O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Michael Moore denuncia distribuidora de "Fahrenheit 11 de Setembro"


LOS ANGELES, EUA - O cineasta Michael Moore denunciou os donos do estúdio The Weinstein Company por apropriação indevida de vários milhões de dólares gerados pelo documentário "Fahrenheit 11 de Setembro", segundo informou nesta terça-feira o "Los Angeles Times".
O conhecido diretor americano vencedor de um Oscar por "Tiros em Columbine" (2002) acusou os irmãos Harvey e Robert Weinstein de falsificarem as contas do lucro do filme e ficaram com pelo menos US$ 2,7 milhões que supostamente eram de direito dele.
O caso foi apresentado na Corte Superior de Los Angeles contra dos Weinstein e de uma entidade chamada Fellowship Adventure Group criada especificamente por eles em sociedade com Lionsgate e IFC Films para a distribuição de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Os Weinstein pagaram tudo o que deviam. O senhor Moore recebeu uma enorme quantidade de dinheiro pelo filme. Deveria envergonhar-se", assegurou o advogado dos denunciados, Bert Fields.
Moore ingressou cerca de US$ 20 milhões até o momento pela realização do documentário no qual questionava a política de George W. Bush e o ocorrido em torno dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova York.
Larry Stein, que representa os interesses de Moore, assegurou que a denúncia chegou depois que um auditor independente estudasse as contas de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Esta é a primeira vez que Michael Moore denunciou alguém em seus 20 anos de carreira como diretor. Isso deveria ser um indicativo de que é algo sério. A quantia de US$ 2,7 milhões é o que descobrimos até agora. Não me surpreenderia que a quantidade fosse muito maior", disse Stein.

Marcha contra a homofobia dia 19 de fevereiro


CineMulher exibe "A Bela da Tarde", de Luis Buñuel


A primeira exibição do CineMulher em 2011 é um clássico de Buñuel.  É com este clássico que o CineMulher inicia as exibições em 2011. 

Nossa convidada é Marisabel Lessi Mello (Bel Mello). Ativista do movimento de mulheres atua na formação feminista de militantes. Pedagoga e funcionária pública municipal coordena o Programa de Fomento ao Teatro da Secretaria Municipal de Cultura.

Quando: 12/02/2011
Horário: 18h30
Local: Centro Cineclubista – Rua Augusta, 1239 – salas 13/14
Atividade gratuita

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Hoje na TV cultura: Karsh: Fotografia e História (Joseph Hillel / 2009 / Canadá)

O filme ilustra os múltiplos significados que pessoas comuns, como também críticos, curadores e filósofos, atribuem a fotógrafos retratistas – e através do prisma desses significados, retrata a carreira singular de Yousuf Karsh, o maior dos criadores de mitos. Karsh, um imigrante, foi um fotógrafo comercial que se tornou o mundialmente famoso “Karsh de Ottawa”. Desde muito cedo, seu status começou a alcançar tal aceitação universal que suas fotos elevavam os modelos ao Panteão da Hagiologia Secular. Ser “Karshed” era sinônimo de ter atingido o auge da realização mundana. Durante as seis décadas de sua carreira, os 15.312 retratos que fez constituem, sem dúvida alguma, a galeria de retratos das figuras mais famosas do século 20, o que o coloca entre os maiores fotógrafos desse século

Segunda, 7 de fevereiro, às 23h30
(Joseph Hillel / 2009 / Canadá)

Podcast - Debate após a exibição do filme "Mooladé", no Cineclube Cinefusão

Disponibilizamos, abaixo, a íntegra do último debate realizado no Cineclube Cinefusão, após a exibição do filme "Moolaadé". Para centralizar a discussão, contamos com a presença de Oubí Inaê Kibuko, fotógrafo, formando em audiovisual pela ELCV e organizador do Cineclube Afro Sembene.
Disponibilizamos o arquivo para download também, no link: Podcast

Formidável apropriação e desconstrução do pornô

Animação feita por cima de filmes pornôs antigos, formidável, e de certa forma, mais um experimento de caráter da cultura pop com o lixo da indústria 'cultural'.


Curta-metragem: Dirty Night Clowns


Flores horizontais

Música de José Miguel Wisnik sobre poema de Oswald de Andrade. 

Essa música tem sido usada em uma cena nos nossos ensaios, na cia antropofágica, que estamos tralhando na trilogia sobre o Brasil, passamos pela colônia, sendo agora o império. 

Incrível poema de de Oswald e intepretação belíssima da Elza Soares.


Mais sobre a cia antropofágica: www.pyndorama.com

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Cineastas divulgam manifesto em Tiradentes

Um grupo de aproximadamente 50 realizadores, produtores e pesquisadores reunidos em Tiradentes lançaram um manifesto em prol do fomento à produção cinematográfica, através de política pública estimulante e que valorize a diversidade e a inclusão dos múltiplos Brasis. Segue, abaixo a carta.

CARTA
 DE 
TIRADENTES

Amanhece um novo tempo no horizonte. Novas paisagens, novas questões, novos agentes, novas imagens e sons se multiplicam por todas as regiões do país, refletindo a imensa diversidade cultural do Brasil. 

A construção de políticas públicas inclusivas, descentralizadas e transparentes – aliadas às facilidades trazidas pelas novas tecnologias de produção audiovisual – favoreceram o surgimento dessa nova realidade do cinema brasileiro. Moradores de municípios de menos de 20 mil habitantes passaram a fazer filmes através do programa Revelando os Brasis. Estivemos nas telas dos grandes festivais do mundo. Um filme brasileiro liderou as bilheterias e bateu recorde de público. Todas as vitórias pertencem ao conjunto da atividade cinematográfica e às iniciativas do poder público. Entretanto, é preciso reconhecer que, apesar das elevadas somas investidas através de políticas de renúncia fiscal, a indústria cinematográfica nacional ainda não conquistou sua independência do fomento público; que a maior parte desses recursos continuam concentrados nas mãos de poucos agentes; que nossa presença no mercado internacional é tímida frente ao potencial do setor e aos montantes investidos. 

Sabemos do lugar estratégico do cinema para o futuro do país e para sua afirmação como nação soberana. As palavras da presidenta Dilma Rousseff em seu discurso de posse apontam para esse avanço: “o caminho para uma nação desenvolvida não está somente no campo econômico ou no campo do desenvolvimento econômico pura e simplesmente. Ele pressupõe o avanço social e a valorização da nossa imensa diversidade cultural. A cultura é a alma de um povo, essência de sua identidade. Vamos investir em cultura, ampliando a produção e o consumo de nossos bens culturais em todas as regiões e expandindo a exportação de nossa música, cinema e literatura, signos vivos de nossa presença no mundo.” 

O Brasil resolveu, afinal, trilhar um caminho original e independente de desenvolvimento e soberania – um caminho fundado no crescimento econômico com distribuição de renda e inclusão social. O Brasil vive um momento histórico de ampliação de cidadania e participação democrática. Setores até então excluídos ganharam imagem e voz na cena política, tornando-se protagonista de importantes mudanças na realidade social. No campo do audiovisual, surgiram novos realizadores, muitos produzindo de forma absolutamente independente. A produção cinematográfica brasileira nunca foi tão diversa e plural como hoje. A maior parte desses filmes, no entanto, e apesar da enorme atenção que vem recebendo de prestigiados espaços da atividade cinematográfica no Brasil e no mundo – como os festivais de Tiradentes, Brasília, Cannes, Berlim, Veneza, Locarno e Rotterdam –, permanece alijada dos grandes lançamentos e das salas do circuito comercial. Felizmente, com o digital e uma gigantesca pulverização das formas de acesso aos filmes, essas obras ganharam muitas outras maneiras de existir fora do grande circuito de exibição convencional. Elas estão nos festivais, mostras, cineclubes, salas de aula, computadores, camelôs – em lugares que nem salas de cinema possuem (afinal, apenas 8% dos municípios brasileiros possuem salas de exibição). Este cinema, agora, precisa ser entendido em sua importância democratizante e simbólica. É urgente ultrapassar o bloqueio imposto por estruturas historicamente consagradas à manutenção de privilégios no acesso à produção e ao consumo dos bens culturais. Estes novos filmes já funcionam como farol da nossa cultura no intercâmbio simbólico entre os povos. Eles afirmam nosso lugar no mundo. Compreendem novos modelos de produção – muitas vezes, mais baratos. São filmes inovadores que não podem mais ser ignorados. 

É chegada a hora de questionar privilégios cristalizados e de se criar mecanismos de inclusão para que a novidade, a invenção, novos agentes e novas paisagens possam emergir no cenário audiovisual nacional. É hora de pensar a cadeia da produção e consumo cinematográficos em seu conjunto, de entender a rede de relações e a interdependência entre os diversos formatos audiovisuais. Não há como pensar o mercado cinematográfico apostando na falsa contradição entre um cinema dito comercial e outro de vocação autoral. Parte das reconhecidas dificuldades enfrentadas atualmente pela indústria audiovisual brasileira têm sua origem em dicotomias artificiais como essa. 

Queremos uma política pública que reconheça os novos modelos de produção, que distribua melhor os recursos já existentes de modo a ampliar o escopo do fomento, que desenvolva políticas efetivas de distribuição e exibição, que avance na estruturação comercial do setor, na democratização da produção e do consumo dos bens culturais, e que aposte no cinema como janela privilegiada para o desenvolvimento e a soberania. Para isso, propomos as seguintes ações: 

1) Criar linhas específicas de fomento para formatos de produção que primem pela inovação técnica e artística, com orçamentos de menor porte. Que estas linhas específicas, já sinalizadas pelos Editais de Baixo Orçamento da Secretaria do Audiovisual, possam também ser aplicadas de maneira comprometida e responsável em outras ações de fomento como o Fundo Setorial do Audiovisual e as políticas de fomento direto da ANCINE para empresas de produção, distribuição e exibição, como forma de estimular e testar alternativas para a estruturação comercial do setor. 

2) Desenvolver uma política de fomento específica para a distribuição e exibição de filmes de baixo orçamento, incentivando a estruturação comercial de empresas distribuidoras que se dediquem a este segmento. É preciso fazer experiências de mercado com estes filmes sem subestimar seu potencial comercial. Fortalecer o circuito alternativo de cineclubes como o Cine Mais Cultura e apostar em programas de expansão do parque exibidor como o Cinema Perto de Você. Investir na comercialização dessa produção é uma maneira de formar novas platéias com filmes que têm recebido grande atenção dos principais festivais de cinema do Brasil e do mundo. 

3) Valorizar e ampliar as instâncias formuladoras de políticas para o setor, que reconheçam a pluralidade dos modos de produção e contemplem uma maior representatividade de todos os agentes. 

4) Fortalecer e equipar os espaços de produção inclusiva e democrática, dos Pontos de Cultura aos CTAv’s. Acreditamos na necessidade urgente de fazer do CTAv um grande espaço para a profissionalização da finalização que agregue valor e diminua custos para conteúdos realizados à margem das principais políticas de fomento. 

5) Construir uma política unificada e ousada de internacionalização de nossa produção, que aproveite as boas experiências dos programas de apoio da ANCINE, da SAV e do MRE, articulando um conjunto de ações para consolidar a presença internacional de nosso cinema de modo planejado e integrado, desde o desenvolvimento dos projetos – com o incremento dos acordos de co-produção – até o posicionamento do filme no mercado mundial. 

Ainda em seu discurso de posse, nossa presidenta lembrou o escritor Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Coragem para reconhecer que existem alternativas já em curso, cuja viabilidade muitas vezes se dá à margem das principais políticas de fomento, e que, apesar disso, encontram seu espaço nos grandes eventos internacionais e conquistam seu público. Coragem para assumir a necessidade de distribuir de forma conseqüente os recursos do setor, permitindo ampliar o número de agentes. Coragem para encarar os privilégios e não se deixar seduzir por suas promessas historicamente não cumpridas. Coragem para promover a inclusão e valorizar a diferença. Coragem para saber que aqui a produção mais plural e independente está regulada por uma agência nacional e que o grande capital privado opera sem uma política séria, integrada e socialmente construída de regulação, como é o caso da TV e da publicidade. Coragem para saber que o caminho é longo, mas passos importantes já foram dados. Coragem como quer o Brasil e requer seus Brasis. 

Sergio Borges (realizador - MG), Felipe Bragança (realizador - RJ), Gabriel Mascaro (realizador - PE), Bruno Safadi (realizador - RJ), Ricardo Targino (realizador - MG), Eryk Rocha (realizador - RJ), Tiago Mata Machado (realizador - MG), Maya Da-Rin (realizadora - RJ), Marília Rocha (realizadora - MG), Marina Meliande (realizadora - RJ), Pedro Urano (realizador e diretor de fotografia - RJ), Pablo Lobato (realizador - MG), Clarissa Campolina (realizadora - MG), Helvécio Marins Jr. (realizador - MG), Gustavo Spolidoro (realizador - RS), Eduardo Valente (realizador, crítico e curador - RJ), Flávia Castro (realizadora - RJ), Renata Pinheiro (realizadora e diretora de arte - PE), Hilton Lacerda (realizador e roteirista - PE), Ricardo Pretti (realizador e montador - CE), Fellipe Barbosa (realizador e roteirista - RJ), Leonardo Barcellos (realizador - MG), Ricardo Alves Junior (realizador - MG), Lara Frigotto (produtora - RJ), Sergio Oliveira (realizador e roteirista - PE), Alê Castañeda (produtora - RJ), Marcelo Pedroso (realizador - PE), Karen Black (realizadora e cineclubista – RJ), Evandro Dunoyer (realizador - PE), Felipe Peres Calheiros (realizador - PE), Marcelo Ikeda (realizador e crítico - CE), Andrea Capella (realizadora e diretora de fotografia - RJ), Gustavo Beck (realizador - RJ), Silvia Cruz (distribuidora - SP), Allan Ribeiro (realizador - RJ), Douglas Soares (realizador - RJ), Carol Durão (realizadora - RJ), Lis Kogan (curadora - RJ), Ângelo Defanti (realizador e produtor – RJ), Francis Vogner dos Reis (crítico - SP), Marcelo Caetano (realizador - SP), Marcelo Toledo (realizador - SP), Paolo Gregori (realizador - SP), Andre Brasil (professor e pesquisador – MG), Patricia Moran (realizadora, pesquisadora e professora - MG), Marina Fraga (realizadora – RJ), Zeca Ferreira (realizador - RJ), Alonso Pafyeze (realizador e diretor de arte – MG), Sergio Jose de Andrade (realizador – AM), Juliano Dornelles (realizador – PE), Eduardo Raccah (agente de vendas internacional – RJ), Emilie Lesclaux (produtora – PE), Ava Rocha (realizadora e montadora – RJ), Frederico Benevides (realizador e montador – CE), Luiz Pretti (realizador – CE), Daniel Queiroz (curador – MG), Claudio Marques (realizador – BA), Marília Hughes (realizadora – BA), Eva Randolph (realizadora e montadora – RJ), Dellani Lima (realizador – MG), Gustavo Pizzi (realizador – RJ), Cavi Borges (realizador – RJ), Leonardo Sette (realizador – PE), Ivo Lopes Araujo (realizador e diretor de fotografia – CE), , Philipi Bandeira (realizador – CE), Guilherme Withaker (produtor – RJ), Alisson Ávila (produtor - RS), Jaqueline Beltrame (produtor – RS), Morgana Rissinger (produtor – RS), Ramiro Azevedo (produtor – RS), Débora Butruce (cineclubista e preservadora audiovisual), Gabriela Amaral Almeida (realizadora - BA), Michael Wahrmann (realizador – SP), Heloísa Passos (realizadora e diretora de fotografia – PR), Maria Leite Chiaretti (curadora – MG), Mateus Araújo Silva (curador e pesquisador – MG), João Dumans (curador e pesquisador – MG), Beto Magalhães (produtor – MG), Noa Bressane (realizadora – RJ), Matheus Rocha (realizador e diretor de fotografia – BA), André Lavaquial (realizador – RJ), Andre Novais (realizador – MG), Maurílio Martins (realizador – MG), Gabriel Martins (realizador – MG), Paula Gaitán (realizadora – RJ), Daniel Lisboa (realizador – BA), Fabiano de Souza (realizador – RS), Abelardo de Carvalho (realizador – RJ), Leo Jesus (realizador – RJ), Gustavo Melo (realizador – RJ), Luciano Vidigal (realizador – MG), Paulo Silva (realizador – RJ), Julio Pecly (realizador – RJ), Pedro Rossi (realizador – RJ), Pedro Asbeg (realizador – RJ), Sabrina Rosa (realizadora – RJ), Milton do Prado (produtor – RS), Karen Akerman (realizadora e montadora – RJ), Carla Maia (produtora – MG), Guto Parente (realizador – CE), Pedro Diógenes (realizador – CE), Max Eluard (realizador), Anna Azevedo (realizadora – RJ), Tião (realizador – PE), Marcelo Lordello (realizador – PE), Consuelo Lins (realizadora, professora e pesquisadora – RJ), Cezar Migliorin (realizador, professor e pesquisador – RJ), Ivana Bentes (professora e pesquisadora – RJ), João Junior (produtor – PE), Vania Catani (produtora), Karim Aïnouz (realizador – CE). 

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Curta-metragem de Berthold Brecht e Erich Engel - Os mistérios de uma barbearia

Subi hoje esse filme no youtube, que é um curta metragem bastante raro, e acredito que uma das poucas coisas que Brecht fez diretamente para o cinema.







Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Sua praxis é uma síntese dos experimentos teatrais de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos 1917-1926. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista. (Wikipédia)

THAT's LIFE from Martin Andersen

Encontrei esse curta no blog dos caras do "Anão em Chamas".


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Manu Chao no Centro Cultural da Juventude


A Mulher Palestina e a Ocupação


Curta do Coletivo Cinefusão: "Antes que o amor se vá"

Esse foi  um dos primeiros curtas do coletivo, dirigido, também pela 1º vez, e roteirizado por mim (Danilo Santos), junto com o 'Cerol' que foi para Brasilia em 2009, que o Bruno Mello Castanho foi o diretor.

É um curta, que apesar de sempre encontrarmos coisas que poderiam ser melhores ou simplesmente diferentes, tenho muito carinho e representou muito para nós, nossa formação enquanto indivíduos e coletivo.


O filme passou por duas montagens, uma que foi numa escola de cinema, por um colega e depois remontamos com o segunda telecine.


Todas as pessoas foram primordiais para esse processo e o filme, sem hipocrisia, é delas como verão no final. Digo isso, porque eu queria escrever aqui todo mundo que participou, mas fico com medo de cometer a cagada de esquecer alguém, e isso não me perdoaria, então confira os créditos!rs

Espero que possamos falar mais sobre o filme.


Ato em apoio à revolução no Egito em São Paulo nesta sexta-feira


A Frente em Defesa do Povo Palestino, que reúne mais de 50 instituições, entre centrais sindicais, movimentos sociais e entidades árabes-brasileiras e islâmicas, além de indivíduos solidários à causa, realiza na próxima sexta-feira (4/2) ato em apoio ao movimento popular no Egito contra a ditadura Mubarak e a favor da autodeterminação dos povos. A concentração será em frente ao Shopping 25 de Março a partir das 16h30 para saída em passeata pelas ruas do centro de São Paulo.

Além da manifestação, a Frente em Defesa do Povo Palestino entregará carta no Escritório Regional do Egito, na Capital, apresentando sua posição. O documento deverá ser entregue por uma comitiva formada por representantes de diversas organizações amanhã, dia 3/2.

A onda de protestos que teve início na Tunísia – conhecida como a Revolução do Jasmim, que culminou com a queda do ditador naquele país – se estendeu ao Egito e evidencia o esgotamento dos regimes autoritários ali e em outros destinos da região. Os EUA e Israel buscam como saída para o imbróglio que se formou uma transição denominada pacífica e moderada para uma “democracia” em que os povos do Egito e da Tunísia continuem sofrendo os horrores impostos por uma situação de total submissão aos interesses do império. Como parte dessa estratégia, Mubarak anunciou que não continuará no governo após a realização de eleições em setembro próximo, mas não admite deixar o poder antes disso. Ao que a população, cansada de exércitos nas ruas, prisões, desaparecimentos e outras arbitrariedades, diz não. Sua exigência é de uma mudança radical imediata. Nesse sentido, as manifestações do povo no Egito cumprem papel crucial na emancipação e au todeterminação dos povos do Oriente Médio. E o sentimento crescente é que a solução para seus problemas imediatos passa necessariamente pelo rompimento com o imperialismo. As iniciativas em São Paulo vêm se somar a esse movimento, pelo fim da tirania, por democracia e liberdade.

Serviço
Ato público em apoio à revolução no Egito
Quando: sexta-feira, dia 4/2
Onde: concentração em frente ao Shopping 25 de Março, com saída em passeata pelas ruas do centro
Horas: a partir das 16h30

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Esporte no cinema



Esporte faz Mágica.

Esse é o nome da Mostra de Cinema que o Sesc Interlagos organizou para o mês de fevereiro. Com quatro filmes, a programação pretende mostrar como o esporte é capaz de transformar as pessoas , conferindo-lhes, por exemplo disciplina, autoconhecimento e sociabilização.

Filmes:

Boleiros, era uma vez o futebol
Ugo Giorgetti, 1998 – 97 minutos.
A nostalgia de um grupo de ex-jogadores de futebol costura as diversas histórias do filme, que relembram as alegrias e tristezas que eles passaram enquanto atuavam profissionalmente.

Dias 6 e 20 de fevereiro, às 16h.

Barbosa
Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, 1988 – 13 minutos.
Testemunha da final da Copa do Mundo de 1950, um homem volta no tempo para tentar impedir o gol que derrotou a seleção brasileira e marcou para sempre a carreira do goleiro Barbosa.

Dia 13 de fevereiro, às 16h.
Mauro Shampoo – Jogador, Cabelereiro e Homem
Paulo Henrique Fontenelle e Leonardo Cunha Lima, 2006 -, 22 minutos.
Perfil do folclórico Mauro Shampoo, ex-jogador do Íbis Sport Club. Enquanto atuava como profissional, Mauro mantinha a atividade de cabelereiro, seu real sustento, tornando-se uma celebridade em Recife, sua cidade natal. Teatro.

Dia 13 de fevereiro, às 16h.

O Corintiano
Milton Amaral, 1966 – 98 minutos.
Manuel, interpretado por Mazzaropi, é um fanático torcedor corintiano, que se mete em diversas confusões em nome do seu time de coração. Este clássico do cinema brasileiro é até hoje lembrado como uma comédia para todas as torcidas. Teatro.

Dia 27 de fevereiro, às 16h.

Sesc Interlagos
Endereço: Avenida Manuel Alves Soares, 1100, Parque Colonial- São Paulo (SP)
Telefone: (11) 5662-9500

Cidade em caos - PM atira bombas de efeito moral contra população dentro de Metrô em São Paulo

A polícia está para proteger quem?





terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ousmane sembène (1923-2007)

belo texto emprestado do blog do amigo Fábio Camarneiro: Retrovisor

Em 30 de janeiro de 2011, o coletivo Cinefusão exibiu Moolaadé, último filme do diretor senegalês Ousmane Sembène, conhecido como o "pai do cinema africano".

Ousmane Sembène

Aproveitando o impacto do filme, reunimos uma série de materiais de referência sobre Sembène.

Uma extensa bibliografia sobre o diretor e sobre cinema africano está disponível no site do British Film Institute (em pdf):


  • No Brasil, dentro da coleção "Autores africanos", da editora Ática, foi lançado A ordem de pagamento & Branca gênese (1984), tradução de Jayme Villa-Lobos para dois títulos de Sembène: Le mandat, e Vehi-ciosane ou Blanche Genèse.
Em outros idiomas, existem alguns títulos de interesse:

  • Há um volume dedicado ao diretor na "Conversations with filmmakers series", coleção da Mississippi University Press que reúne entrevistas com grandes cineastas: Ousmane Sembène: interviews. A introdução do livro, de autoria dos editores Annett Busch e Max Annas, pode ser lida aqui (em inglês). Vários trechos do livro podem ser visualizados no Google books:




Capítulos de livros



  • Na edição 304 da Cahiers du cinéma (outubro de 1979, p. 53), o crítico Serge Daney publicou uma crítica sobre Ceddo(1977). O texto foi republicado em A rampa (Cosac Naify, 2007), com visualização disponível no Google books. Uma versão em inglês pode ser encontrada aqui.


  • Artigos em periódicos



    Artigos online


    Obituários
    Entrevistas
    • Uma das últimas entrevistas de Sembène, realizada menos de um ano antes de sua morte, pode ser lida noCinéAfrique.org (em francês).
    • Uma entrevista em áudio com Sembène, realizada em outubro de 2004 no programa de Leonard Lopate, e originalmente publicada aqui, pode ser ouvida abaixo:



    Texto e Pesquisa de Fabio Camarneiro

    Debate - Cinema Novo



    O professor Ismail Xavier e a atriz Helena Ignez discutem o principal movimento estético da história do cinema brasileiro. Mediação: Leandro Saraiva. Duração: 2h. Sala de Espetáculos II.


    SESC Belenzinho
    Dia(s) 23/02
    Quarta, às 20h.

    Rua Padre Adelino, 1.000 - Belenzinho - São Paulo - SP
    Telefone: 11 2076-9700

    Grátis
    Retirada de ingressos no local com uma hora de antecedência.

    http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=187287

    Documentário: Manifesto Glauber