Manifestação contra a homofobia dia
21/11 (domingo). Concentração às 15h, no vão livre do MASP - e caminhada
até o local das agressões (próximo à estação Brigadeiro do Metrô).
Entidades
e organizações da sociedade civil organizaram abaixo-assinado para
manifestar indignação, repúdio e exigir providências aos graves fatos
ocorridos na madrugada do dia 14.11.2010, na Avenida Paulista,
envolvendo 5 (cinco) jovens adolescentes que agrediram 4 (quatro)
vítimas com violência física, e evidente motivação de intolerância
homofóbica.Segundo a
imprensa divulgou, os cinco jovens são de classe média, colegas de um
colégio particular de um bairro nobre de São Paulo, e foram reconhecidos
como responsáveis por três ataques a pessoas que passavam pela região
da Avenida Paulista. A polícia investiga se os crimes tiveram motivação
homofóbica.
Esta não é
a primeira ação violenta de jovens da classe media brasileira, em
especial contra pessoas oriundas de grupos discriminados, e usualmente
vítimas de intolerância, como os gays, negros, nordestinos, índios etc.
Exemplos não nos faltam: morte do índio Galdino, assassinado por jovens
ricos e filhos de autoridades públicas de Brasília em 1997; a violência
cometida por jovens da Barra da Tijuca, que agrediram fisicamente uma
trabalhadora, empregada doméstica, que voltava para casa, e foi
confundida com uma “prostituta” (como se para as profissionais do sexo
este tratamento violento fosse admitido).
Agora,
uma vez mais, no décimo ano da morte por assassinato do adestrador de
cães, Edson Neris da Silva, na Praça da República, em 6 de fevereiro de
2000, executado por um grupo delinquente de “skinheads do ABC”,
deparamo-nos com este arrastão “chique” no coração econômico da terra
cujo povo se autoproclama locomotiva e esteio do Brasil.
Certamente,
se o Brasil já tivesse uma legislação que criminalizasse a homofobia, a
exemplo de países mais desenvolvidos na defesa e promoção dos direitos
humanos, fatos como o ocorrido seriam mais raros, pois a juventude
brasileira, em especial a bem educada e privilegiada do ponto de vista
econômico, já teria aprendido que homofobia é crime e não pode ser
praticada. Mas a inércia e a omissão do Poder Legislativo nos obrigam a
continuar lutando para viver com dignidade e exigindo a ação das
instituições que devem cumprir e manter a Constituição Federal. As
autoridades públicas, Polícia, Poder Judiciário, Ministério Público têm a
obrigação de garantir a ordem, a lei e o respeito à Constituição
brasileira que, em última instância, proclama como sua razão máxima a
garantia dos direitos individuais da pessoa humana.
Sendo assim, o documento ( http://edupiza.blogspot.com/2010/11/para-que-o-crime-de-homofobia-nao-fique.html
) tem como objetivo chamar atenção das autoridades públicas e do povo
de São Paulo e do Brasil, exigindo e cobrando para que este fato não
caia no esquecimento, em vista dos agressores terem posição sócio
econômica privilegiada. A justiça brasileira tem a obrigação de ser
justa e a polícia e o Ministério Público de cumprirem suas funções.
Contatos:
Beto de Jesus - ABGLT (11)8452 3335
Phamela Godoy - Fórum Paulista LGBT (16)8118-6550
Irina Bacci - Conexão Paulista LGBT
Paulo Mariante - Grupo Identidade (19)9339-4111
Vamo que vamo!
ResponderExcluirSó algumas observações:
Assim como no caso ocorrido na Barra da Tijuca, os agressores de Galdino usaram como justificativa a desculpa que acharam se tratar de um morador de rua (mais uma vez como no caso da diarista, como se moradores de rua este tratamento violento fosse admitido).
E no caso Edson Neris da Silva, os agressores faziam parte dos "Carecas do ABC" e não skinheads.
Chega de violência, putada. Vamos viver!!!!
Depois contem como foi o ato. Se possível publiquem fotos e vídeos tbm.
ResponderExcluirfala Marcião!
ResponderExcluirNão conseguimos ir ao ato, pois tivemos outra reunião antes do cineclube que estava marcado. Porém, no sabado tivemos outro ato contra a homofobia em que eu estava presente e foi bem produtivo. Viu... dia 05 de dezembro vamos receber o Silvio Tendler no Cineclube. Anota na agenda que vai ser bom.
abração