O Coletivo Cinefusão surge, no final de 2008, a partir da iniciativa de trabalhadores de diversas áreas - cinema, jornalismo, publicidade, artes cênicas, filosofia, arquitetura, fotografia -, empenhados em criar primeiramente uma rede colaborativa que pudesse dar conta da junção dessas linguagens e também da possibilidade de abarcar potencialidades em busca de produção artística independente, mas também de reflexões concretas acerca da sociedade. É principalmente sobre este último pilar de atuação política, que o grupo vem, atualmente, pensando o cinema, sempre vinculado a outras expressões artísticas e movimentos sociais.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filme mineiro foi o vencedor da Mostra de Cinema de Tiradentes

Fonte: Canal Brasil
Link da fonte original: http://colunas.canalbrasil.globo.com/platb/cinejornal/2011/01/31/vencedor-mostra-tiradentes/

Trechos da gravação do Filme "Os Residentes" de Tiago Mata Machado.

Performance do grupo Em Dias de Surto & amigos.
Belo Horizonte, Brasil, 2009.



Vencedores

A 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibiu 134 filmes nacionais. Foram 48 sessões de cinema gratuitas durante nove dias. Os doze debates, abertos ao público, foram muito disputados. Os cineastas José Joffily, Geraldo Sarno e Cacá Diegues participaram do “Vozes da Experiência” e levantaram questões sobre o comprometimentos dos jovens com as políticas de produção audiovisual no país.

Foi a primeira vez que Geraldo e Cacá participaram do evento. Ambos elogiaram a Mostra que tem a coordenação geral assinada por Raquel Hallak d’Angelo.

No último dia, realizadores, produtores e pesquisadores de cinema se reuniram em Tiradentes para lançar um manifesto em prol do fomento à produção cinematográfica. Os atores Irandhir Santos e João Miguel leram a carta.

À noite, antes da entrega do Troféu Barroco, foram exibidos dois longas dirigidos por cineastas mineiros: Ex-isto, de Cao Guimarães, é uma  adaptação livre da obra Catatau, de Paulo Leminski e estrelado pelo ator João Miguel – elogiado pelo público de várias idades por sua atuação.

O diretor de O Céu sobre os ombros, Sérgio Borges, convidou todos os que trabalharam na equipe e elenco para subir ao palco. Entre eles, a  transexual Everlyn Barbin, professora  universitária em Minas Gerais que aparece em cenas de intimidade no filme.

Sete longas, cinco documentários e dois de ficção, concorreram ao prêmio da Mostra Aurora, dedicada a diretores de longas em início de carreira.

“Nunca acreditei que fosse virar um garoto Aurora” – disse,  surpreso, Tiago Mata Machado,  diretor do filme  Os Residentes,  ao subir ao palco pela segunda vez  na cerimônia de encerramento da 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

A cena foi assistida por um público de cerca de mil pessoas.

- “ Dois prêmios é demais para mim” , comemorou   Tiago.

O  filme “Os Residentes” foi o melhor, por unanimidade, tanto para o Júri da Crítica quanto para o Júri Jovem: “Por ser um cinema provocativo e esteticamente ambicioso que interpela o espectador a questionar certos parâmetros da arte contemporânea” – justificou o Júri da Crítica.

O curta Vó Maria,  de Tomás Von der Osten, ganhou na categoria “Melhor curta da Mostra Foco” eleito pelo Júri da Crítica”.

“Traz outro amigo também”, de Fernando Cabral, levou dois prêmios, o de melhor curta eleito pelo Júri Popular e o Prêmio Aquisição Canal Brasil (15 mil reais). O filme conta a história de um detetive contratado por um homem para encontrar seu amigo de infância. Como o cineasta  Fernando Cabral não pode comparecer à cerimônia de encerramento, Eduardo Valente, um dos curadores da Mostra Tiradentes, recebeu os dois  troféus.

- “Com esse dinheiro vai dar para fazer uns dois curtas”, brincou Valente ao subir ao palco.

O documentário Solidão e Fé, de Tatiana Lohmann, foi o melhor filme para o Júri Popular. O filme mostra o olhar feminino sobre o universo masculino do rodeio e foi exibido dentro da Mostra Vertentes.

Em 2012, a Mostra vai comemorar o aniversário de 15 anos.
Veja a cobertura completa no Cinejornal, sábado, às 20:30h.

Reportagem: Bernadete Duarte

Pedra Branca - Centro Cultural São Paulo

O grupo desenvolve seu trabalho com a fusão de música eletrônica dentro de vertentes musicais como trip hop, downbeat, ambient, ao world music, jazz fusion, música asiática e brasileira. Junto a isso incorporando expressões multimídias com projeções visuais, danças e performances.

Esta apresentação inclui performance da dançarina Laíz Latenek.

http://www.pedrabranca.mus.br/

*Foto: Henry Lopes.


Sábado, às 19h; domingo, às 18h
Ingressos: R$15,00 (retirada de ingressos: duas horas antes de cada sessão) - Sala Adoniran Barbosa (631 lugares) - Centro Cultural São Paulo - Metrô Estação Vergueiro.

domingo, 30 de janeiro de 2011

ARTE COMO FERRAMENTA POLÍTICA: COMO TRANSFORMAR A REALIDADE ATRAVÉS DA ARTE? (CCJ)

O encontro integra o ciclo de debates “O Outro ao Lado”, programação organizada pela equipe de monitoria do CCJ como atividade do Programa Jovem Monitor. Os debates do ciclo proprõem a reunirão de artistas com origens, produções e tempo de atuação bastante distintos, em conversas comuns, buscando assim uma discussão aprofundada sobre as relações centro e periferia, instituições e produção cultural independente, o reconhecido e o anônimo.

Com: Mônica Nador, artista plástica e criadora do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube); Cibele Lucena, artista visual, educadora e integrante dos coletivos Contrafilé, Frente 3 de Fevereiro e Política do Impossível; e Vermelho Queimado, artista plástico e grafiteiro. Mediação: Bruno Perê, artivista visual.

Dia 12/02, sábado, 16h. Espaço Sarau.Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso – São Paulo/SP
Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte. (ao lado do terminal Cachoeirinha)



A artista explora a prática da arte pública há 15 anos. Partindo da linguagem da pintura, ela expandiu tal linguagem da tela para o entorno: instrumentos musicais, ícones folclóricos, objetos do cotidiano afetivo das casas simples, motivos florais ou geométricos são transportados para fachadas de casas simples, espaços degradados pelo esgarçamento urbano, lugares distantes do suposto bom gosto das classes sociais abastadas. No Brasil, coordena o JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube – espaço comunitário de experimentação cultural e artística, localizado num bairro periférico de São Paulo, que funciona como um estúdio coletivo envolvendo crianças e adultos por meio das práticas artísticas.

http://www.flickr.com/photos/monicanador



Mercadorias e Futuro - José Paes de Lira (Lirovsky)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Praia da Estação - Protesto. (2009)

Protesto da população belorizontina sobre o Decreto n 13.798 de Dezembro de 2009 que proibe "eventos de qualquer natureza" na praça, que diga-se de passagem foi reformada para ter este carater, de receber eventos de grande porte, como o Forum Social Mineiro e diversos outros, gratuitos e ao ar livre.

Com voces a vóz de quem frequenta estes locais, o povo.

*Nelson Pombo - Belo horizonte (MG)

 
 
Aconteceu lá e agora aqui em São Paulo, a rua é nossa!

Termina amanhã a exposição de Georg Baselitz na pinacoteca.


A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição Georg Baselitz: Pinturas Recentes. Pela primeira vez, será apresentado na America do Sul um conjunto de 30 pinturas realizadas nos últimos 12 anos, período em que o artista revisita os temas centrais de sua obra, dando-lhes uma nova face. Acompanhando e reagindo à dinâmica cultural contemporânea, sua pintura se tornou mais lírica, mais rápida e fluída, ao mesmo tempo mais ácida e mais irônica. "Remix"; assim Baselitz denominou este projeto assumindo de maneira critica e pessoal esse conceito difundido em outras esferas da cultura de massa. Através das obras dessa última década, o pintor parte em revisita aos seus temas, suas obsessões, sua trajetória existencial e artística, iniciando uma nova fase.

Até amanhã, dia 30 de janeiro(2011), na pinacoteca, em São Paulo.

Pinacoteca do Estado de São Paulo:
Praça da Luz, 2 São Paulo, SP - Tel. 55 11 3324-1000
Estação Pinacoteca:
Largo General Osório, 66 São Paulo, SP - Tel. 55 11 3335-4990
Memorial da Resistência de São Paulo:
Largo General Osório, 66 São Paulo, SP - Tel. 55 11 3335-4990

Mais informações:  
http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?c=exposicoes&idexp=342&mn=100





Cheia de Manha - Móveis Coloniais de Acaju



Bicho pegando no Oriente Médio, Catástrofe no Rio de Janeiro e São Paulo por conta das chuvas, mas segundo a veja isso é problema pequeno, Veja a capa do mês


EfterKlang - Illuminant

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Rebelar-se é permitido e o estado garante isso. 27/01/2011 Manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus

Fotos de Danilo Santos - Coletivo Cinefusão


Gostaria de deixar uma coisa clara sobre o post: talvez, por deficiência minha, de propor um texto irônico, talvez dialético, tenha deixado abertas contradições das quais não eram minha intenção deixar, sequer, subentendido. Como por exemplo a suposta crítica ao movimento passe livre, que são os principais motivadores dessas manifestações. Dessa forma gostaria de deixar claro que se alguém fez essa associação, peço desculpas pela minha incompetência ao fazer o texto, não faria sentido criticar este coletivo, já que, na minha visão, são eles que buscaram e continuam buscando força para que os atos aconteçam e tenho certeza que são eles que estarão em situações similares - falo no sentido de organização, claro que não desconsidero as centenas de pessoas que estão nas ruas lutando - quando forem necessárias, assim como tenho acompanhado há tempos. É fácil para muitos  que não participaram da concepção e do ato em si, criticarem este coletivo, e é por isso que queria deixar claro que entendo o passe livre como um movimento integro, fiel e coerente ao seus princípios mas que acima de tudo luta por aqueles que estão a sua volta e por isso muitas vezes devem recorrer a ações e formas que são referentes a muitas outras pessoas que também lutam pela causa mas não compartilham dos ideais. Como é o exemplo de negociações e etc. das quais, acredito não serem vontades do grupo, mas uma necessidade que vem de outros grupos de pessoas presentes nas ações, nesse caso contra o aumento.

Peço desculpas se em algum momento resvalei numa crítica ao movimento, ao contrário, enquanto tiver pessoas assim, são essas que quero ajudar, ser ajudado, estar ao lado e disseminar.



Segue o post original:


A manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, hoje, em São Paulo, contou com cerca de mil pessoas e foi do teatro municipal até a camara municipal.

Apesar da força dos cidadãos-manifestantes, e de não ter acontecido repressão por parte da polícia, ficou claro, ainda sim, e infelizmente, - e que não é nenhuma novidade - que 'rebelar-se é permitido', e sim nosso prefeito nos permite isso - sim, estou sendo irônico. 

Me impressionou, negativamente,o 'apoio' policial à manifestação, já que outrora esses tão simpáticos defensores da ordem não eram lá tão cordiais - mas no final das contas é a função deles: responder aos estímulos superiores, bom, deixemos a complexa definição de polícia para outra hora. 



Enquanto nos mantemos como uma massa amorfa, e nos permitimos não ser radicais, não modificamos o iníquo cotidiano  empurrado por nossa garganta. 

Logo, para os poderosos e seus cães de guarda, uma passeata, guiada e negociada pelos mesmos, de algumas centenas de cidadãos, pode, daqui há um tempo, se tornar uma espécie de data comemorativa.


Mais fotos da manifestação:






  

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

o que é arte? e quanto custa?

Assisti "Exit trough the Gift Shop" e "Lixo Extraordinário" respectivamente na Mostra Internacional de SP e no Amazonas Film Festival. Dois documentários que lidam com o papel da arte na existência contemporânea e seu valor de troca.

O primeiro, do artista de rua Banksy, é desconcertante porque lida tematicamente com a consagração do artístico a partir de elementos fugazes, banais, tênues e frágeis, ridicularizando a crítica especializada e o milionário comércio das obras de arte, além de fraudar explicitamente as estruturas canônicas e dramatúrgicas do documentário. Em abril em Los Angeles, quando fui assistir ao ótimo filme argentino, ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro, "El segreto de tus Ojos", na entrada do cinema, ganhei uns posters assinados por Mr. Brainwash. Só depois vendo o filme de Bansky relacionei o artista dos posters com o personagem desse filme. E minha dúvida é se a distribuição de posters fez parte da criação do documentário, elaborando um fato após o lançamento do filme sobre o "pseudo" artista que subverte os canônes da arte, da arte de rua e do documentário clássico.

Já "Lixo Extraordinário" me pegou porque, na abertura do filme, coloca em situação artificial dois brasileiros falando em inglês sobre um lixão no RJ. O começo do filme se constrói como uma interpretação canastrona para a câmera sobre o trabalho que eles querem desenvolver com catadores de material reciclado. É irritante. Mas à medida em que Vik Muniz se envolve com os catadores, a artificialidade dá lugar a momentos pungentes e viscerais. Os catadores são fotografados e daí recompostos por eles mesmos em retratos-montagens com objetos coletados no lixão. A abertura da novela "Passione" popularizou o resultado desse procedimento estético.  Uma das obras de arte vai para um leilão em Londres e é vendida por 100 mil reais; o dinheiro é revertido para a associação de catadores. Diante da recusa de uma catadora-artista em querer voltar para o lixão, no meio do filme, os condutores desse processo se perguntam sobre o efeito do que eles estão fazendo na vida dessas pessoas. Elas suportarão voltar para suas vidas ordinárias? O documentário termina como se fosse um filme "baseado em histórias reais".

O que me animou no filme, e o que me dá esperança, é pensar na arte com seu poder transformador de perspectivas e de realidades. Pra mim, como espectador que misturo o lixo por falta de coleta seletiva em SP, me reeducou a fazer uma separação dos lixos, mesmo que a coleta seletiva não funcione, o lixo pode chegar de outro jeito para quem ainda precisa viver dele nesse país desigual. O filme me joga pra dentro de uma realidade que não conhecia, e com a qual não me importava tanto, indiferente no meu universo "pequeno burguês". Me faz estremecer com essa injunção de fazer piada e de estar sempre rindo, que nos entretece como identidade nacional. O filme mostra como se desconstrói o paternalismo dos artistas que catam catadores para fazer sua boa ação social: eles são muito mais ajudados ao ajudar. O filme esgarça as questões relacionadas ao limite ético da arte e do ser honesto com a motivação artística, destrinchando suas contradições. Seu desfecho, que pode ser superficialmente tomado como piegas, redutor, ingênuo, digerível, explicativo, na verdade nos lança de volta à questão audiovisual contemporânea sobre representar, representar-se, o jogo da linguagem que simula a metalinguagem:

tudo não seria apenas interpretação, o modo como ficcionalizamos a vida para a controlarmos? a arte não seria isso de alterar contextos para melhor enxergarmos o que nos anestesia?

Luiz Carlos Martins, 6/11/2010

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Inventários da Barbárie: narrativas nômades "Fim do expediente

Galera, há um ótimo blog chamado "Inventários da Barbárie: narrativas nômades", ele é administrado por Anderson Black, João Rodrigues e Maria Rodrigues. Leio muito do que eles publicam, sobretudo os contos e micro-contos que são de uma irônia peculiar e lembram muito a forma da peças dialéticas que o Brecht escreveu, mas possuem sua própria identidade o que é mais legal.

Posto aqui um dos micro-contos do blog, este foi escrito pelo João, que futuramente irá colaborar aqui no cinefusão também.



Fim do expediente
.

Por João


O bom homem, Diretor de Repartição, chamado Medeiros, pede fósforo emprestado ao estranho que está sentado no meio-fio. Esse, então, inesperadamente, inicia a palestra:

- Tudo está perdido!

- Não seja pessimista, homem - respondeu-lhe Medeiros, com um misto de euforia inexplicável e sentimento de superioridade...

- Sou otimista, pessimista é o senhor.

- Como... ?

- Só poderemos transformar tudo quando soubermos que tudo está perdido, principalmente quando tudo está perdido de fato.

- Pensas então que só porque digo que nem tudo está perdido não acho que tudo precisa ser transformado? - indagou Medeiros, já irritado pelo despeito do interlocutor. 

- Não senhor, o contrário: penso que primeiro chegou a conclusão de que é impossível tranformar tudo, e, não sabendo o que fazer com isso, preferiu acreditar que nem tudo está perdido...

- Me chamas então de covarde?

- Acho que sua covardia poderia te salvar se você não fosse covarde.

- Insolente... achas que as coisas precisam mudar só porque você quer?

- Não, o contrário: acho que as coisas precisam mudar por isso quero que mudem.

- "O contrário, o contrário... blá, blá, blá..." sempre isso... não sabe dizer outra coisa?

- Não teria mais razão para ser pessimista do que o senhor?

- Razões eu tenho, e de sobra, para ir-me embora. Sou otimista, meu rapaz, o que não sou é otário.

Medeiros se foi, levando no bolso o fósforo do homem.

Coronéis já chefiam 16 das 31 subprefeituras


A presença da Polícia Militar continua em expansão na Prefeitura de São Paulo. Mais três subprefeituras da cidade - Casa Verde, na zona norte, Pirituba-Jaraguá, zona oeste, e Guaianases, na zona leste - vão passar para o comando de coronéis da PM partir de hoje. Das 31 administrações regionais, atualmente 16 titulares são da reserva da PM.

A expansão dos policiais militares não se restringe aos principais cargos das subprefeituras. Outros três oficiais assumem no mesmo dia como chefes de gabinetes dessas regionais. Com a movimentação desse começo de ano, já são 20 oficiais na chefia de gabinete e 23 em posições de segundo escalão, como coordenadorias de planejamento e desenvolvimento urbano ou de projetos e obras.

Dos novos três coronéis subprefeitos, apenas Robert Eder Neto, que será o titular em Guaianases, integra pela primeira vez a administração municipal. Neto, de 51 anos, foi diretor de Logística da PM, comandou o policiamento de Osasco e região, na Grande São Paulo e teve uma longa atuação na Corregedoria até entrar para a reserva no ano passado. 'Tenho conhecimento do serviço público em virtude de 36 anos na polícia', disse ele, que visitou duas vezes a subprefeitura de Guaianases nesta semana para 'tomar pé da situação'.

Indicação. O coronel assume a gestão de um local pobre, onde estão bairros como o Jardim Romano, que no ano passado sofreu com inundações, em alguns casos, em áreas invadidas. 'A região é carente, faz parte da nossa atividade coibir novas invasões.' De acordo com Neto, o convite para o cargo deve ter partido da indicação dos próprios oficiais que já atuam na Prefeitura - uma vez que ele afirma não ter ligação direta com o secretariado ou com o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

O novo subprefeito de Pirituba-Jaraguá, o tenente-coronel Sérgio Carlos Filho, era chefe de gabinete da Subprefeitura Jaçanã-Tremembé desde maio. Ingressou na administração municipal em 2009 na coordenadoria de administração e finanças da Subprefeitura de Perus. Já o coronel Airton Nobre de Mello era chefe de gabinete da Casa Verde e assume agora como seu titular. Ambos preferiram não falar antes de assumir.

Fardados. As mudanças envolvendo oficiais da PM incluem a transferência do coronel Fernando de Souza Brito da chefia de gabinete da Subprefeitura de Guaianases para a de Pirituba-Jaraguá. Ao todo, 57 oficiais aposentados trabalham nas subprefeituras. Contando as vagas em outras secretarias da administração municipal, os policiais já chegam a 78. Já há mais oficiais da reserva trabalhando na administração municipal que coronéis na ativa - são 61 atualmente na Polícia Militar em todo o Estado. Eles só assumem a vaga depois que passam para a reserva.

Em um ano, o total de oficiais da reserva exercendo a função de subprefeito se multiplicou por cinco e o número de policiais na máquina municipal dobrou. A Prefeitura argumenta que o critério de escolha dos policiais militares é exclusivamente sua capacidade gerencial.

O emprego dos coronéis nas subprefeituras ocorre paralelamente à mudança de papel das subprefeituras realizada pela atual gestão. Kassab voltou a centralizar a administração, diminuindo o orçamento e tarefas das regionais. Cabe às subprefeituras atualmente cumprir tarefas de zeladoria, serviços de tapa-buraco e cortes de vegetação.

PARA ENTENDER

Estratégia surgiu após escândalo

A estratégia de usar quadros da PM na Prefeitura teve início em julho de 2008, com a indicação do coronel Rubens Casado para a Subprefeitura da Mooca. Casado foi para a administração um dia depois do escândalo de propinas envolvendo fiscais e camelôs.

Para tentar diminuir a sensação de desordem e melhorar a eficiência dos serviços de zeladoria, a presença da PM se disseminou rapidamente. A parceria se intensificou quando, em 2009, a gestão criou a Operação Delegada (conhecida como 'bico oficial').

Cineclube Cinefusão exibe filme do senegalês Ousmane Sembene


O jeito é esperar


Documentário: Jonestown: Vida e Morte no Templo do Povo {Jonestown: The Life and Death of Peoples Temple} - 2006

Sugiro que assistam o filme abaixo, que posto na íntegra e com legendas, não necessariamente por sua forma, que inclusive é bastante típica de um documentário do estilo BBC, contudo em tempo tão conturbado como o nosso, vale a pena olhar para este documento como uma forma de reflexão sobre nossa sociedade e rumos tanto do sistema em que vivemos quanto daquele que queremos alcançar. 


"Morram, morram com alguma dignidade. Vamos acabar logo com isso. Acabar logo com essa agonia" Quem fala é o fanático religioso Jim Jones, o líder da seita templo dos povos. Em um ponto perdido na selva da Guiana, ele comandava o suicídio coletivo de seus mais de 900 seguidores. O massacre aconteceu no dia é 18 de novembro de 1978. Essa tragédia é até hoje um dos grandes símbolos dos efeitos nocivos da fé cega.(Comentário de nagoldpa, youtube)



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

1/2 Olho (Legendado)

A partir de uma aborgadem da polícia em uma manifestação surge uma poética da imagem.


Vídeo experimental: Manifestação de estudantes ocupa a principal avenida de uma capital (BH). Grande aparato policial. Cameras digitais e celulares registram tudo.


Versão com legendas.


*Nelson Pombo (Belo Horizonte - MG)



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cala a boca João Sayad


Após as polêmicas geradas pela seção "Não vi e não Gostei", iniciada aqui neste blog em homenagem ao nosso Oswald de Andrade, inauguro aqui a seção "Cala a boca....", que irá repercutir determinada aspas de uma figura pública ou não e gentilmente solicitar que essa pessoa não abra mais a boca para dizer tais impropérios. Porém, o intuito não é utilizar qualquer forma de repressão, mas simplesmente publicar neste espaço uma declaração com a qual o blog não concorda. Além disso, não daremos grandes explicações e nem iremos elaborar tratados com a nossa opinião sobre o assunto. Deixaremos as aspas em aberto para gerar discussão. Para começar, uma frase proferida pelo senhor João Sayad, que vem destruindo a TV Cultura, com sua gestão (de acordo com os próprios funcionários, muitos demitidos):

"Televisão não pode ter programas que ninguém veja, tipo ópera barroca italiana. Isso posso oferecer na internet. Não posso usar esse megafone que é a TV para fazer todo mundo ouvir Monteverdi. Queremos ampliar a nossa audiência."
frase proferida em entrevista publicada na Folha de S. Paulo, no dia 14 de janeiro de 2011

Amanhã vai ser maior! - Dia 27/01/2011 nova manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus



Assim como a educação, saúde, cultura, acredito que muitas das pessoas que lutam pelo não-aumento da tarifa de ônibus, estão na verdade lutando por algo muito mais amplo que os R$ 3,00 da tarifa de ônibus, estão lutando contra a tendência de um sistema cada vez mais perverso, que é tornar absolutamente tudo mercadoria.

Nossos ônibus, além de lotados, bancos apertados, muitos e muitos que não funcionam de madrugada, são construídos sob carcaças de caminhão o que faz entender o sua altura e impossibilidade de transporte de qualidade para cadeirantes, por exemplo.

Enquanto continuarmos coniventes com decisões cada vez mais, contraditórias, afastadas do povo referente a tudo àquilo que lhe é diretamente relacionado, viveremos como uma massa amorfa, onde o pensamento não-coletivo, nos anulará as individualidades, confundidas hoje com individualismo.


A concentração será em frente ao teatro municipal de São Paulo, ao lado do metrô Anhangabaú 


Quinta-feira, dia 27/01/2011 às 17h.


Milton Nascimento cantará em Cuba com Pablo Milanés

fonte: France Presse, em Havana

O cantor e compositor Milton Nascimento fará uma série de apresentações em Cuba ao lado de Pablo Milanés em fevereiro, em Havana e outras cidades, informou o músico cubano. "Milton Nascimento é uma grande estrela universal, para mim, a voz mais bela do mundo", disse Milanés.

ENSAIO: O cinema brasileiro moderno e a quebra dos esquemas sensórios motores

Por Danilo Santos

Trecho do filme "Os inquilinos" de Sérgio Bianchi

Deleuze partiu do cinema neorrealista italiano para introduzir o conceito de esquema sensório motor¹.  Este, por sua vez, está ligado à estética de filmes como a indústria hollywoodiana, no que diz respeito aos filmes comerciais. 

O esquema sensório motor estaria presente nesses filmes, na maioria das vezes, sob a forma de resolução para personagens e situações inseridas nas obras, à base de clichês, lugares comuns. 

Como podemos ver até hoje, o mesmo método é usado por esses chamados “enlatados americanos”, como forma de venda massificada dos filmes, de uma estética baseada no senso comum e para o senso comum - exigência pré fabricada pela indústria. 

Não há novidades, mudam-se os atores, conta-se histórias similares, podem até refletir sobre a sociedade, mas no final das contas as soluções encontradas são sempre conservadoras e com o intuito de entreter o público.

Em contraposição a isso o cinema brasileiro moderno – me refiro a alguns filmes que nascem junto e após Central do Brasil, de Walter Salles – parece se voltar aos princípios de quebra dos esquemas sensórios motores, característica desse cinema americano  - e também da produção comercial brasileira, para não citar tantos outros exemplos ao redor do mundo -,  para retomar a situação ou imagem ótica e sonora pura². 

Por esse conceito entende-se aquilo que é contrário aos esquemas sensório-motores, ou seja, a situação ótica e sonora pura, já não exige resoluções “fáceis” e pré-determinadas na obra. Os personagens não tem controle sobre suas trajetórias, e em muitas das situações não encontram respostas aos seus dilemas, são espectadores de suas vidas e o espectador, por sua vez, parte do filme.

Filmes como “Linha de Passe” de Walter Salles; “ Se nada mais der certo” de José Eduardo Belmonte; “Casa de Alice” de Chico Teixeira ; “Os inquilinos” de Sérgio Bianchi; dialogam intrinsecamente com esta proposição, concebida no neorrealismo italiano.

Esses filmes surgem com o advento de uma nova classe média no Brasil, e isso fará toda a diferença no que diz respeito à sua forma.

Com o surgimento de um operário ao poder no Brasil, novas possibilidades de consumo nascem. Agora aqueles que eram considerados pobres, são classe média, e tem possibilidades de alcançar novos bens de consumo. Mas o que significam essas novas possibilidades? Pode, ainda sob o sistema capitalista, uma classe esmagada por outra, dizer agora ser livre? Livre para o que? Livre para consumir? E até onde isso é benéfico e ou maléfico? E o que pode-se consumir? Até onde consumir está ligado a conseguir, obter algo?

Esse dilema está sob todos esses filmes. Eles deixam claro as situações de seus personagens, em sua maior parte, inseridos nessa nova classe média. E sobretudo, explicita todas essas questões em sua forma, onde esses personagens vagam pelo mundo, consumindo e ao mesmo tempo não conseguindo nada.

Todas as relações são duvidosas, incertas. Não há triunfo ainda que pareça.

O desfecho dos personagens em Casa de Alice, acontece da seguinte forma: O pai convence o filho de que sua avó materna não tem mais condições de viver em sua própria casa, onde eles vivem de favor, e a internam num asilo.

A mãe da família termina em uma mesa de bar à espera de seu amante que não aparece.

O sexo, tão esperado pelo  filho adolescente, não acontece.

O mais velho dos três filhos homens, que além de servir o exército, é também michê. É como uma barreira intransponível, não consegue definir-se como ser e não abre possibilidade para que o façam. O tempo todo sua relação com a família é, ainda que longinquamente falando, incestuosa, ou se pretende supor isso, já que nada se conclue. Até mesmo essas relações misteriosas acabam por não terem um fim, são vidas em movimento, mas ao mesmo tempo inativas.

O pai, taxista, amante de uma adolescente, busca fora de sua casa e de seu casamento uma liberdade da qual ele mesmo não sabe aproveitar ou dizer o que é. Gira pelo cenário caótico da cidade, sem de fato saber onde vai.

Todas as relações e os destinos dos personagens não estão em suas mãos. São engolidos e controlados pelas relações contemporâneas impostas pelo sistema. E, é nesse ponto, também, que o cinema brasileiro moderno, se aproxima daquilo que o neorrealismo executou, o diálogo com o atual,  sua época, seu momento histórico-econômico.

Esses personagens não tem controle sobre suas vidas e se encontram em situações às quais não tem resposta. Como no exemplo de Bazin, citado por Deleuze: 

“a jovem empregada entrando na cozinha de manhã, fazendo uma série de gestos maquinais e cansado, limpando um pouco, expulsando as formigas com um jato d'água, pegando o moedor de café. Fechando a porta com a ponta do pé esticado. E, quando seus olhos fitam sua barriga grávida, é como se nascesse toda a miséria do mundo.”³

Da mesma forma, a mãe em Casa de Alice, se encontra em uma situação, onde tudo aquilo que viveu se reduz a uma não-solução, onde toda a solidão é o que a permeia na mesa de um bar à espera de alguém que não virá.

A diferença do neorrealismo italiano para o cinema brasileiro moderno, no que diz respeito à situação ótica e sonora pura é que, no neorrealismo, as situações e personagens se encontram sem resposta às causas de momentos de guerra, miséria, impotência psicológica e física para com tais acontecimentos. Já nessas obras do cinema brasileiro moderno o que se vê é a inatividade de uma classe econômica que sustenta uma sociedade que por fim não devolve a ela o que lhe é de direito. 

Os personagens desse cinema brasileiro moderno estão perdidos, alienados. No neorrealismo, engajados mas impotentes. 


Bibliografia
Gilles Deleuze, A Imagem-Tempo,2009. Editora Brasiliense.

Filmografia
Linha de Passe,2008,  de Walter Salles
Se nada mais der certo,2009, de José Eduardo Belmonte
Casa de Alice,2008, de Chico Teixeira 
Os inquilinos, 2010, de Sérgio Bianchi

¹ Gilles Deleuze, Imagem-Tempo
² Gilles Deleuze, Imagem-Tempo
³ Gilles Deleuze, Imagem-Tempo, citação sobre Bazin, pág 10

domingo, 23 de janeiro de 2011

Contra o Fim da Orquestra Jovem Tom Jobim.



A SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DE SP ANUNCIOU QUE A PARTIR DE 2011 A ORQUESTRA JOVEM TOM JOBIM NÃO IRÁ MAIS EXISTIR. ESTÁ PREVISTO UM CORTE DE VERBAS PARA OS GRUPOS JOVENS DA EMESP. ISSO É UM ATENTADO À CULTURA DE NOSSO PAÍS, AOS ESTUDANTES DE MÚSICA, AO PÚBLICO E A TODOS OS BRASILEIROS QUE PAGAM IMPOSTOS. ESSA ORQUESTRA É DE TODOS...!


Assine o abaixo-assinado:
http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/assinar/7911

sábado, 22 de janeiro de 2011

"Todo artista tem de ir aonde o povo está"

Há pouco postei um informe sobre o teatro itinerante da Cia Antropofágica (http://cinefusao.blogspot.com/2011/01/karroca-antropofagica-teatro-itinerante.html), e acabei por lembrar de uma música do Milton Nascimento e Fernando Brant "Nos bailes da vida" que fala exatamente sobre isso. O teatro itinerante, a presença do artista - ou ainda trabalhador da arte - com seu público e sobretudo no espaço público, é uma questão fundamental para nossa sociedade, ainda mais se tratando de São Paulo, onde o progresso parece superar o ser humano, este cada vez mais brutalizado. Levar o teatro, a arte "aonde o povo está" não se trata apenas de um recurso estético ou de choque por algo atípico, incomum, mas uma forma de rediscutir o espaço público para a arte e sobretudo para aqueles a quem pertence, o povo.


Karroça Antropofágica - Teatro itinerante pelas ruas de São Paulo


A Cia Antropofágica está realizando uma série de intervenções de teatro de rua pela cidade com uma carroça. Estas intervenções incluem músicas e cenas originais. Neste próximo Domingo, dia 23 de Janeiro, acontecerá uma destas intervenções, saindo às 18h do Pyndorama (Rua Turiassú, 481, próximo ao metrô Barra Funda) e caminhando até o Largo Padre Péricles. 

Em caso de chuva não haverá intervenção.

Domingo, 23 de janeiro · 18:00 - 21:00

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ministra Ana de Hollanda anuncia seus secretários

fonte: Jotabê Medeiros / O Estado de S. Paulo

Em nota do Ministério da Cultura divulgada nesta sexta, por volta de 12h, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, anunciou os nomes de seu novo secretariado e a criação de uma nova secretaria, a de Economia Criativa - que será coordenada pela economista Cláudia Leitão, ex-secretária de Cultura do Ceará.

Como a presidente Dilma, Ana também fortaleceu a presença feminina em seu secretariado, indicando três mulheres e três homens. Também o Nordeste passa a ser contemplado nos cargos, já que tanto o novo secretário de Articulação Institucional (Roberto Peixe), quanto Marta Porto (Cidadania e Diversidade) e Henilton Menezes (de Fomento e Incentivo, mantido no cargo) são da região.

Também foi anunciada a mudança mais aguardada, a nomeação do ator e produtor cultural Antonio Grassi, ex-secretário de Cultura do Rio, como presidente da Funarte (Fundação Nacional de Artes). Grassi, inclusive, acompanhou a ministra em sua agenda nas duas primeiras semanas de governo. O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, nomeado por Gilberto Gil, foi reconfirmado no cargo, assim como o do Instituto Brasileiro de Museus, José do Nascimento Jr.

Newton Cannito caiu da Secretaria do Audiovisual, que será agora dirigida pela advogada Ana Paula Santana. A ministra também anunciou a unificação das secretarias da Cidadania Cultural e da Identidade e Diversidade, que será agora dirigida por Marta Porto, ex-chefe do escritório da Unesco no Rio de Janeiro.

A assessoria de Ana divulgou uma declaração explicando sua decisão de criar a Secretaria da Economia Criativa. "Não é possível ignorar, neste início do século 21, a importância da economia da cultura para a construção de uma nação desenvolvida. Por isso, decidimos criar uma estrutura que possa pensar todas as potencialidades desta área no Brasil", afirmou. A Secretaria da Cidadania e Diversidade terá "áreas específicas para cuidar de cada tema", e ganhará em eficiência, aposta a ministra.

Eis os secretários confirmados pelo ministério:

Secretário-executivo: Vitor Ortiz, secretário da Cultura das cidades gaúchas de Viamão (1997/2000), Porto Alegre (2002/2004) e São Leopoldo (2009/2010). Foi diretor da Funarte e diretor de relações institucionais da Bienal de Artes Visuais do MERCOSUL e gerente da Gerência Regional da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro.

Secretário de Articulação Institucional: Roberto Peixe, designer, arquiteto e gestor cultural, foi secretário de Cultura de Recife De 2001 a 2008,. Antes, havia sido Secretário do Patrimônio Cultural e Turismo da cidade de Olinda, em 1995. A partir de 2009, assumiu o cargo de Coordenador Geral de Relações Federativas e Sociedade da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, e passou a coordenar a elaboração e implantação do Sistema Nacional de Cultura (SNC).

Secretário do Audiovisual: Ana Paula Santana, advogada, especialista em relações internacionais e gestão do entretenimento. Entrou na SAV em 2002 como estagiária. Depois foi para a coordenaçao internacional da SAV e para a área de fomento a programas e projetos audiovisuais. Foi chefe de gabinete e, depois, atualmente atuava como Diretora de Programas e Projetos Audiovisuais.

Secretário da Cidadania e da Diversidade Cultural - Marta Porto, mestre em Ciências da Informação pela (UFMG), especialista em políticas de comunicação, cultura e investimentos social privado. Consultora de entidades e organizações multilaterais como a OEI, UNICEF e Convênio Andrés Bello. Foi Diretora de Planejamento e Coordenação Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte e Coordenadora Regional do Escritório da UNESCO do Rio de Janeiro.

Secretário da Economia Criativa - Cláudia Leitão, Doutora em Sociologia pela Université de Paris V, é professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Sociedade da Universidade Estadual do Ceará (UECE) onde lidera o Grupo de Pesquisa sobre Políticas Públicas e Indústrias Criativas. Foi Secretária da Cultura do Estado do Ceará no período de 2003 a 2006.

Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura - Henilton Menezes, produtor cultural e consultor para elaboração de projetos. Foi gerente da área de cultura do Banco do Nordeste, sendo responsável pela criação e desenvolvimento do Programa BNB de Cultura, edital de patrocínios culturais e pela instalação da rede de centros culturais da estatal. É secretário de Fomento e Incentivo à Cultura desde o início de 2010.

4000 na Paulista - Manifestação contra o aumento da tarifa ônibus(20/01/2011)

Fotos de Danilo Santos - Coletivo Cinefusão



Aproximadamente, 4000 pessoas estiveram hoje na avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus, segundo o movimento passe livre.

Houve pouca repressão policial, apesar de provocações dos soldados da PM contra alguns cidadãos que estavam em passeata, como cotoveladas 'afim de manter os manifestantes na faixa em que lhes cabiam ficar'. 

O movimento contra o aumento superou a expectativas e promete ser ainda maior no dia 27, próxima quinta-feira.






quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Belas Artes segue aberto até fevereiro

fonte: Cinnamon Comunicação

Desde o dia 06 de janeiro, quando foi anunciado que o Belas Artes, um dos cinemas de rua mais tradicionais de São Paulo, iria encerrar suas atividades em 27 de janeiro, uma mobilização espontânea da sociedade e imprensa se iniciou na cidade. O desdobramento foi positivo e nesta semana, dia 18 de janeiro, o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) decidiu pela abertura do processo de tombamento do Cine Belas Artes, que deve ser decidido nos próximos três meses.

"Tendo em vista a decisão de abertura do processo de tombamento, decidimos manter o Belas Artes em funcionamento até o vencimento do contrato de permanência, que expira em 28 de fevereiro, para podermos ter tempo de negociar com o proprietário a renovação do contrato de locação. Com toda essa mobilização e com a decisão do Conpresp não abriremos mão de nenhum dia", afirma André Sturm, proprietário do cinema.

Com isso, os fãs do Belas Artes ainda têm mais de um mês para conferir a programação do cinema. Os destaques são o Noitão Edição Extra, que acontece nesta sexta-feira e exibirá cinco filmes, mesclando três sucessos de edições anteriores com duas pré-estreias. Os inéditos serão O Amor e Outras Drogas, comédia romântica estrelada por Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway, e o independente Inverno da Alma, duplamente premiado no Festival de Sundance, como melhor filme e melhor roteiro. A programação será completada pelas reprises de Labirinto de Paixões (1982), de Pedro Almodóvar; O Hotel de Um Milhão de Dólares (2000), de Wim Wenders; mais um filme-surpresa.

Até o dia 27 de janeiro, o público poderá conferir ainda uma retrospectiva com os maiores títulos exibidos no Belas Artes ao longo dos 68 anos de sua rica história, e também uma seleção especial com outros grandes clássicos do cinema mundial. Diariamente, os Sucessos do Belas Artes serão exibidos às 18h30, e os Clássicos Cult às 21hs.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Portal IG publica reportagem sobre a fábrica ocupada Flaskô

Surpreendemente, o Portal IG, em sua editoria de economia, quebrou o boicote da grande mídia ao exemplar caso da Flaskô, uma fábrica autogerida por seus funcionários, em Sumaré.

Um dia na vida da única fábrica ocupada do País

Trabalhadores da Flaskô, em Sumaré (SP), com jornada semanal de 30 horas, lutam pela estatização da empresa 
Patrick Cruz, de Sumaré

Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o comando do Brasil em 2003. Naquele ano, os funcionários da Flaskô – uma fábrica de tambores plásticos usados para fins tão diversos quanto o de acondicionar combustível para automóveis ou tripas de bois – também tomaram o poder, ainda que em uma escala menor: eles assumiram as rédeas de sua própria empregadora. Era para os destinos de Lula e dos trabalhadores terem se cruzado.

A crença era que Lula, o ex-metalúrgico, daria um norte definitivo para a vida profissional dos trabalhadores da problemática Flaskô, ocupada pelos funcionários na sequência de uma série de traumáticas adversidades, entre as quais o recorrente atraso de salários e o não-cumprimento de direitos trabalhistas. Tudo se resolveria no governo Lula, criam os funcionários. 

Para ler a reportagem completa, acesse: IG Economia