O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

"Se a vida por um momento se torna arte, o mundo muda e mudar o mundo é a grande utopia"

Amanhã, estaremos na cinemateca exibindo 9 fimes.

Mais do que uma mostra do nosso coletivo cinefusão, é importante que ocupemos aquele espaço, afim de retormar o debate de um cinema, de uma arte, vista por outra via. Em suma, de uma arte de verdadeiro caráter público.
Sabemos bem sobre o como a arte sempre foi e sempre será um trabalho improdutivo na sociedade capitalista. Falo de uma arte que se propõe quase de forma suicida de ser um contraponto à medíocre vida que temos, que nos faz destruirmo-nos um pouco a cada dia.
Falo de uma arte que insiste em mostrar que (sim!) o mundo pode ser visto por outra via, e como escreveu Abreu*, "Se a vida por um momento se torna arte, o mundo muda e mudar o mundo é a grande utopia".
Acima de tudo convocamos a todos para mais uma pequena ocupação de um espaço tão importante e, onde, devemos mostrar que podemos e queremos estar.
Trata-se de mais uma batalha pelo simbólico, que assim como todos os outros planos da cultura, de nossas vidas, foram brutalmente tomados, tranformados, vendidos e classificados.
Mais do que tudo, convocamos  todos  a discutir, a ocupar, a usufruir daquilo que nunca deveria ter deixado de ser público.
 

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