os sentidos, sistema econômico que é o que rege todas essas relações, eu estaria calmo, pois um novo mundo não demoraria muito a vir à tona; mais uma vez você que gosta de interpretar, desvendar signos, metáforas, deveria entender que na maior parte das vezes, partimos de particularidades afim debater os meios onde estão inseridas essas particularidades, ou o grande nevrálgico que é o que determina o movimento de todos esses pormenores

IV
"O ator ser global é um ato de racismo? Homens neutros odeiam?? "

Tentando a última vez, o bom é que acaba valendo para todos estes que acreditam "estarem contra o post e a favor do ator", como se o problema uno do muno fosse a frase de rodrigo lombardi.  

(Inclusive coisa que é mais corrente é uma certa preguiça para para acompanhar o como se dá um processo de reflexão que não se propõe maniqueísta, mas dialético - vale um rápido estudo sobre o que é dialética. O que mais corrente ainda, como já citado, é uma ação tão agressiva quanto aquela que, sobretudo, aqueles que enxergaram a discussão exatamente como fetichizam o ator - vale um rápido estudo sobre o que é fetiche [não vale google resumido]. Ou seja, por ser uma PARTICULARIDADE - vale refletir bastante sobre isso, que é talvez o que mais deveria se entender aqui: métodos de especulação, de compreensão, do particular ao universal, o como se dá a busca por um conhecimento a partir de uma práxis que não se confunde com a "teoria do absoluto" - em que o ator está inserido nela é, ironicamente, "o protagonista", cristalizado e não mais o meio em que está inserido, ou mesmo o mundo, enfim. E essa agressividade vazia, dizer "desnecessário" sem haver absolutamente nenhuma construção de pensamento em relação ao que foi discutido; ou ainda "burro", "vagabundo" (como aconteceu aqui) deixando claro que os próprios revoltados com a crítica usam dos mesmos métodos, "ao extremo", que "enxergaram" - não se sabe, necessariamente onde- para assumir, se identificarem e agirem como aquilo que é mais corrente, urgente e preocupante na discussão: fetiche, superioridade, hegemônia, controle econômico, determinação inalienável de padrão de beleza, mercadoria, etc. pois, de fato, vai longe - enfim, como sabem, aspectos básicos de funcionamento do capitalismo. (adianta falar disso para quem ainda acredita que a ideia é uma espécie de "caça às bruxas" do "incompreendido Rodrigo Lombardi? Adianta lutar por algum respiro que seja, que se possa sentir nessas pessoas,  já engolidas pela lógica de produção do nosso tempo [ consumo, anti-crítica, etc]?)

Vamos lá: "ser ator global" apreende (façam um esforço semelhante ao que fizeram para enxergar, em meio a tanta coisa, "a caça a rodrigo lombardi"): ser da globo, certo? (genial, estamos progredindo); a globo para você(s) é um meio de comunicação íntegro? (estamos falando de ética e não de moral, suspendam o clichê "quem é íntegro neste mundo?"  por agora, pois logo entenderão.- repetindo, pois como são muito ocupados, voltar e ler um texto, entender contradições, síntese e etc. deve ser de fato um sacrifício imenso); Por trás dessa aparência de neutralidade, aparência essa determinante no papel social (social, ou seja que abrange todas as relações entre os seres no mundo) de cada ser ou coletivo no mundo, já que não temos acesso a essência, não há necessariamente interesses de classe defendidos? - valeria a pena falar sobre "conflito de classes" para você(s)? entenderia(am)?, pois a única coisa que faria sentido seria essa, já que discutimos conceitos e não o ator, já que "racismo", como alguns aqui adoram colocar como "privilégio do perseguido", ou até para ter seu momento menos hipócrita de espinafração em relação às raças, como anônimo é claro, não é de fato o assunto principal, ele - o "racismo" - é apenas uma ferramenta, que de fato tem subcategorias, contradições, e afins, mas que está envolvida por uma gama muito maior determinada pelo poder econômico - mas, do jeito que está, vale a pena falar disso? pois adoram falar "que os outros não sabem metáforas, mas não tem capacidade de dar um passo para além daquilo que foi determinado, enfiado goela abaixo. Eu posso ficar fazendo perguntas o dia todo, e ver você(s) caindo em contradições que acabam por colocar todos os "protetores do que enxergaram" - como quiseram, de forma reducionista e opressiva, apesar de acusarem isso no texto -, em uma massa de opinião tão igual em forma e conteúdo que chega a ser assustador, e não só isso, num irracionalismo incrível, como se três palavras seguidas, em todos estes textos, não formassem significado nenhum - isso não o(s) incomoda? criticam tanto a forma "burra" com que "pivetes" vêem o mundo, e acabam por formar um bloco que se consegue alguma coisa é não ser? - mas você(s) me digam: adiantaria? adoraria debater, mas se o método de apreensão é tão limitado quanto a escrita, vai demorar muito tempo para entender o que está sendo dito aqui, e por muito tempo ainda vão continuar xingando, todos do mesmo jeito, acreditando nas mesmas coisas, assistindo o mesmo canal, vivendo uma realidade sem nuances, ou só vegetando - continuo ainda falando da globo, consegue(m) acompanhar? Não se trata de uma crítica maniqueísta que por exemplo, não reconheceria o ótimo trabalho de um ator global em qualquer trabalho, que seja na globo, não se trata desse panfleto barato. Trata-se de compreender a determinação do papel social e de que lado da linha ou dessa luta, está um ou outro. Quando se fala de interesses econômicos/politicos da rede globo, trata-se tb da estética de seus produtos, que andam ambos juntos, não se separam um minuto sequer, desde os meios de produção(totalmente privados e alienado[vale a pena entender sobre meios de produção no capitalismo] ao produto final, até como são colocados os programas. É óbvio a maior parte de seus programas, como uma propaganda do m. donalds  foram incorporados como sutis, ingênuos, neutros, sem deixar claro sua determinação social, sua própria estética que serve não só para riscar o chão na arte, como na politica (em seu sentido mais amplo, e primeiro) e nos interesses de classe, sem contar da hegêmonia dos meios de comunicação, etc. Sobre os padrões de beleza: rs, mais uma vez como consegue(m) de forma tão semelhante ser(em) tão maniqueístas, é óbvio que quando se trata de racismo - mais uma vez uma ferramenta, uma característica de um sistema de pensamento-práxis/social/econômico/estético/estratégico global -, apesar de critérios claros quantitativamente e de intensidade em certos "grupos" (como gosta[m] de dizer) no que diz respeito à perseguição e extermínio, é obvio que o signo "racismo", preconceito, passa por transmutações, que não são regras, mas exceções, mas que novidade é essa? qual a importância necessariamente de tal premissa? partimos de complexidades de tal tema - que infelizmente permanecem muito semelhantes através da história, pois como disse lei não pode obrigar ninguém a se reconstruir, a construir um juízo de valor em detrimento de uma moral imposta, frágil - para um entendimento das contradições de nosso tempo, do capitalismo da relações de opressão ( que é primordialmente econômica, e acaba por engendrar todo o resto do que no constitui enquanto homens). Padrões de beleza estão aí, sim, determinados, engarrafados, e pode-se comprá-lo, quer ser bonita(o), "eu posso vender, quanto vai pagar?" Agora, se achar normal dizer "quem aí gosta de loira, gorda, baixa" é normal, aceitável, assim como se compra uma xícara, isso já é uma reconstrução do seu(s) eu, que eu como extensão sua(s), enquanto humanidade, gostaria de ajudar, mas como podem ver não é vontade de alguns comentários que homens - seres humanos - se ajudem, mas sim permaneçam se matando e lucrando - espero que tenha respondido sua "provocação" - vale a pena entender o que é provocação -, apesar de não parecer, e achar difícil que tenha(m) vontade/força para chegar(em) até aqui.


V
Se é neutro não odeia¹, se é neutro não é nem 8 nem 80 queridão!² Como pode ser de direita se é neutro? 

¹grifo em vermelho colocado por mim
²grifo em vermelho colocado por mim

Já respondi essa pergunta acima, com o argumento da "aparência/proposta politica/estética - ver "arquitetura da destruição"-  de neutralidade, que acaba por servir ao lado mais forte, como disse o Bruno, você não soube replicar afinal colocar definição de dicionário, só prova uma coisa que enquanto ser pensante, atuante no mundo você é limitado, da próxima vez para tornar sua limitação menos evidente, coloque também defnições de dicionários filosóficos, sociológicos, afinal como você mesmo disse "o mundo não é estático, as coisas mudam o tempo todo"-, então imagino que mal entenda(m) o que foi dito, assim como quase tudo que foi dito até agora.


Só queria chamar a atenção para o que foi grifado: assim como o burro do inicio, e outras sentenças no imperativo, no final do "texto inteligente" que se revolta com o post, esse grifo mostra uma contradição clara, e determinação da pessoa com aquilo que crítica e tenta definir. Ao que parece quando escreve o tal texto, se identifica com a neutralidade - já aqui definida - já que no texto seguinte define qualidades boas a "pessoa neutra". Ok, como pode um ser que quando afirma essas coisas, que se coloca como "Bom", "inteligente", "Conhecedor de leis", e que diz não "Odiar", começar um texto chamando outro de burro, sem argumentação convincente - nem precisaria disso, chamar outra pessoa invariavelmente de burro não precisa de nenhum outro argumento para ser entendido como ódio, repulsa, e afins-, só convincente para os interessantes de semelhantes que tb não sabem argumentar, tanto que assumem e aplaudem uma postura tão incoerente assim? OU se trata de uma nova pedagogia onde se propõe xingar, se colocar acima do outro?


VI
"A tv, cinema, teatro são meios racistas, como assim??..."

Esse eu já poderia juntar com o "vá trabalhar" do final do texto. Bom, como não sabe, e nem deveria expor satisfação nenhuma ao meios empíricos/racionais que chego ao conhecimento/ação das coisas, até porque nunca pretendi e nem prentendo ser nenhum "cristal", nem mercadoria, objeto de fetiche. Trabalho com tais meios citados há um bom tempo - esqueça isso, finja que não falei, não faz diferença, alíás se é que está(m) lendo. Quando falo TV, falo de quase toda a TV convencional/comercial - que como disse lá em cima, não se trata de um panfleto/crítca barato, onde não se reconhece certos trabalhos, mas não podemos separar do todo-, não necessariamente os meios alternativos na internet por exemplo, que são muitos. Cinemão, você entende o que por cinemão? Teatrão, você entende o que por teatrão? Imagino que pouco - imagino, não afirmo, espero estar errado -, até porque para dizer que o Bruno é ator pelos livros que ele indicou  é de uma ingenuidade impressionante, cartesiamente falando, pois para mim um ator deveria ler todos estes livros. Vamos lá, deixa te explicar, o conflito de classes - cara, nem entre nesse assunto, até porque você vai cair fácil, que até você(s) entenderem o que é "luta de classes", "materialismo histórico", "materialismo dialético", "estética" vai levar tempo - engendra também um conflito de classes nas artes, no cinema é um pouco mais confuso, há pouca determinação disso, é um ambiente um pouco mais egoísta, mesmo os "contrários" ao cinemão ou seja(puramente comercial), apesar de, contraditoriamente, nascerem obras brilhantes; no teatro, o chão é riscado mais às claras, por exemplo, há o teatrão (broadway tupiniquim, que nunca será broadway; tupiniquim que dizer que estou tratando do Brasil, tá dando para acompanhar? claro se estiver[em] aqui) em oposição ao teatro de grupo, no que diz respeito à qualidade - assim como no cinema contrário ao cinemão - tem um trabalho extremamente sofisticado, avançado, uma noção de processo muito grande e exposição do processo também - aqui mais um conselho, isso se trata um pouco do processo brechtiano, que recentemente o teatrão se apropriou, assim como até a coca-cola, mas assim nem tenta falar sobre isso agora. Bom, eu conheço ambos os lados muito bem - desculpa a aparência de arrogância -, hoje em dia é claro, se tornou tão arte de prateleira de supermercado  os "ão", que conseguimos jogar no lixo de vez algumas coisas sem sequer precisar olhar. Vamos lá, volte lá em cima e entenda mais uma a coisa dos padrões de beleza em relação ao sistema. Há diversas contradições no processo histórico, como vc disse o mundo não está estático, está em movimento. O Bruno já explicou extramente bem a questão do padrão de beleza e você caiu em argumentos bastantes complicados, como dizendo que não compraria a roupa "de uma gorda" (no seu texto seguinte; "... padrão de beleza, cada um tem o seu...."[esta no seu primeiro texto], peço que voltem ["os revoltosos"] no texto de nosso amigo para buscar as referências que não são quase nada diferentes no grau de levianidade das suas )  usando do mesmo argumento dominante, determinado socialmente, e não inato, ou estou errado? você já nasce com o pensamento inato de não usar jamais roupas de "gordas" como vc diz? ou você vai me dizer que já nasce com o juízo de valor e não preconceito - que é determinado pelo meio social -, se sim, você deve ser Deus, aí está o alivio/ou não para todo agnóstico/ou ateu.  Agora, se estiver errado, vai conseguir me convencer que o homem não é determinado pelo meio social? Se sim, qual é o nosso meio social? E qual é o interesse de colocar "as magrelas" (como afirmou) para desfilar? Vender, certo? Pois, estamos numa sociedade onde todos valores, que deveriam ser humanos, absolutamente todos, estão vinculados ao capital, estou errado? Se não, como diabos então você me diz que cada um tem o seu gosto tem o seu? Exceções, sim, não nego, mas definitivamente não é você, enquanto o seu pensamento é intrínseco ao valores de troca, ao capital, mesmo no que diz respeito à construção de uma moral em relação de homem para homem, das relações mais aparentemente longe disso, como amor, você não consegue superar isso, a não ser se agarrando em alguma dogma como uma reiligão, mas que aliviará uma paricularidade, não fará que supere e que nasçam novas formas de se relacionar com o mundo. Logo, visto tudo isso, se os meios de comunicação, que servem aos interesses do capital, assim como bancos, corporações, maior parte de politicos conciliadores e mantenodores - assim como nós quando aceitamos tudo isso, e não se tem uma visão de classe -, como pode então esses meios de comunição e ou "artísttico" comerciais, "propagandearem", senão por leis (que obrigado, conheço, sei que tem, você, mais uma vez, [peço que todos revoltosos que não mudam em quase nada o discurso, voltem e vejam essas coisas não só no texto do colega como nos próprios] neste caso "se danou", rs, o que eu disse foi "...não há leis dentro desse modelo de sociedade que nos livra de tais ações." ou seja, dentro do contexto do texto - que deve ser lido na íntegra e com atenção - e da sociedade capitalista, remediar não adianta em absolutamente nada, é como um analgésico, se o meio social que determina o homem não muda, o homem não mudará, e não adianta projetos de proibição, ou um outro projeto de educação, enquanto a exploração do homem pelo homem, em seu âmbito a priori econômico não seja superada), como por exemplo número de negros que devem aparecer em comerciais (veja bem, não apoio isso, já que é uma mazela do capitalismo - , repito determinada do meio social para homem, ou seja e no meio de tudo isso "obrigar a tolerar" é no minimo absurdo, claro que de alguma forma, em determinado e seguidos momento pode ter ajudado, contudo [entenda muito bem isso, antes de cometer erros primarios que cometeu e acusa os outros de má interpretação] minha posição é irrestrita, nada de conciliação, nenhum ou todos, tudo ou nada, enquanto todos vivermos assim, nós seguimos nos destruindo); ok, voltando, como todos esses interesses agregações, conceitos, preconceitos, lucro, etc. como pode então, alguém que serve a esses interesses propagar uma visão que acabe com tudo isso? Seria incoerente certo? E você acha que a globo efetivamente faz isso, a não ser por meio da "caridade de fachada", de interesses econômicos, até mesmo pela própria contradição, exceção à regra, de explorado que se torna explorador de seus próprios semelhantes? - o fato é o ator ESTÁ - leia, entenda, reflita sobre - no meio, ou seja neste meio, assim como nós estamos no mundo, e se estamos, não somos ele, e como vc mesmo disse, ele está em movimento, e nós? estamos parados? O processo proposto aqui é dialético, exatamente por isso, não é maniqueista exatamente por isso, pois o mesmo o homem que é determinado pelo meio social - como o ator - também o transforma e o determina, logo, tendo essa complexidade toda dentro de seu organismo formador "ator global" (voltando a outra pergunta) é uma determinação social sobre tudo isso que falei. E há graus de intensidade, e de dignidade que você "escolhe", dentro de toda essa complexidade destruidora, como ação no mundo, e este caso, a frase do vídeo, em seu papel social para/com o mundo, foi a que ele escolheu, ele disse, contudo isso ainda nem é assunto primordial e sim a barbárie - também não entre nesse assunto por agora, , mas vá entender bem sobre barbárie, de todo o sistema, compreende? - espero, de coração, que sim - ENTENDA(M) O VÍDEO NÃO APREENDE O MUNDO. 

VII
 "O BOPE, PM, GCM, EXERCITO, eles não matam ninguém de graça³ não, fatalidades acontecem, e ainda bem que acontecem que é menos um bandido no mundo* para fazer, nós gastarmos dinheiro com eles na cadeia. "

³ grifo meu
*grifo meu

Mais uma vez, cheguei a esta frase e me perguntei: "por que estou respondendo?" Talvez porque esteja viciado em encontrar contradições, sobretudo aquelas comparadas, facilmente, a visões, extremamente fascistas como essa. Não quero cair num maniqueísmo imaturo, de bonzinho e mauzinho, mas nem vou entrar na questão, não valeria a pena. Se quiser entender um pouco mais o que acho sobre o tema leia esses dois pequenos ensaios, apesar de achar que poderia expor de forma mais madura, na época, mais complexa, mas enfim: http://cinefusao.blogspot.com/2010/10/ensaio-o-excesso-de-seguranca-em-tropa.html  e http://cinefusao.blogspot.com/2010/10/capitao-nascimento-na-praca-outra-vez.html . Espero que todos reparem o que diz em sua frase, que leiam isso e tirem suas próprias conclusões. Típica frase de classe-media, vibrante enquanto assiste o massacre e a higienização pela tv; mais um texto, para ver o que talvez chame de "exceção" http://cinefusao.blogspot.com/2011/09/um-pouco-da-verdade-sobre-o-exercito-e.html . Não gosto nenhum um pouco desse tipo de frase, mas, tentando ser o mais doce possível, vá ler um pouquinho, que seja estatística mesmo, pelo jornal nacional e datena fica muito dificil ver um pouco além do como se dá o processo de controle - que é muito mais motivado por um esmagamento de uma mesma classe, do que uma luta contra o malNo mais, além oriundo(s) de alienação comum nos tempos de hoje, suas palavras são do âmbito de escolha de classe, e se entender como funciona o "sistema" de fato em que vivemos, e sua posição continuar sendo a mesma, entendendo como aceitável tal realidade, aí é fim de papo mesmo, argumentar fará pouco sentido.



VIII
"E outra meu amigo* eu não tenho escravo nenhum não, e nem sou escravo de ninguémse você tem ou é, fale por você, e nem mata que não tolero, também falo por você, não generalize. Aprenda a escrever em primeira pessoa."

*grifo meu

Entendi! Que privilégio hein! Dentro de todo esse sistema que desenhamos, que é ainda mais complexo, cheio de contradições, e cabe muito mais reflexão-prática (as duas palavras juntas pressupõem ações que devem sempre estar sendo feitas lado a lado, ta rolando de compreender?) você tem o privilégio de não ter, nem ser escravo? (Vixi! Vai colar a definição de escravo do dicionário aqui... rs...) Você trabalha, certo? Aí a sua definição de escravo é trabalhar, sendo propriedade de outro homem, recebendo comida e não sendo assalariado? E ser o dono do escravo é tê-lo como propriedade nessas condições? Ora! Retire a questão do salário - o que não quer dizer nada, já que é no pensamento do todo pifio, e de fato existe tb o trabalho escravo no sentido mais arcaico no mundo - e o que fica? Ainda que vivesse isolado, mas se abastecendo de alguns bens produzidos por outros homens, ainda teria escravos. Ou é você que limpa o esgoto, ou recicla, cata lixo? ( citando os mais complicados e explorados meios de sobreviência) Ah! para você é normal a estrura de "divisão de trabalho social para o crescimento do mundo e do homem!" Ora, mas que divisão é essa? Por que, talvez, enquanto você é explorado de forma "mais digna" como estagiário de administração num escritório na paulista, outra pessoa pega na sua merda - desculpa o termo, não sei se te incomoda, mas não é isso? - ? Ou ao contrário enquanto você explora outros trabalhadores que você julga estar fazendo o bem, distribuindo trabalho - ver o que é "mais-valia", e depois continuar ler e ler e praticar muito sobre o que disso se estende.  Ou ainda você como subjugado a tudo isso. Para você continuo fazendo alguma generalização? Não estou incluindo também nisso, como pede? A questão é o como você se posiciona e mantém sua relação de pensamento-ação crítica sobre tal - ler acima, sobre duas palavras usadas uma ao lado da outra como estão; complicado ler texto, não é? ainda mais na internet, com a rapidez - erros - que temos que escrever; pois é tem que ter atenção.

A questão de falar ou não em primeira pessoa é puramente formal, fica chateado com isso não - ler sobre forma é conetúdo, outro assunto que por agora é melhor evitar

IX
"Quanto as leis, há leis sim, estude um pouquinho mais, depois conversamos."

*grifo meu

Respondido acima na parte VI, rs.


X
É necessário um novo homem, uma nova sociedade. Jura?? Exemplifique!

Será que a coisa da determinação social, que constrói o homem e etc. não basta? ou você não entendeu? Ou simplesmente não é favor, se sim quem tem que "exemplificar" é você.




XI
Quando você escreveu esse texto estava em seu juízo perfeito, estava "lokão", ou simplesmente queria um pouquinho de atenção??



Típico comentário de ultra-conservador. [Revoltosos] vejam seu líder na ordem do comentários, é claro.

XII
"Porque conseguiu, agora faça o favor de se desculpar por essas palavras toscas que pelo visto, você passou o dia todo perdendo seu tempo para defendê-las."



Rs. Não, o texto é curto e o pensamento sobre isso tudo é corrente, nem sempre leva tanto tempo não, isso aí fiz em pouco tempo.


XIII
"Um conselho: Vá trabalhar e ocupar sua cabeça com coisas mais importantes!!"

Coisas mais importantes, entendi! Então, se é que conseguiu chegar até aqui, ainda acha que nada disso é importante?


tá certo!Bom uma coisa é certa, se chegou(ram) até aqui e ainda tem disposição para responder, mesmo da forma totalmente irracional que tem sido, é de uma impetuosidade incrível. Que apesar de poder ser um problema, acaba, ironicamente, sendo admirável. Por fim, se quiserem continuar "mandem bala", rs...só não garanto que redundante e absurdo do jeito que está, terei tempo para responder.

Ah, mais uma coisa(!): Anônimo-do-texto-aqui-analisado, no outro texto você citou um trecho de uma letra de música do lulu santos("assim caminha a humanidade..."), rs... cara, apesar de não parecer, acho o lulu um cara importante da cultura pop, tem identidade, sabe? criou algo bastante interessante. Não faça isso com ele, vai?!  


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